quinta-feira, 2 de abril de 2009

Os olhos do corpo veem?

E então? Pensaram um pouco na questão da lição de ontem: Se não sou um corpo, o que sou? Bem, sempre se pode pensar um pouco mais a respeito. De acordo com Joseph Campbell, "o privilégio de uma existência é ser quem você é". A questão é que "o mundo" aparentemente não nos deixa pensar assim, não é mesmo? Para o mundo, somos sempre seres incompletos e imperfeitos que precisam evoluir, crescer. E aí está o equívoco do mundo e a confusão que nós mesmos fazemos com ele. Pois se o mundo é criação nossa, de cada um, como pode ditar o que devemos ou não pensar?

A lição 92, deste dia 02 de abril, estende a ideia a respeito da qual refletimos ontem, ao nos informar que: Milagres são vistos na luz, e luz e força são a mesma coisa. Comumente não pensamos em luz em termos de força ou em escuridão em termos de fraqueza. Mas é perfeitamente claro, se pensarmos na luz que ilumina nossas casas, que ela é energia e força. Ou já não ouvimos alguém dizer, quando falta luz, energia, em casa: "faltou força"? O que acontece normalmente é que nem mesmo prestamos a devida atenção a nosso modo de falar, não percebemos de forma consciente que nosso modo de nos referirmos a quaisquer experiências do dia a dia, sejam elas pequeninas e insignificantes, sejam importantes e significativas, revela nossa maneira de pensar e põe em ação as nossas crenças.

Assim, não associamos luz à força ou escuridão à fraqueza porque nossa ideia do que significa ver, de acordo com o texto do exercício, "está ligada ao corpo e a seus olhos e cérebro". Tanto é assim que nos acreditamos capazes de mudar o que vemos pondo pedacinhos de vidro diante dos olhos, diz. Afirma que "esta é uma dentre as muitas crenças mágicas que advêm da convicção de que és um corpo e de que os olhos podem ver". Acreditar que o cérebro do corpo pode pensar também está entre essas crenças, pois ainda não somos capazes de entender a natureza do pensamente. E, se pudéssemos, riríamos desta ideia louca, que o Curso compara a pensarmos em nós mesmos como quem segura o fósforo que acende o sol, ou como quem mantém o mundo em suas mãos em segurança até soltá-lo. Tolices.

A verdade que a lição de hoje oferece nos põe de novo em contato com algumas ideias por que já passamos, segundo as quais "a força de Deus em ti é que é a luz na qual vês" e é com a "Mente d'Ele que pensas". E que "a força d'Ele nega tua fraqueza", que é quem acredita que "vê com os olhos do corpo, perscrutando na escuridão para ver a imagem de si mesma: o pequeno, o fraco, o doente e o moribundo, os necessitados, os impotentes e amedrontados, o triste, o pobre, o faminto e o infeliz". Isso é ver com olhos que não podem ver, porque não podem abençoar.

A prática da ideia de hoje, à qual é aconselhável dedicar dois períodos de vinte minutos, visa a nos juntar à força, que vê além das aparências, pois mantém seu olhar sempre na luz que existe além delas, à força que vem da verdade "e brilha com a luz que sua Fonte lhe dá". Além dos dois períodos mais longos, o livro recomenda a repetição da ideia com a maior frequência possível durante o dia todo.

Para finalizar, mais uma ideia de Campbell, para quem "devemos estar dispostos a nos livrar da vida que planejamos para ter a vida que aguarda por nós" [na luz e na força, que vêm de Deus, eu diria], assim como, "é preciso se desfazer da pele velha para que a nova possa chegar".

Um comentário:

  1. Moisés
    Pensei muito na lição, no teu texto e em tudo omais...
    Ainda estou pensando...
    Obrigada!

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