domingo, 31 de maio de 2009

Para evitar o julgamento

A ideia, Todas as coisas são ecos da Voz por Deus, que a lição 151, deste dia 31 de maio, nos oferece, traz consigo um argumento incontestável para que passemos a evitar o julgamento. Em qualquer instância. Isto é, a se pensar e a se acreditar, de fato, que todas as coisas são ecos da Voz por Deus, não há mais nenhuma razão para que julguemos qualquer coisa que seja.

Não bastasse isso, o texto ainda nos lembra da impossibilidade de se julgar com base em evidências parciais. Ou seja, neste mundo, não temos nunca a visão completa de nenhuma situação, de nenhum fato, de nenhuma situação, de nenhum acontecimento. Nunca conseguimos, a partir dos sentidos, perceber o quadro inteiro. Vemos apenas partes de um todo que não podemos apreender por completo.

Por isso o exercício de hoje nos pede que pratiquemos sem palavras, com exceção das que usamos para iniciar cada um dos dois períodos de quinze minutos que dedicamos à ideia da lição. Um pela manhã, outro à noite. Além de nos lembrarmos Daquele Que é a salvação e a liberação para cada um de nós a cada hora. Vamos, assim, oferecer a Deus todos os pensamentos que nos vierem à mente em cada um dos períodos, para que Ele os use e limpe de todo julgamento que eles possam ter e nos devolva transformados pela verdade.

sábado, 30 de maio de 2009

Caminhamos para a prontidão

A lição 150, deste dia 30 de maio, encerra este quarto período de revisão e nos deixa mais perto da segunda parte do aprendizado. Aquela que, de acordo com o que o Curso diz, vai tratar "do modo como a verdade pode ser aplicada". Para nos levar à prontidão necessária para isso é que revisamos, preparando-nos para o que virá a seguir.

Hoje ainda nos atemos ao pensamento central que unifica os passos desta revisão e às ideias que vamos revisar.

Minha mente contém só o que eu penso com Deus.

1. (139) Aceitarei a Expiação para mim mesmo.

2. (140) Pode-se dizer que só a salvação cura.

Apressamo-nos agora, pois não queremos adiar mais nosso encontro com a verdade, que nunca nos abandonou nem nunca nos abandonará. Estamos prontos para ouvir a Voz por Deus, e dispostos a cumprir a orientação que Ele nos traz, para não nos perdermos mais pelos caminhos da ilusão.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Curar é oferecer amor

Continuamos hoje, 29 de maio, nosso período de revisão com a lição 149. Vamos, conforme estabelecido desde o início deste período, começar a prática dedicando cinco minutos de nossa atenção ao pensamento: Minha mente contém só o que eu penso com Deus.

Em seguida vamos ler e refletir acerca das seguinte ideias:

1. (137) Quando sou curado, não sou curado sozinho.

2. (138) O Céu é a decisão que tenho de tomar.

Mais uma vez, se "minha mente contém só o que eu penso com Deus", ela certamente tem de conter tudo e não posso jamais lembrar de Deus sozinho. Por isso, só posso ver qualquer doença como um pedido de amor. Ao oferecer o amor, ofereço a cura a quem quer que se perceba doente, a mim mesmo e, por extensão, ao mundo todo.

Por outro lado, se eu tomar a decisão do Céu, trago ao mundo inteiro, e a mim mesmo, a oferta da salvação, para não mais me deixar enganar pelas ilusões deste mundo criado e alimentado pelo sistema de pensamento do ego.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Viver a verdade

A lição 148, deste dia 28 de maio, nos convida a revisar as seguintes ideias, mantendo-nos fiéis ao pensamento central que unifica este período de revisão, Minha mente contém só o que eu penso com Deus:

1. (135) Se me defendo, sou atacado.

2. (136) A doença é uma defesa contra a verdade.

Quando sei que "minha mente contém só o que eu penso com Deus", não preciso me defender de nada. Não preciso da doença, porque abracei a ideia de que meu maior desejo é viver a verdade do que sou. Para a minha própria salvação e para a salvação do mundo inteiro.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A paz que a Unidade nos dá

Neste dia 27 de maio, valendo-nos mais uma vez do pensamento Minha mente contém só o que eu penso com Deus, vamos revisar, na lição 147, as seguintes ideias:

1. (133) Não darei valor ao que não tem valor.

2. (134) Que eu perceba o perdão tal como ele é.

A partir do pensamento que estamos usando para unificar as ideias que revisamos, podemos perceber quanta paz pode nos trazer a prática da primeira das ideias de hoje. Isto é, ela pode nos trazer toda a tranquilidade que a certeza de nossa unidade com a Mente de Deus dá. A certeza que nos impede de dar valor a nada que não seja eterno ou a qualquer uma das ilusões que o mundo nos oferece.

E, acreditando que "minha mente só contém o que eu penso com Deus", não há outra maneira de eu perceber o perdão a não ser tal como ele é. Um instrumento que me libera do julgamento, que libera o mundo de meu julgamento e que me permite acreditar que "ainda sou como Deus me criou".

terça-feira, 26 de maio de 2009

Ideias que nos libertam

O pensamento Minha mente contém só o que eu penso com Deus continua a ser o pensamento que unifica as ideias que vamos revisar neste dia 26 de maio, na lição 146. E as instruções para a prática continuam a valer. Vamos, pois, a elas:

1. (131) Ninguém que busque alcançar a verdade pode fracassar.

2. (132) Libero o mundo de tudo o que eu pensava que ele fosse.

Lembrem-se, por favor, de que no texto há outra forma para a ideia da lição 131, conforme vimos no dia 11 passado. Usem a forma que lhes parecer mais conveniente. E lembrem-se também que cada prática traz consigo, para cada um de nós, a oportunidade da salvação, a oportunidade da liberdade para se escolher viver apenas a alegria. A oportunidade de trazer o Ceú à Terra, feita a escolha da verdade. A única escolha que pode nos devolver a paz.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pausa para agradecer

Neste dia 25 de maio, a lição 145 nos convida novamente a utilizar o pensamento que unifica as ideias que vamos revisar, da mesma forma como fizemos desde o início deste período de revisão:

Minha mente contém só o que eu penso com Deus.

1. (129) Além deste mundo há um mundo que eu quero.

2. (130) É impossível ver dois mundos.

*

Um parêntese.

Hoje é meu aniversário. Nasci em casa, no meio do mato. E, pelo que sei, por volta das 8 horas da manhã. Há exatos 57 anos. Para quem me conhece de perto e sabe alguma coisa de minha vida, oficialmente em meu registro de nascimento consta a data de 15/set/52. Por aquelas razões que existiam naqueles tempos, meu pai só foi a um cartório depois do nascimento de meu irmão, que se deu em agosto do ano seguinte. Para matar dois coelhos com uma paulada só.

Este parêntese, no entanto, é apenas para registrar a data e compartilhar com todos os que visitam este espaço, a alegria de estar vivo e de poder dividir com vocês todos as lições que aprendemos juntos. Sei que é com alegria que o aprendizado se dá e sei que posso multiplicar muitas vezes minha alegria a partir do estímulo que é sabê-los comigo aqui, mesmo que nosso contato se dê por apenas uns poucos minutos a cada dia.

Registro aqui, então, meu agradecimento a todos que fazem esta jornada comigo. Aos que comentam e aos que não comentam, aos seguidores visíveis e aos invisíveis, aos que andam comigo há tempo, aos que chegaram há pouco e a todos os que ainda vão chegar, muito obrigado por sua presença, por suas manifestações de carinho, de compreensão e de amor. Vibremos juntos, pois há sempre muito a agradecer. Aliás, acho que tudo o que podemos fazer de melhor é agradecer sempre.

Espero que as ideias que revisamos com a lição de hoje sejam o ponto de partida para chegarmos ao mundo que queremos. Aquele mundo no qual poderemos viver acreditando na verdade do pensamento central que estamos praticando neste período: Minha mente contém só o que eu penso com Deus. Aquele mundo que vamos criar e construir acreditando que ainda somos como Deus nos criou.

Muito obrigado a todos.

domingo, 24 de maio de 2009

A Identidade que encontramos em Deus

Neste dia 24 de maio, com a lição de número 144, vamos mais uma vez começar nossa prática com o pensamento central que nos foi oferecido para unificar esta nova revisão que fazemos:

Minha mente contém só o que eu penso com Deus.

E, seguindo novamente as orientações que recebemos ao começar este período de revisão, vamos nos deter nas seguintes ideias:

1. (127) Não há nenhum amor exceto o de Deus.

2. (128) O mundo que vejo não contém nada do que eu quero.

Deixemo-nos embalar pelas ideias que o Curso nos oferece, entregando à Voz por Deus tudo o que se apresentar a nossa lembrança, para que Ele nos oriente e indique quais pensamentos vão nos devolver ao contato com Deus em nós e com a Unidade de que somos parte. Nós não sabemos nada e, com gratidão e alegria, voltamo-nos para Deus, em busca da Identidade que Ele nos deu e que nunca nos abandonou.

sábado, 23 de maio de 2009

Mais um dia de alegria e de paz

Sábado, dia 23 de maio. Dia da lição 143. Dia para se começar com a lembrança e a prática do pensamento que orienta e unifica nossa revisão:

Minha mente contém só o que eu penso com Deus.

E as ideias que vamos revisar em seguida são:

1. (125) Em quietude recebo hoje o Verbo de Deus.

2. (126) Tudo o que dou é dado a mim mesmo.

Não precisamos mais do que isso para ocupar nosso dia de prática. Basta nos atermos as orientações que deram início a este período de revisão, deixando a cargo do Espírito Santo, a Voz por Deus, todos os pensamentos que vão ser úteis para encher nosso dia de alegria e de paz.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Um passo a mais

A lição 142, para este dia 22 de maio, que é mais um passo na direção da prontidão para a segunda parte do Livro de Exercícios, traz o convite para que revisemos as seguintes ideias:

1. (123) Agradeço a meu Pai por Suas dádivas para mim.

2. (124) Que eu me lembre de que sou um com Deus.

É necessário também que nos lembremos do tema central para todo este período de revisão, seguindo as instruções dadas ontem para todos os exercícios e práticas deste revisão.

Assim, começamos o dia trazendo à mente o pensamento:

Minha mente contém só que penso com Deus.

Dedicamos cinco minutos a ele e depois lemos e repetimos para nós mesmos as ideias que revisamos, deixando a cargo de Deus todos os pensamentos que precisamos ter para cumprir o que nos é dado fazer neste dia. Também vamos procurar nos lembrar deste pensamento a cada hora do dia.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O que, de verdade, minha mente contém?

Neste dia 21 de maio, com a lição de número 141, começamos mais uma de nossas revisões, a quarta das seis que faremos antes de concluir a primeira parte do Livro de Exercícios, que busca desfazer em nossa mente o aprendizado equivocado que o mundo nos ensinou e continua a ensinar. Espera-se a esta altura que já estejamos, de certo modo, "cientes de que estamos nos preparando para a segunda parte do aprendizado [da lição 221 até as lições finais], que trata do modo como a verdade pode ser aplicada". Esta revisão e as lições que se seguirão a ela até a 220 visam a facilitar o estado de prontidão que precisamos alcançar para o que nos reserva a segunda parte.

Assim, nos próximos dez dias, em que revisamos as lições recentes, vamos praticar um tema central que "unifica cada passo" da revisão declarando um fato que nos põe em contato direto com a verdade do que somos. A ideia com a qual vamos trabalhar nos próximos dez dias, junto com as duas ideias que vamos revisar a cada dia, é a seguinte:

Minha mente contém só o que eu penso com Deus.

As instruções iniciais para este primeiro dia de revisão, que vale para todos os outros, é a que segue:

Vamos dedicar cinco minutos para o pensamento central pela manhã, "para estabelecer o dia de acordo com as linhas que Deus designou e para deixar a Mente d'Ele encarregada de todos os pensamentos que [vamos receber] naquele dia". Depois desta preparação, vamos apenas ler cada uma das ideias para a revisão do dia, fechar os olhos e repeti-las para nós mesmos lentamente, deixando que "cada palavra brilhe com o significado que Deus lhe deu, tal como ela [nos] foi dada por Sua Voz". Vamos permitir que cada ideia que revisamos naquele dia nos dê "a dádiva que Ele depositou nela" para nós. Além disso, a cada hora vamos trazer à mente o pensamento com o qual começamos o dia, repetindo em seguida as duas ideias da prática.

Encerraremos cada dia igualmente repetindo o pensamento central "que fez daquele dia uma ocasião especial de bênção e felicidade para nós", e que, por nossa fé, "devolveu o mundo da escuridão à luz, da aflição à alegria, da dor à paz, do pecado à santidade".

A lição 141, então:

Minha mente contém só o que eu penso com Deus.

(121) O perdão é a chave da felicidade.

(122) O perdão oferece tudo o que quero.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Testando o milagre para a cura

A ideia para nossas práticas de hoje é a seguinte: Pode-se dizer que só a salvação cura. E eu pergunto: será que já chegamos ao ponto de acreditar que só a salvação cura, como nos diz esta lição, a de número 140, neste dia 20 de maio? Ou ainda acreditamos que são os bruxos, os xamãs, os médicos, os terapeutas, a medicina moderna, a ciência, os novos medicamentes desenvolvidos pela indústria farmacêutica?

Eu diria que, a este respeito, nosso encontro de ontem foi, parece-me, muito interessante e rico, como, aliás, costumam ser todos os encontros para a leitura compartilhada dos ensinamentos do UCEM. Mas ontem, em particular, fizemos uma "brincadeira" com o livro. Isto é, "brincamos" de testar o milagre. Explico: alguns dos presentes, buscando um instante de silêncio interior para entrar contato com o Espírito Santo em si mesmos fizeram uma pergunta a Ele, ou expressaram alguma dúvida ou questão para a qual queriam uma resposta, e abriram o livro de olhos fechados apontanto para um parágrafo do texto, que lemos e que, em todos os casos, se revelou claramente como a resposta à pergunta feita pela pessoa. Também testamos abrir o livro para responder a questões de pessoas que não tinham o livro consigo, ou seja, a pergunta foi feita por um participante do grupo e outro participante abriu o livro para ver se o texto, escolhido ao acaso por um, trazia a resposta que o outro buscava. E também funcionou. Isto me parece ter sido um exercício que nos encaminhou na direção da salvação e, por consequência, da cura. Até porque, para o ensinamento, todos os milagres de que precisamos são o mesmo sempre. Isto significa dizer apenas que os milages todos buscam apenas lembrar-nos de que somos uma unidade na Filiação e que cada um de nós continua a ser tal como Deus o criou. Independente da ilusão que acredita viver. Independente do milagre que acredita precisar.

Na verdade, voltando à ideia da lição de hoje, já vimos em lições anteriores que é apenas a ilusão de que podemos ficar doentes que precisa de cura. E o que a salvação? A salvação, para o ensinamento do UCEM, "é um desfazer, no sentido de que ela não faz nada", a não ser deixar de "dar apoio ao mundo de sonhos e de malícia". Isso faz com que as ilusões desapareçam. E o que é a doença senão um sintoma gerado pela crença segundo a qual cada um de nós é apenas um corpo? O que precisa ser curado, então, quando o corpo parece estar doente, o corpo ou a crença?

Os exercícios de hoje visam a facilitar que mudemos nosso modo de pensar [nossas crenças] a respeito da fonte da doença, ensinando-nos a buscar uma cura para todas as ilusões. Ensinando-nos a não nos deixarmos enganar "por aquilo que se apresenta como doente a nós", a irmos além das aparências para chegar à fonte da cura, que "está em nossas mentes porque o Pai a colocou aí para nós". Para tanto, "vamos deixar de lado "nossos talismãs, nossos feitiços e remédios, nossos cânticos e porções de magia em qualquer forma que assumam". Vamos nos aquietar "e escutaremos a Voz de cura, que curará todas as doenças como uma só, restituindo a sanidade para o Filho de Deus".

Assim, dedicaremos cinco minutos para ouvir a Voz pela manhã, ao começar do dia, e também vamos terminar o dia buscando ouvi-La durante cinco minutos antes de dormir. O único preparo de que precisamos é deixar de lado quaisquer pensamentos importunos para dizer, de coração e mente abertos:

Pode-se dizer que só a salvação cura.
Fala conosco, Pai, para que possamos ser curados.
E vamos procurar trazer em nosso auxílio a lembrança algumas das lições anteriores, todas relacionadas a esta, que nos diziam: A doença é uma defesa contra a verdade, Quando sou curado, não sou curado sozinho, O Céu é a decisão que tenho de tomar e Aceitarei a Expiação para mim mesmo. Todas estas ideias apontam para a salvação e para a cura. Pois quando aceito a verdade não posso ficar doente. E sempre que me curo trago a cura ao mundo inteiro. Se me decido pelo Céu, abandono definitivamente as doenças. E, por fim, aceitar a Expiação também significa aceitar minha condição de Filho de Deus.

terça-feira, 19 de maio de 2009

O fim das escolhas

Hoje, 19 de maio, o Curso nos pede mais uma vez que dediquemos cinco minutos pela manhã e cinco à noite, antes de dormir, à ideia, Aceitarei a Expiação para mim mesmo, desta lição 139, além de alguns minutos a cada hora, em que deixaremos de lado todos os pensamentos que poderiam desviar nossa atenção de nosso objetivo sagrado. Vamos dizer, para começar, cada prática:

Aceitarei a Expiação para mim mesmo,
Pois continuo a ser tal como Deus me criou.

A ideia de hoje, quando aceita e praticada de forma correta, põe fim às aparentes escolhas com que o mundo quer nos confundir. Pois com ela chegamos à decisão de nos aceitarmos tal qual Deus nos criou e como continuamos a ser. Isso nos devolve a certeza daquilo que somos. Elimina todos os conflitos e dúvidas acerca daquilo que somos. Porque todos os conflitos e dúvidas se baseiam simplesmente na pergunta: O que sou?

Ninguém, a não ser aqueles que se recusam a reconhecer a si mesmos, pode fazer tal pergunta. E só a recusa a se aceitar "poderia fazer tal pergunta parecer sincera", uma vez que "a única coisa que qualquer coisa viva pode saber com toda certeza é que ela é". Por esta razão o Curso diz que "a incerteza a respeito daquilo que tens de ser é auto-engano em uma escala tão ampla, cuja magnitude dificilmente pode ser concebida". Que "estar vivo e não conhecer a si mesmo é acreditar que se está realmente morto. Pois o que é a vida exceto seres tu mesmo e o que, a não ser tu mesmo, pode estar vivo em teu lugar?"

E continua: Quem é aquele que duvida? De que ele duvida? A quem ele questiona? Quem pode lhe responder? Ele afirma simplesmente que não é ele mesmo e que, por ser outra coisa, se torna um questionador do que essa coisa é. Porém, ele jamais poderia estar vivo a menos que soubesse a resposta. Se pergunta, como se não soubesse, ele apenas demonstra que não quer ser a coisa que é. Ele a aceita porque vive; julga-a e nega seu valor, e se convence de que não conhece a única certeza pela qual vive.

Deste modo, ele fica incerto de sua vida, pois nega o que ela é. E é por causa desta negação que precisamos da Expiação, precisamos aceitá-La, porque a negação não pode provocar e, de verdade, não provoca nenhuma mudança naquilo que somos mas divide nossa mente "entre aquele que conhece e aquele que não conhece a verdade". Tu és tu mesmo, diz o Curso. Ou seja, nós somos nós mesmos. E não há nenhuma dúvida a este respeito. Mas duvidamos. E não paramos para perguntar que parte de nós pode realmente duvidar de nós mesmos. Na verdade, não pode ser uma parte de nós que põe isto em dúvida. Pois, se esta parte existisse estaria fazendo a pergunta àquela parte de nós que sabe a resposta. A única que existe. Se a parte que questiona fizesse parte de nós mesmos, de fato, a certeza seria impossível.

E o que é a Expiação? A Expiação é a correção do erro. Aceitá-La é corrigir "a estranha ideia segundo a qual é possível duvidares de ti mesmo e não ter certeza a respeito daquilo que és verdadeiramente". E é só isso que o Curso nos pede e é só isso que faremos. Pois nossa missão aqui não é reforçar a loucura em que já chegamos a acreditar. Por isso, praticamos aceitar a Expiação hoje. Ela ensina e demonstra que a Unidade do Filho de Deus não pode ser atacada por sua crença equivocada que o leva a pensar que não sabe o que é. Assim, nossa prática, hoje, é um convite a que aceitemos a Expiação para nós mesmos, "não para mudar a realidade, mas apenas para aceitar a verdade" a respeito do que somos a fim de podermos seguir nosso caminho na alegria do Amor infinito de Deus.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O que fazer diante da "morte"?

Oba! Vamos dar vivas à adesão do Cassio, oferecendo a ele nossas boas vindas e esperando que ele se sinta à vontade aqui, para compartilhar seus pensamentos, suas reflexões e experiências. Da mesma forma que o faz em seu comentário à lição de ontem, uma reflexão a respeito da "morte" de um cachorro, um ente querido, que esteve com eles [o casal e a família] na forma por 14 anos. O que se pode dizer a alguém que "perde" um ente querido?

Lembro-me com certa frequência de uma história que Anna Sharp nos contou várias vezes, sempre que surgia a necessidade de se falar a respeito da morte de alguém próximo de nós. Dizia Anna que um de seus maiores medos era o de que um de seus filhos morresse, até que, certa ocasião, atendeu a uma paciente, uma amiga, cujo filho tinha sido vítima fatal de um acidente de trânsito. Fora atropelado e morrera, aos 22 anos, na frente dela, da mãe. E o que esta mãe fez? Sentiu, chorou, sofreu, certamente, mas apenas em função do choque, porque, em seguida, passou a agradecer pelos 22 anos de felicidade e de alegria que a presença e o convívio com o filho lhe deram, certa de que a maior tristeza que fosse capaz de sentir não lhe traria o filho de volta nem lhe permitiria continuar vivendo como a vida merece ser vivida, com alegria, com prazer e, principalmente, com gratidão por tudo o que se nos apresenta à experiência.

Acho que o que precisamos aprender a respeito da morte é algo a que Guimarães Rosa se refere da seguinte forma: "Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria... Depois, retoma coisas e pessoas para ver se já somos capazes da alegria sozinha... Essa - a alegria que Ele quer..." A "alegria sozinha" eu ousaria dizer é a alegria natural em nós, aquela que não depende de coisas, nem de pessoas. A "alegria sozinha" é aquela que não nos aprisiona e nem aprisiona as pessoas e as coisas. A alegria a que comumente estamos acostumados é uma alegria advinda como que de um vício, isto é, de um apego que, às vezes, chega às raias do irracional, quando achamos que já não somos capazes de viver sem aquela pessoa, sem aquela coisa, sem aquilo que é objeto de nosso apego.

É claro que aprendemos isso no mundo, do mundo e com o mundo, uma vez que é isso também que ensinamos a ele e a todos que andam por ele conosco, a partir de nossa experiência e das crenças que acumulamos ao longo do tempo. E é claro que apenas nalguns poucos momentos podemos perceber o erro a que nos induz o ensinamento do mundo. Um erro que, grande número de vezes, nos impede de aproveitar o que está conosco agora, no presente, por medo de que venha a faltar no futuro. Ou lastimando por não o ter encontrado há mais tempo. Como a lição de hoje sugere, a decisão pelo Céu é uma escolha individual, pessoal e intransferível, mas ela é fundamental para todos aqueles de nós que desejam viver a verdade que são. A verdade subjacente ao corpo, e que o transcende.

Irvin D. Yalon, autor do livro Quando Nietzsche chorou, diz em um de seus livros que "um de nossos principais modos de negação da morte é uma crença no especialismo pessoal, uma convicção de que somos livres da necessidade biológica e de que a vida não lida conosco da mesma maneira severa com que lida com todas as outras pessoas". Isso torna também bastante evidente o quanto gostaríamos, e gostamos, de negar a morte do corpo. Não fazemos nem de longe a menor ideia de quão fortemente gostaríamos de acreditar, de fato, que a morte não existe, mas, quase todos nós sabemos, ou intuimos, lá bem, bem, no fundo, que nenhum de nós acredita nisso de verdade. A não ser alguns iluminados, que, embora ainda vivam num corpo e ainda tenham um ego, já lograram alcançar um contato com a verdade que o conhecimento traz.

Creio que é este o maior poder que as ilusões exercem sobre nós, "o fato que, de tão real, parece verdadeiro". Entretanto, posso afiançar com toda certeza que Eros [o cachorrinho] não morreu. Que nenhum de nós morre. A transformação pela qual passam os corpos são as mesmas que determinam a queda das folhas das plantas no outono, o desabrochar das flores na primavera, a colheita dos frutos no inverno e no verão. Tudo o que os corpos podem nos oferecer é um instrumento para a comunicação da alegria. Assim, como alguns corpos desaparecem de nossas vistas porque viajaram para lugares distantes e deixaram de falar conosco, outros viajam para se tornar luz, para voltar à luz de onde todos nós viemos. Para voltar a ser a luz que todos nós somos. Assim, é claro que a dor que sentimos é "apenas" - o que não significa minimizá-la, ou dizer que ela não é devida e legítima - o apego a uma ideia nossa, da qual o corpo era a expressão concreta em contato conosco no dia a dia. Todavia, a ausência do corpo não impede que a ideia continue conosco e muito menos ainda impede que sejamos agradecidos pela luz, pela alegria que esteve presente com o corpo e que certamente continua presente, quem sabe até com maior resplendor, apesar da ausência aparente do corpo.

Obrigado por suas palavras de incentivo, Cassio. Um beijo na Vanice. Lembremo-nos sempre que Deus nos abençoa a todos o tempo inteiro e nos ilumina e nos guarda, sob a proteção de Seu Amor infinito. Bem-vindo ao mundo dos blogueiros. Aproveite. Fique à vontade.

Aprendendo a decidir e a escolher

Vocês já se perguntaram alguma vez por que é que nunca ninguém nos disse que viver a alegria, a felicidade, a abundância, a paz e a harmonia é apenas uma questão de escolha? E que a escolha, de verdade, nem é tanto uma escolha, mas mais uma decisão do que qualquer outra coisa?

Sim, porque nascemos todos com o potencial para viver e para transformar nossa experiência de viver neste mundo em um acontecimento totalmente maravilhoso em todos os sentidos. Basta que aprendamos, como nos sugere a lição 138, deste dia 18 de maio, que podemos tomar a decisão de viver o Céu na terra. O Céu é a decisão que tenho de tomar. Esta ideia, posta em prática, anula tudo o que já vivemos, por torná-lo insignificante e inútil, e nos deixa no único lugar em que podemos, de fato, estar quando nos decidimos pelo Céu. No presente. No único tempo que existe.

Sim, neste mundo, vivemos para escolher e, por mais inconscientes que sejam nossas escolhas, os resultados que elas trazem sempre correspondem a uma decisão que tomamos. Decisão esta que está sempre baseada em nossas crenças interiores, isto é, naquilo em que acreditamos. Ou, para dizer de outra forma, nossas escolhas dependem de nossa filosofia de vida. Do modelo de pensamento que escolhemos para orientar nosso estar-no-mundo. Algo que, apesar de tudo o que nos dizem em contrário, pode e deve ser mudado. Sempre que nossas escolhas nos afastem da alegria perfeita, do Céu, que é a Vontade de Deus para nós.

Por isso é que o Curso diz que "a escolha depende do aprendizado". Pois "a verdade não pode ser aprendida", a verdade simplesmente é. E, para ser conhecida, basta que a reconheçamos. Mas nossas escolhas, feitas a partir de nossas decisões, dependem do aprendizado. São o resultado dele, "porque se baseiam naquilo que aceitaste como a verdade do que tu és e do que tuas necessidade têm de ser".

O texto diz que "neste mundo loucamente complicado, o Céu parece tomar a forma de escolha, em lugar de ser simplesmente o que é". E diz que, dentre todas as escolhas que já experimentamos fazer, "esta é a mais simples, a mais decisiva e [a que serve de] padrão para todas as outras, [esta escolha é] aquela que determina todas as decisões". Diz mais, que, enquanto ainda podemos perceber as outras escolhas, esta continua sem solução. E que, quando resolvermos esta, todas "as outras se resolvem com ela, porque todas as decisões apenas escondem esta, assumindo formas diferentes". "Eis", portanto, "aqui a escolha definitiva e a única em que a verdade é aceita ou negada".

O tempo foi criado para nos ajudar a fazer a escolha a respeito da qual refletimos hoje, para começar nosso exercício. Isto dá ao tempo um propósito sagrado, diferente daquele para o qual o mundo o usa. Isto é, "para demonstrar que o inferno é real", que a esperança pode se transformar em desespero e que, "no final, a própria vida tem de ser derrotada pela morte". Desse modo, fomos ensinados a pensar que "é apenas na morte [no Juízo Final] que os contrários se separam, pois pôr fim à antítese é morrer". Assim, "a salvação tem de ser vista como morte, porque a vida é vista como um conflito" e "resolver o conflito também é pôr fim a tua vida".

Isto tudo não é, de fato, uma loucura? Quem nos ensina isto? A quem isto interessa? Ao ego, é claro. Tanto isso é verdade que "estas crenças loucas podem obter um domínio insconsciente de enorme intensidade e prender a mente com um terror e uma ansiedade tão fortes que ela não desistirá de suas ideias acerca de sua própria proteção. Ela, ameaçada de ficar em segurança, tem de ser salva da salvação [morte] e, por encanto, blindada contra a verdade". É preciso atentarmos para o fato de que "estas decisões são tomadas de forma inconsciente, para que se mantenham imperturbadas sem perigo; isoladas do questionamento, da razão e da dúvida".

Por esta razão, precisamos aprender que o Céu tem de ser uma escolha consciente. Uma escolha que "não pode ser feita enquanto as alternativas não forem percebidas e entendidas de forma precisa. Tudo o que está velado nas sombras tem de ser alçado à compreensão, para ser avaliado de novo, desta vez com a ajuda do Céu". Lembram-se da pergunta: "queres ter razão ou ser feliz"? Aqui, mais uma vez voltamos a ela, porque só existem, na verdade, duas alternativas aparentes, das quais apenas uma é verdadeira. Sempre que escolhemos, pois, escolhemos entre o Céu e o inferno. Qual dos dois representa a verdade? Qual dos dois queremos, de fato? A decisão é sempre pessoal, individual e intransferível.

Voltando às perguntas iniciais, a resposta a elas está na escolha de praticar a ideia que a lição nos traz hoje. Dedicando-lhe cinco minutos pela manhã, ao acordar, e cinco minutos à noite, antes de dormir, além de voltar nossa atenção para ela a cada hora que passar, estaremos, sem sombra de dúvida, reforçando nossa decisão de escolher o Céu. E, ao mesmo tempo, estendendo nossa escolha ao mundo inteiro. Finalizamos nosso dia de prática com isto, "reconhecendo que escolhemos só o que queremos":

O Céu é a decisão que tenho de tomar. Eu a tomo agora e não vou mudar de ideia, porque ele é a única coisa que quero.

domingo, 17 de maio de 2009

Curar-se é aceitar a verdade.

A ideia da lição 137, para as práticas deste dia 17 de maio, diz: Quando sou curado, não sou curado sozinho. Esta ideia retrata "o pensamento central em que se baseia a salvação", uma vez que ela desfaz a crença na separação e na doença. Porque envolve uma decisão pessoal de voltar à unidade, de aceitar "o próprio Ser com todas as Suas partes intactas e incólumes".

O texto da lição diz que "a doença quer provar que as mentiras têm de ser verdade. Mas a cura demonstra que a verdade é verdadeira". Que "a separação que a doença quer impor, na verdade, nunca aconteceu". Desta forma, curar-se "é apenas aceitar o que sempre foi a simples verdade, e que continuará a ser exatamente como é para sempre". Porém, tem-se de mostrar, a olhos acostumados às ilusões, que o que veem é falso. Por isso, a cura, de que a verdade nunca precisou, tem de demonstrar que a doença não é real.

O Curso quer que aprendamos com esta lição que a cura "pode ser chamada de um contra-sonho". Ela "cancela o sonho da doença em nome da verdade, mas não na verdade em si mesma". Da mesma forma que o perdão trata de limpar os pecados que nunca existiram e não se aplica à verdade, a cura apenas elimina ilusões que nunca fizeram parte da realidade.

A cura, do mesmo modo que o perdão, traz consigo a liberdade e a possibilidade da troca deste mundo de ilusões e sofrimentos pelo mundo verdadeiro, aquele em que queremos viver, aquele que permite que sejamos quem de fato somos. E a lição nos diz mais. Diz que a cura "é força", que "demonstra que os sonhos não prevalecerão à verdade", pois, uma vez que é compartilhada, ela prova que as leis do mundo podem ser superadas. Sua mão benigna liberta as mentes que se imaginavam prisioneiras em um corpo para "se unirem a outras mentes e serem eternamente fortes".

O exercício de hoje nos convida a começar o dia e também a terminá-lo oferecendo dez minutos de nosso tempo aos seguintes pensamentos:

Quando sou curado, não sou curado sozinho. E quero compartilhar minha cura com o mundo para que a doença possa ser banida da mente do Filho único de Deus, Que é meu único Ser.

Também vamos dedicar um minuto a cada hora a trazer de volta à memória a lembrança de que nossa função aqui é "a de deixar que nossas mentes sejam curadas para podermos levar a cura ao mundo, trocando a maldição pela bênção, a dor pela alegria e a separação pela paz de Deus". Para isso, vamos usar estes pensamentos:

Quando sou curado, não sou curado sozinho. E quero abençoar meus irmãos, pois quero ser curado com eles, do mesmo modo que eles são curados comigo.

sábado, 16 de maio de 2009

A doença vista à luz da verdade

Neste dia 16 de maio, a lição de número 136 nos oferece, para a reflexão e para as práticas, a ideia: A doença é uma defesa contra a verdade. Uma ideia absolutamente inusitada para o sistema de pensamento do ego. Porque sempre pensamos que a doença é apenas alguma coisa que nos acontece, sobre a qual não temos a menor responsabilidade, sobre a qual não temos o menor controle ou a menor possibilidade de escolha.


Há que se pensar muito a respeito disso, não é mesmo? Pois o livro diz que "a doença não é um acidente", mas, "como todas as defesas, é um instrumento louco para o auto-engano". O objetivo de toda e qualquer doença, por menos claro e por mais insano que isso possa parecer, é apenas o de "esconder a realidade, atacá-la, modificá-la, torná-la inepta, deturpá-la, distorcê-la ou reduzí-la a um montinho de partes desagregadas". Isto é, "o objetivo de todas as defesas é o de impedir que a verdade seja íntegra", fazendo que cada parte seja vista como íntegra em si mesma.


É importante voltar toda a atenção possível para o seguinte: As defesas não são involuntárias, nem se fazem sem consciência. Elas são varinhas de condão secretas que agitas quando a verdade parece ameaçar aquilo em que queres acreditar. Elas parecem ser inconscientes apenas por causa da rapidez com a qual escolhes usá-las. Naquele segundo, ou até menos, em que se faz a escolha, reconheces exatamente o que queres tentar fazer e, então, passas a pensar que está feito. Isto é, criamos a estratégia [a doença] que vai nos livrar de ter enfrentar a verdade de uma forma tal que ela [a doença] nos parece algo inevitável, uma fatalidade, um acidente, algo completamente alheio a nossa vontade.


E o texto continua: Quem, senão tu mesmo avalia uma ameaça, decide que é necessário uma saída e constrói uma série de defesas para reduzir a ameaça considerada verdadeira? Não se pode fazer tudo isso inconscientemente. Mas, depois, teu plano exige que esqueças que o fizeste, de modo que ele pareça ser independente de teu próprio objetivo; um acontecimento que ultrapassa teu estado de espírito, [e que traz] um resultado com uma consequência real sobre ti, em lugar de um produzido por ti mesmo.


O Curso diz que este esquecimento rápido do papel que cada um de nós desempenha na criação de nossa "realidade" é que faz as defesas parecerem estar fora de nosso próprio controle. Diz ainda que podemos lembrar do que esquecemos, se quisermos, de fato, "reconsiderar a decisão protegida duplamente pelo esquecimento". E que "não lembrar-se... é apenas um sinal de que essa decisão ainda continua em vigor, no que se refere a teus desejos". O livro aconselha a não confundirmos isso com fato, pois "as defesas têm de tornar os fatos irreconhecíveis. Elas visam a fazer isso, e é isso que fazem".


Importantíssimo ainda é pensar a respeito do seguinte: A doença é uma decisão. Não é algo que te acontece, algo a que absolutamente não buscaste, que te torna fraco e te traz sofrimento. Ela é uma escolha que fazes, um plano que aplicas quando, por um instante, a verdade surge em tua própria mente delirante e teu mundo inteiro parece oscilar e se preparar para desmoronar. Nesse momento ficas doente, para que a verdade possa ir embora e não ameace mais a ordem que estabeleceste para teu mundo.


Começaremos nossos dois períodos de quinze minutos, hoje, com uma prece de cura, pedindo que a verdade venha até nós e nos liberte de toda necessidade de defesa, dizendo:

A doença é uma defesa contra a verdade. Hoje, aceitarei a verdade do que sou e deixarei minha mente ser totalmente curada.

A proteção que a verdade nos oferece tem de ser preservada por uma vigilância cuidadosa. Assim, todas as vezes, ao longo do dia, em que formos tentados a ceder espaço ao julgamento, à necessidade de defesas ou de fazer planos para prevenir as incertezas do futuro, vamos dizer:

Esqueci-me do que realmente sou, pois confundi a mim mesmo com meu corpo. A doença é uma defesa contra a verdade. Mas eu não sou um corpo. E minha mente não pode atacar. Por isso não posso ficar doente.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Aprendendo a baixar as defesas

A lição 135, para este dia 15 de maio, é a mais longa de todo o Livro de Exercícios. E não há como tratar dela, acredito, a não ser trabalhando com a ideia da forma que o livro propõe. Isto é, é necessário que entremos em contato com todas as palavras utilizadas no texto para perceber a inutilidade da defesa. Para perceber que não há necessidade alguma de nos defendermos de nada. Nunca. Ao contrário do que normalmente pensamos, quando nos colocamos na defensiva, preparando-nos para qualquer coisa que imaginemos esteja por acontecer, tudo o que fazemos é exatamente nos adiantar ao "pior", aumentando as probabilidades de que o que esperávamos de "ruim" aconteça, ou - o que podemos considerar "menos desejável" - contribuindo para diminuir as probabilidades de que tudo corra muito bem.

Ao escrever isto vem-me à lembrança uma passagem da novela Campo Geral, de Guimarães Rosa, que, de certa forma, trata também da necessidade da atenção constante a tudo o que se passa à volta de nós. O trecho narra, a partir da memória de Miguilim, personagem principal da 'estória', a sabedoria de Dito, seu irmão, "a respeito de se fazer promessa. O Dito tinha falado que em vez d'a gente só fazer promessa aos santos quando se estava em algum aperto, para cumprir o pagamento dela depois que tivesse sido atendido, ele achava que a gente podia fazer promessa e cumprir antes, e mesmo nem não precisava d'a gente saber para que ia servir o pagamento dessa promessa, que assim se estava fazendo... Mas a gente marcava e cumpria, e alguma coisa boa acontecia, ou alguma coisa ruim que estava por vir não vinha!"

Isso me parece ter muito a ver com a ideia da lição de hoje que é: Se me defendo, sou atacado. Acredito que a falta de atenção a nós mesmos, aos nossos pensamentos, às crenças que vamos interiorizando, às vezes, sem perceber, às informações que buscamos e permitimos que passem a fazer parte de nosso repertório do dia a dia, às palavras de pessoas que vivem conosco e das que conhecemos a quem damos ouvidos, tudo isso se soma ao que pensamos saber do mundo e determina a maneira pela qual decidimos fazer nossas escolhas. Tudo isso tem de ser pesado e medido por nossa consciência constantemente, sob pena de nos rendermos à ilusão.

Penso que, de acordo com o que revela o modo de pensar do Dito na historinha que transcrevi acima, pode-se dizer que viver no presente é viver uma promessa dia a dia, é cumpri-la sem a preocupação de limpar uma coisa passada, e apenas depois de se ter livrado do aperto, ou de evitar alguma coisa no futuro. É viver despreocupado de qualquer necessidade de se defender, porque esquecidos da possibilidade de atacar. Quando presto atenção ao Ser, a mim mesmo, ao que sou, na verdade, posso, parafraseando Clarice Lispector em uma crônica intitulada Se Eu Fosse Eu, dar tudo o que tenho ao mundo e entregar o futuro ao futuro. Pois, desta forma, e só desta forma, posso dizer como diz a lápide de Nikos Kazantzakis, o autor de Zorba, o Grego: "Não temo nada. Não espero nada. Sou livre".

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Praticar o perdão verdadeiro

A lição 134, deste dia 14 de maio, nos convida, a partir da ideia: Que eu perceba o perdão tal como ele é, a "revisar o significado de 'perdoar', pois ele costuma ser distorcido e visto como algo que exige um sacrifício indevido de uma ira justa, uma dádiva injustificada e não merecida e uma completa negação da verdade". Para uma tal visão, "o perdão tem de ser visto como uma simples insensatez excêntrica, e este curso parece basear a salvação em um capricho".

O texto continua: Esta perspectiva distorcida do que significa o perdão é facilmente corrigida quando podes aceitar o fato de que não pede perdão para aquilo que é verdadeiro. O perdão tem estar limitado ao falso. Ele é irrelevante para tudo, exceto para as ilusões. A verdade é criação de Deus e não tem sentido perdoá-la. Toda a verdade pertence a Ele, reflete Suas leis e irradia Seu Amor. Isso precisa de perdão?

O Curso diz que nossa maior dificuldade com relação ao perdão verdadeiro se deve ao fato de que ainda acreditamos que temos de perdoar a verdade e não ilusões. Pensamos no perdão como uma forma de anular um ato, uma ação verdadeira, transformando uma ilusão em verdade. "Isto não precisa ser assim" é outra das lições que o UCEM nos traz, quando acreditamos que qualquer ilusão pode, de fato, nos atingir de alguma forma. Como vimos em uma das últimas lições, é preciso que compreendamos que nunca reagimos a nada diretamente, e sim a nossa interpretação das coisas. Logo, é fácil entender que tudo o que precisamos perdoar é apenas a ilusão que criamos para nós mesmos, quando ela nos afasta do amor e da alegria, pois a verdade busca apenas nos levar naquela direção.

Ele diz ainda que o perdão é única coisa que se ergue para defender a verdade nas ilusões do mundo. Ele percebe sua inutilidade e olha diretamente através das milhares de formas nas quais elas podem aparecer. Ele olha para as mentiras mas não é enganado. (...) A força do perdão é sua honestidade, tão incorruptível que vê as ilusões como ilusões, não como verdade. É por causa disso que ele se torna o revelador das verdades frente às mentiras; o grande restabelecedor da simples verdade...

A lição de hoje traz consigo a ideia de que o perdão precisa ser praticado, porque o mundo não pode perceber seu significado, nem prover um guia para te ensinar seu benefício. O que fazemos hoje com nossos exercícios é praticar o perdão verdadeiro para que o tempo da união não seja mais adiado. A forma prática e simples para fazer tal exercício é nos perguntarmos: 'Eu me acusaria de fazer isso?' sempre que nos sentirmos tentados a acusar alguém de pecado sob qualquer forma.

Começaremos os dois períodos de quinze minutos que reservamos para aprender o perdão verdadeiro com o Espírito Santo pedindo:

Que eu perceba o perdão tal como ele é.

E vamos, então, escolher uma pessoa entre todas aquelas com quem mantemos algum tipo de relacionamento para listar os "pecados" e as coisas ruins que julgamos perceber nela. Em seguida nos perguntaremos: 'Eu me acusaria de fazer isso?' E deixamos que ela seja libertada de todos os pensamentos de pecado que tivemos em relação a ela. Também vamos praticar o perdão ao longo de todo o dia pois ainda haverá muitos momentos em que nos esqueceremos de seu significado. Quando isso acontecer, voltemo-nos para nosso próprio interior para dizer:

Que eu perceba o perdão tal como ele é.
Eu me acusaria de fazer isso?
Não porei esta corrente sobre mim mesmo.
E em tudo o que fizermos lembremo-nos disso:

Ninguém é crucificado sozinho e, ao mesmo tempo, ninguém pode entrar no Céu apenas por si mesmo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Critérios pelos quais orientar as escolhas

A ideia central da lição 133, para os exercícios de hoje, 13 de maio, uma data importante na História do Brasil - alguém aí lembra por quê? -, é: Não darei valor ao que não tem valor. E esta ideia parece apenas estender nossa conversa de ontem à noite, no encontro com o grupo de estudos do UCEM, que tratou exatamente da lição 132.

De acordo com o Curso e com a lição de ontem, o mundo não existe: Não há nenhum mundo! E esta é uma ideia que pode chocar, dita assim, sem a preocupação de uma análise mais demorada. Por isso me parece que a lição de hoje estende e amplia a conversa que a de ontem proporcionou. Pois ela começa por nos dizer que, em determinados pontos do ensino, é conveniente - benéfico até - trazer a teoria [da lição de ontem] de volta ao contato com interesses práticos. Porque, se não o mundo não existe, o que fazemos aqui? Onde é exatamente aqui?

É interessante que comecemos por prestar atenção ao que o exercício propõe já logo em seu início, no segundo parágrafo: Tu não pedes muito da vida, mas pouco demais. Quando permites que tua mente volte sua atenção para interesses relacionados ao corpo, a coisas que compras, ao prestígio da forma como isso é valorizado pelo mundo, pedes sofrimento, não felicidade. Este curso não tenta tirar de ti o pouco que tens. Não tenta substituir as satisfações que o mundo contém por idéias utópicas. Não há nenhuma satisfação no mundo. [Ai, meu Deus!]

E, na continuação, ele diz que vai apresentar os critérios verdadeiros por meio dos quais devemos avaliar todas as coisas que pensamos querer. É disso que precisamos para fazer as escolhas, pois só podemos fazê-las baseados em algum critério. Todos os que usamos hoje, ou quase todos, são os que nos foram dados, de alguma forma, pelo mundo. Será que podem servir de parâmetro para testar tudo aquilo que pensamos querer, conferindo-lhe a condição de meios verdadeiros para nos fazer alcançar a alegria perfeita que é a Vontade de Deus para nós?

Mas vamos aos critérios na prática. De acordo com o Curso, independente de quantas nos pareça haver, só existem duas alternativas entre as quais escolher. Sempre! E mais, cada escolha que fazemos nos traz tudo ou nada. E que escolher é fácil, por isso, e porque todas as coisas têm valor ou não, são dignas ou não de serem buscadas seja como for; são inteiramente desejáveis ou não valem o menor esforço para se obter. Dito isto, segue-se então o primeiro critério. Se escolheres uma coisa que não vá durar para sempre, o que escolhes não tem valor. Um valor temporário não tem nenhum valor. [Pois] O tempo nunca poderá tirar um valor que seja real. Aquilo que murcha e morre nunca existiu e não representa nenhuma oferta àquele que o escolhe. Ele é enganado pelo nada sob uma forma da qual pensa gostar. Eis aí um critério deveras interessante a respeito do qual se pensar. Será que podemos encontrar em algum lugar do mundo algo para escolher que dure para sempre?

Vamos agora ao segundo critério, que também é muito interessante. Seguindo o que a lição nos diz, ele está diretamente ligado à impossibilidade de se ganhar a partir da perda. Isto é, nós nos enganamos sempre que pensamos poder ganhar tirando alguma coisa de alguém. Pois isso faz que neguemos a esse alguém seu direito a todas as coisas. Por consequência, negamos, assim, nosso próprio direito a todas as coisas também. Deste modo não podemos reconhecer o que verdadeiramente temos e nos deixamos enganar pela ilusão de que a perda de alguém pode significar o ganho de outrém. Esquecemo-nos de que quando um perde todos perdem e de que, na verdade, só temos, de fato, aquilo que damos.

Por fim, o terceiro critério, o mais difícil, sobre o qual se baseiam todos os outros, e que nos põe frente a frente com a necessidade de questionar os porquês de nossas esolhas? Por que escolhemos valorizar algo? O que atrai nossa mente para tal escolha? É o mais díficil dos três porque "o ego falha em reconhecer o que quer" e o encobre com muitos níveis de ignorância, pois não quer que vejamos sua evidência, o que seria contrário a seus objetivos. É, no entanto, muito simples reconhecê-lo. Se sentes qualquer culpa pela tua escolha, permitiste que as metas do ego se interpusessem entre as alternativas reais. A culpa nos faz esquecer que só existem duas alternativas. E que só podemos escolher entre o Céu e o inferno.

Chegamos ao final da lição, lembrando que para alcançar o Céu é preciso que tenhamos as mãos vazias e a mente aberta. Vamos começar cada um de nossos períodos de prática de quinze minutos com o seguinte:

Não darei valor àquilo que não tem valor, e só busco o que tem valor, pois é só isso que desejo achar.

Se, ao longo do dia, começarmos a juntar fardos inúteis ou a acreditar que alguma decisão que teremos de tomar pode ser difícil, vamos usar este pensamento para afastar rapidamente o equívoco:

Não darei valor àquilo que não tem valor, pois o que tem valor me pertence.

Lembremo-nos ainda de que, conforme o texto afirma, "a complexidade não é nada mais do que um véu de fumaça que esconde o fato muito simples de que nenhuma decisão pode ser difícil", à luz de tudo o que aprendemos a respeito do processo de escolha neste dia.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Lição 132 (texto completo)

Libero o mundo de tudo aquilo que eu pensava que fosse.

O que mantém o mundo acorrentado senão as tuas crenças? E o que pode salvar o mundo, exceto o teu Ser? A crença é, de fato, poderosa. Os pensamentos que manténs são poderosos e as ilusões são tão fortes em seus efeitos quanto a verdade. Um louco pensa que o mundo que vê é real e não duvida disso. Ele não pode ser influenciado pelo questionamento dos efeitos de seus pensamentos. A esperança da liberdade só lhe vem quando finalmente a fonte de seus pensamentos é posta em questão.
No entanto, a salvação pode ser conseguida com facilidade, pois qualquer um é livre para mudar a sua mente e com ela mudar todos os seus pensamentos. Agora a fonte do pensamento foi deslocada, pois mudar a tua mente significa que mudaste a fonte de todas as idéias que pensas ou jamais pensaste ou ainda pensarás. Liberta o passado daquilo que pensavas anteriormente. Liberta o futuro de todos os antigos pensamentos de busca do que não queres achar.
Agora, o único tempo que resta é o presente. É aqui, no presente, que o mundo é posto em liberdade. Pois, quando deixas que o passado se dissipe e liberas o futuro de todos os teus antigos medos, achas um modo de escapar e o dás ao mundo. Escravizaste o mundo com todos os teus medos, as tuas dúvidas e misérias, a tua dor e as tuas lágrimas e todos os teus pesares pressionam e mantêm o mundo prisioneiro de tuas crenças. A morte o ataca de todos os lados, porque manténs amargos pensamentos de morte dentro da tua mente.
O mundo, em si, não é nada. A tua mente tem que dar significado a ele. E o que contemplas nele são os teus desejos encenados para que possas olhar para eles e pensar que são reais. Talvez penses que não fizeste o mundo, mas que vieste contra a tua vontade ao que já havia sido feito, dificilmente esperando que os teus pensamentos pudessem lhe dar significado. Entretanto, na verdade, achaste exatamente aquilo que procuravas quando vieste.
Não há outro mundo à parte daquele que desejas e nisso está a tua liberação suprema. É só mudar a tua mente quanto ao que queres ver e todo o mundo tem que mudar em conseqüência. Idéias não deixam a sua fonte. Esse tema central é declarado com freqüência no livro texto e tem que ser mantido em mente se quiseres compreender a lição para o dia de hoje. Não é o orgulho que te diz que fizeste o mundo que vês e que ele muda à medida que mudas a tua mente.
Mas é o orgulho que argumenta que vieste a um mundo que é bastante separado de ti mesmo, impermeável àquilo que pensas e bem à parte do que possas pensar que ele seja. Não há nenhum mundo! Esse é o pensamento central que o curso tenta ensinar. Nem todos estão prontos para aceitá-lo e cada um tem que ir tão longe quanto possa se permitir ser conduzido ao longo da estrada para a verdade. Ele voltará e irá ainda mais adiante, ou talvez recue por um momento para retornar outra vez.
Mas a cura é a dádiva daqueles que estão preparados para aprender que não existe nenhum mundo e que podem aceitar a lição agora. A sua prontidão para isso lhes trará a lição sob alguma forma que possam compreender e reconhecer. Alguns a vêem subitamente, à beira da morte, e erguem-se para ensiná-la. Outros acham-na em uma experiência que não é desse mundo, que lhes mostra que o mundo não existe porque o que contemplam tem que ser a verdade e, no entanto, contradiz claramente o mundo.
E alguns achá-la-ão nesse curso e nos exercícios que fazemos hoje. A idéia de hoje é verdadeira, porque o mundo não existe. E se, de fato, o mundo for a tua própria imaginação, então podes soltá-lo de todas as coisas que jamais pensaste que ele fosse, apenas mudando todos os pensamentos que lhe deram essas aparências. Os doentes são curados quando abandonas todos os pensamentos de doença e os mortos ressuscitam quando deixas os pensamentos de vida substituírem todos os pensamentos de morte que jamais tiveste.
Uma lição anterior já repetida uma vez tem que ser novamente enfatizada agora, pois contém o sólido fundamento para a idéia de hoje. Tu és como Deus te criou. Não há lugar algum onde possas sofrer, nem tempo algum que possa trazer qualquer mudança ao teu estado eterno. Como pode existir um mundo de tempo e lugar, se tu permaneces tal como Deus te criou?
O que é a lição para o dia de hoje, senão um outro modo de dizer que conhecer o teu Ser é a salvação do mundo? Libertar o mundo de todo tipo de dor é apenas mudar a tua mente sobre ti mesmo. Não existe nenhum mundo à parte das tuas idéias porque as idéias não deixam a sua fonte e tu manténs o mundo dentro da tua mente em pensamento.
No entanto, se és tal como Deus te criou, não podes pensar à parte Dele, nem fazer o que não compartilhe da Sua intemporalidade e do Seu Amor. Estas coisas são inerentes ao mundo vês? Esse mundo cria como Ele? Se não o fizer, não é real e não pode ser em absoluto. Se tu és real, o mundo que vês é falso, pois o mundo não é como a criação de Deus em todos os seus aspectos. E do mesmo modo como foste criado pelo Seu Pensamento, foram os teus pensamentos que fizeram o mundo e têm que libertá-lo para que possas conhecer os Pensamentos que compartilhas com Deus.
Libera o mundo! As tuas criações reais esperam por essa liberação para te dar a paternidade, não de ilusões, mas como Deus na verdade. Deus compartilha a Sua Paternidade contigo, que és o Seu Filho, pois Ele não faz distinções entre o que é Ele Mesmo e o que ainda é Ele. O que Ele cria não está à parte Dele, e em lugar algum o Pai chega ao fim para dar início ao Filho como algo separado de Si Mesmo.
Não existe nenhum mundo porque ele é um pensamento à parte de Deus, feito para separar o Pai e o Filho e arrancar uma parte do próprio Deus para assim destruir a Sua Integridade. Um mundo vindo dessa idéia pode ser real? Pode estar em algum lugar? Nega as ilusões, mas aceita a verdade. Nega que sejas uma sombra deixada por um momento sobre um mundo agonizante. Libera a tua mente e contemplarás um mundo liberado.
O nosso propósito hoje é o de libertar o mundo de todos os pensamentos vãos que jamais mantivemos a respeito dele e de todas as coisas vivas que vemos sobre ele. Não podem estar aí. E nós também não podemos. Pois estamos no lar que o nosso Pai estabeleceu para nós, junto com elas. E nós, que somos como Ele nos criou, nesse dia queremos liberar o mundo de cada uma das nossas ilusões para que possamos ser livres.
Começa os períodos de quinze minutos nos quais hoje praticamos por duas vezes com isso:
Eu, que permaneço tal qual Deus me criou, quero liberar o mundo de tudo o que eu pensei que ele fosse. Pois sou real porque o mundo não o é, e quero conhecer a minha própria realidade.
Em seguida, apenas descansa, atento, mas sem tensão, e deixa a tua mente ser mudada em quietude para que o mundo seja libertado junto contigo.
Não precisas reconhecer que a cura vem a muitos irmãos do outro lado do mundo, assim como àqueles que vês por perto quando envias estes pensamentos para abençoar o mundo. Mas sentirás a tua própria liberação, embora ainda não possas compreender inteiramente que nunca poderias ser liberado sozinho.
Ao longo do dia, aumenta a liberdade transmitida a todo o mundo através das tuas idéias e dize sempre que te sentires tentado a negar o poder da simples mudança da tua mente:
Libero o mundo de tudo o que pensava que fosse, e em vez disso escolho a minha própria realidade.

Como é o mundo que vejo?

A leitura iniciada no encontro de ontem à noite me remeteu quase que imediatamente à lição maravilhosa que o Curso nos reserva para este dia 12 de maio, a de número 132, cuja ideia é: Libero o mundo de tudo o que pensava que fosse.

O que o livro nos dizia ontem era que precisamos compreender que não reagimos a nada diretamente, e sim à interpretação que fazemos de tudo. Isto é, recorrendo ao grande Fernando Pessoa que diz, pelas palavras de seu heterônimo Alberto Caieiro:

O Universo não é uma ideia minha.
A minha ideia do Universo é que é uma ideia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos.
A minha ideia da noite é que anoitece por meus olhos.

Assim, cabe pensar como vejo o mundo. Como um lugar em que fui aprisionado para sofrer até que o abraço final da morte me venha resgatar, levando-me, por fim, ao Paraíso. Ou ao inferno, como fui ensinado a pensar. Ou será que acredito que o inferno é aqui? Neste lugar aonde se instalou o caos, espantando qualquer esperança de alegria, de paz, de harmonia e de felicidade? Um lugar a que vim contra a vontade para encontrar algo pronto, algo a que meus pensamentos não podem dar sentido? Um lugar separado de mim mesmo, impermeável ao que penso e absolutamente dissociado daquilo que porventura posso pensar que ele seja?

Alegremo-nos, então, porque a ideia da lição de hoje vai permitir que nos libertemos do mundo, pela liberação que vamos oferecer a ele, para que também nos tornemos livres. A ideia da lição de hoje, se praticada e aprendida, é suficiente para trazer o Céu à terra e nos colocar diretamente em contato com o Pai, de Quem nunca nos afastamos, a não ser em nosso delírio de separação.

Vamos livrar o mundo das correntes em que nossas crenças o mantêm aprisionado. Vamos salvar o mundo hoje, pois todos somos livres para mudar a ideia que fazemos dele. E, ao mudar a ideia que fazemos do mundo, nós o libertamos do passado e de tudo aquilo que pensávamos a seu respeito então. E libertamos o futuro para que ele seja [e nós e o mundo com ele] o que tiver de ser. Entregamo-nos inteiramente ao presente, o único tempo que existe. O passado já deixou de existir e o futuro é livre. Libertamos o mundo da escravidão de nossos medos, de nossas dúvidas e misérias, de nossa dor e de nossas lágrimas, e de todos os pesares que o mantinham prisioneiro.

O pensamento central que o Curso busca nos ensinar é que "não há nenhum mundo"! O mundo em si mesmo não é nada. Nossa mente é quem pode dar sentido a ele. E aquilo que vemos nele são apenas nossos próprios desejos expressos de forma tal que possamos olhar para eles e pensar que são reais. Nossa liberação definitiva está em acreditar nisso. Acreditar que não existe nenhum mundo separado daquilo que desejamos e que basta mudarmos de ideia a respeito do que queremos ver para o mundo inteiro mudar em conformidade com nosso novo modo de pensar.

Para tanto, precisamos nos lembrar, como diz o livro várias vezes, que "as ideias não deixam sua fonte". E lembrar também da ideia de uma lição que já repetimos algumas vezes e que nos assegura que ainda somos como Deus nos criou. Isto, e a prática com a ideia por duas vezes em períodos de quinze minutos, hoje, vai nos ajudar a cumprir nosso propósito, que é o de liberar o mundo de todas e de cada uma de nossas ilusões.

Em meu modo de ver esta lição é tão maravilhosa e tão eficiente como instrumento para nos devolver a paz e nos levar a perceber a unidade que vou postar o texto completo para que todos os que acessarem este espaço hoje possam ter a oportunidade de praticar da forma que o Curso recomenda.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Por que esperar pelo Ceú?

Uma pequena observação linguística introdutória à ideia que a lição 131, deste dia 11 de maio, nos traz. No original em Inglês, a ideia é a seguinte: No one can fail who seeks to reach the truth. Há no original uma inversão do que seria a ordem direta, que ficaria assim: No one who seeks to reach the truth can fail. A ideia traduzida diretamente do original seria a seguinte: Ninguém que busque alcançar a verdade pode fracassar. No texto do UCEM em Português, a ideia aparece como: Aquele que busca alcançar a verdade não pode falhar. A mim parece mais acertado utilizar a ideia: Ninguém que busque alcançar a verdade pode fracassar. Porque não limita a busca nem o alcançar da verdade àquele que escolha buscá-la, deixando entrever a possibilidade de que os que aparentemente não a buscam não podem encontrá-la. Porque nos garante que todos podemos ser bem-sucedidos na busca pela verdade. E porque, a rigor, me parece que todos nós estamos empenhados nesta busca, mesmo quando não temos consciência disso.

Em todo caso, peço-lhes que, para as práticas do dia, utilizem a ideia na forma que melhor lhes aprouver. As palavras que melhor lhes soarem, que melhor fizerem eco em seus corações. Pois é o que sentimos que deve nos orientar fundamentalmente e não as escolhas baseadas na forma. O importante é que, seguindo as instruções do Curso, dediquemos hoje três períodos de dez minutos à ideia, pedindo, em cada um deles, para ver "o despontar do mundo real para substituir as imagens tolas às quais damos valor, [trazendo consigo] ideias verdadeiras em lugar dos pensamentos que não fazem nenhum sentido, [não têm] nenhum efeito e nem [têm sua] fonte ou matéria-prima na verdade".

A lição começa chamando a atenção para o fato de que "o fracasso está em toda parte enquanto buscas metas que não podem ser alcançadas. Procuras estabilidade no impermanente, amor onde não há nenhum, segurança no meio do perigo, imortalidade dentro das trevas do sonho da morte". E pergunta: "Quem poderia sem bem-sucedido onde a contradição é o cenário de sua busca e o lugar ao qual vem para encontrar estabilidade?"

Diz que: "aqui [no mundo] a busca é inevitável. Vieste para isso e com certeza farás aquilo para que vieste". Importante, porém, é atentar para o fato de que "o mundo não pode ditar a meta que buscas [alcançar], a menos que lhe dês poder para fazê-lo". Convém saber que "tu ainda és livre para escolher uma meta que esteja além do mundo e de todo pensamento mundano e que chegue a ti a partir de uma ideia abandonada, mas da qual ainda lembras; antiga, embora nova; um eco de uma herança esquecida, mas que contém tudo o que queres verdadeiramente".

Alegra-te por teres de buscar. Alegra-te também por aprenderes que buscas o Céu e que tens de alcançar a meta que queres verdadeiramente. Ninguem pode deixar de querer esta meta e de alcançá-la no fim. O Filho de Deus não pode buscar em vão, mesmo que tente forçar o atraso, mesmo que engane a si mesmo e que pense que é o inferno que busca. (...) Ninguém permanece no inferno, porque ninguém pode abandonar seu Criador nem afetar Seu Amor, perfeito, intemporal e imutável. Tu encontrarás o Céu.

Por que esperar pelo Céu? Ele está aqui hoje. O tempo é a grande ilusão de que ele [o Céu] passou ou de que está no futuro. Isso, no entanto, não pode ser, se ele está aonde Deus quer que Seu Filho esteja. Como a Vontade de Deus poderia estar no passado ou ainda por acontecer? Aquilo que Ele quer é presente, sem um passado e absolutamente destituído de futuro. Está tão distante do tempo quanto uma pequenina vela de uma estrela longínqua, ou aquilo que escolheste daquilo que queres verdadeiramente.

Vamos iniciar cada período de prática, abandonando quaisquer pensamentos tolos e voltando nossa mente para ideias verdadeiras como a da lição. Ninguém que busque a verdade pode fracassar, e é a verdade que buscamos alcançar hoje. E vamos dizer assim:

Eu peço para ver um mundo diferente e para ter um tipo de pensamento diferente daqueles que tive. Eu não fiz sozinho o mundo que busco, os pensamentos que quero ter não são os meus próprios pensamentos.

Vamos ainda, cheios de alegria, nos lembrar com frequência de que chegou a hora da salvação. O próprio Céu escolheu o dia de hoje para ser um tempo de graça para ti e para o mundo. Se esqueceres este fato feliz, lembra a ti mesmo com o seguinte:

Hoje busco e encontro tudo o que quero.
Meu propósito singular o oferece a mim.
Ninguém que busque alcançar a verdade pode fracassar.

domingo, 10 de maio de 2009

É impossível ver dois mundos

Seis vezes hoje vamos dedicar cinco minutos de nossa atenção, com gratidão e alegria, à reflexão a respeito da ideia que nos oferece a lição 130, neste dia 10 de maio. E talvez nos seja dado aprender a escolher ver de modo diferente o mundo em que vivemos. Talvez aprendamos a partir da ideia para a prática de hoje a criar o mundo que queremos, de fato. A ideia é a seguinte: É impossível ver dois mundos.

E, se pensarmos bem, esta ideia pode permitir que cheguemos à certeza de que ela traz consigo a melhor forma de se pensar a respeito da experiência que vivemos neste mundo. Será que alguma vez alguém vive, ou pode viver, alguma experiência diferente daquela de que precisa para aprender a se conhecer, a lembrar de si mesmo, a entrar em contato com aquilo que é, na verdade? Será que eu alguma vez vivi alguma coisa diferente daquilo que escolhi viver? Isso é possível? Será que existe um mundo diferente deste, onde estou, para eu viver minha experiência? Será que posso ser, diferente, do que sou presentemente? Será que, no presente, posso fazer alguma coisa diferente do que faço no momento?

O que nos afasta, em geral, do mundo que queremos, ou pensamos querer, é exatamente nossa falta de atenção a este que criamos dia a dia a partir de nossas escolhas. Vejamos o que diz o Curso logo no início das instruções para os exercícios de hoje. A percepção é coerente. O que vês reflete teu modo de pensar. E teu modo de pensar reflete apenas tua escolha daquilo que queres ver. Teus valores são determinantes disto, porque tu tens de querer ver aquilo que prezas, acreditando que o que vês realmente existe. Ninguém pode ver um mundo ao qual sua mente não tenha atribuído valor. E ninguém pode deixar de ver aquilo que acredita querer.

Na sequência, ele pergunta: Quem... pode odiar e amar verdadeiramente ao mesmo tempo? Quem pode desejar que aquilo que não quer seja real? E quem pode escolher ver um mundo do qual tenha medo? [Sim, porque, na maior parte do tempo, tudo o que pensamos ver foi criado pelo medo ou pela culpa em suas diferentes formas]. Toda separação, todas as distinções e as inúmeras diferenças que tu acreditas comporem o mundo. Elas não existem.

Assim, os exercícios de hoje visam a nos oferecer um modo diferente de escolher, um modo diferente de ver. Para isso, pedimos ajuda a uma força além da nossa e tentamos reconhecer o que é que buscamos, dizendo, ao início de cada período de prática:

É impossível ver dois mundos. Que eu aceite a força que Deus me oferece e não veja nenhum valor neste mundo, para eu poder achar minha liberdade e minha liberação.

E Deus estará conosco, porque invocamos o grande Poder que dará este passo gigantesco conosco com gratidão. E poderemos ver a gratidão d'Ele expressa em percepção tangível e em verdade. Não duvidaremos daquilo para que olharmos, porque, embora seja percepção, não será o tipo de visão que nossos olhos já viram antes por si mesmos.

Precisamos lembrar que o que vemos, e tudo o que vemos, é sempre o ilusório ou o real, o falso ou o verdadeiro. Porque a percepção é coerente com nossa escolha e, em unidade com ela, o inferno ou o Céu se apresentam a nós. Para escapar às tentações de escolher o inferno durante o dia basta que nos lembremos de dizer, sempre que necessário:

É impossível ver dois mundo. Eu busco minha liberdade e liberação e isto não é uma parte daquilo que quero.

Um Dia da Mães de alegria, de felicidade, de paz e de muito amor às mães que visitam este espaço.

sábado, 9 de maio de 2009

Para escolher o mundo que quero

E aí? Já se ocuparam da lição 129, neste dia 9 de maio, véspera da celebração do Dia das Mães? Bem... estou um pouco atrasado porque longe de casa, de meu computador de todos os dias. Mas vamos lá.

A ideia da lição de hoje, Além deste mundo há um mundo que eu quero, é decorrente da de ontem, pois, como o Curso diz, não podemos parar "na ideia de que o mundo é inútil", pois, a menos que vejamos algo por que esperar, a menos que tenhamos alguma esperança, só podemos ficar deprimidos. O ensinamento do Curso não põe sua ênfase em nos fazer desistir do mundo, mas em nos ensinar a substituí-lo "por aquilo que é muito mais satisfatório, muito mais cheio de alegria e muito mais eficiente para nos oferecer a paz".

Hoje, mais uma vez, vamos dedicar três períodos de dez minutos à reflexão a respeito da ideia que o Curso nos sugere. Uma pela manhã, uma à noite e outra entre eles. Pode ser conveniente pensar um pouco mais a respeito do valor que atribuímos a este mundo e às coisas todas nele. Quem sabe cheguemos até a reconhecer que não há perda alguma em abandonar todo o pensamento que dá ao mundo algum valor. Pois, como a lição diz, o mundo que vemos "é, de fato, impiedoso, instável, cruel, indiferente [a todos e a cada um de nós], rápido em vingar-se e implacável em seu ódio. Ele só oferece para retirar e [nos] rouba todas as coisas que [apreciamos] por algum tempo. Aqui não se encontra nenhum amor duradouro, pois não há nenhum. Este é o mundo do tempo, onde todas as coisas acabam".

A prática diária das ideias dos exercícios é o meio que pode nos levar ao mundo que queremos, onde estejamos livres das mesquinharias que este apresenta apenas para nos manter prisioneiros. E o livro diz: Este mundo não tem nada que tu queiras, mas aquele que escolhes em seu lugar tu, de fato, queres. Deixa que ele te seja dado hoje. Ele só espera que tu o escolhas, para ocupar o lugar de todas as coisas que buscas, mas que não queres.

Comecemos os perídos de prática com o seguinte:

Além deste mundo há um mundo que quero. Eu escolho ver esse outro mundo em lugar deste, porque aqui não existe nada que eu queira verdadeiramente.
A cada hora, hoje, vamos lembrar desta ideia e de nossa decisão de escolher o mundo que queremos, dizendo:
O mundo que vejo não tem nada que eu queira.
Além deste mundo há um mundo que quero.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Liberdade para a mente

A lição 128, para este dia 8 de maio, informa que O mundo não tem nada que eu queira. Esta afirmação, por si só, é suficiente para nos fazer querer passar o dia inteiro imersos na reflexão. E não somente os dez minutos que o Curso nos pede para dedicar ao descanso da mente por três vezes hoje. Porque certamente o ego vai querer nos convencer de todo o valor que existe em tudo aquilo que buscamos ter, em tudo o que nos propomos a fazer, com vistas a alcançar mais coisas, melhores posições, mais conforto e tudo o que o mundo nos ensina a aspirar e a colocar como meta.

Vejamos o que o Curso diz: O mundo que vês não tem nada de que precises para te oferecer; nada que possas usar de nenhuma forma, nem absolutamente nada que sirva para te dar alegria. Acredita neste pensamento, e ficas livre de anos de miséira, de inúmeras frustrações e de esperanças que se tornam cinzas amargas de desespero. Ninguém pode deixar de aceitar este pensamento como verdadeiro, se quiser deixar o mundo para trás e se elevar acima de seu alcance insignificante e de suas mesquinharias.

Cada coisa que prezas aqui é apenas uma corrente que te prende ao mundo e que não servirá a nenhum outro fim que não este. Pois todas as coisas têm de atender ao propósito que dás a elas, até que vejas aí um propósito diferente. O único propósito digno de tua mente que este mundo contém é o de que passes por ele, sem te atrasares para perceber alguma esperança onde não há nenhuma. Não te deixes enganar mais. O mundo que vês não tem nada que queiras.

Não precisamos nem ir mais longe do que isto para pôr em xeque os valores que damos às coisas do mundo. Para questionar o quanto nossa vida está aprisionada ou limitada por desejos que, na maioria das vezes, uma vez alcançados, só vão nos levar na direção de outros desejos que ficaram fora do alcance. Um carro mais novo, um carro maior, um carro com mais conforto, com mais tecnologia... Um guarda-roupa novo...

Pensemos bastante, pensemos em tudo o que conseguimos até hoje em nossas vidas e sejamos honestos. Qual delas nos trouxe aquela paz que permite que vamos dormir "o sono dos justos"? Por mais que queiramos, acho, é impossível atribuir a qualquer coisa a sensação de paz que sentimos em quaisquer instantes em que a tenhamos descoberto em nós. Nunca é uma coisa. Nunca é nada que fazemos.

Por isso, o exercício de hoje nos pede que não deixemos que nada relacionado aos pensamentos do corpo detenha nosso avanço em direção à salvação, que não está em nada do mundo. Nossa prática neste dia é abandonar todos os pensamentos acerca do valor que damos às coisas do mundo. Vamos liberar o mundo dos propósitos que demos a ele, para erguer as correntes que obstruem a porta à [nossa] libertação do mundo, para irmos além de seus valores insignificantes e de suas metas menores.

Tudo o que precisamos fazer é aquietar nossa mente, dando-lhe liberdade para que voe com alegria em direção de sua meta santa, para se unir e descansar em seu Criador para ter sua sanidade devolvida, para receber de volta sua liberdade e seu amor.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Entender o significado do amor

Neste dia 7 de maio, a lição 127 nos oferece à reflexão a ideia: Não existe nenhum amor exceto o de Deus. E começa dizendo: Talvez penses que diferentes tipos de amor são possíveis. Talvez penses que há um tipo de amor para isso, outro para aquilo, um modo de amar uma pessoa e ainda um outro modo de amar uma outra. [Ledo engano.] O amor é um. Ele não tem partes separadas nem intensidades diferentes, não há tipos ou níveis, divergências ou distinções nele. Ele é como ele mesmo, inteiramente imutável. Nunca se altera com uma pessoa ou com uma circunstância. Ele é o Coração de Deus e também o de Seu Filho.

Na continuação, o texto diz que "o significado do amor está oculto para aquele que pensa que o amor pode mudar". Porque um amor mutável é impossível. É apenas dentro da ilusão que nos oferece o mundo criado pelo ego que podemos acreditar que "qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor vale amar", como diz a canção de Milton Nascimento. Na verdade, é só quando entendemos que os diferentes modos e intensidades de amor são apenas resultados de nossa crença na ilusão que podemos dizer o que diz a canção. Porque nossos modos e intensidades de amar não alteram o que o amor, na verdade, é.

Por isso também, ainda na ilusão, podemos acreditar que é possível amar alguns e não amar outros. Ou amar de vez em quando e de vez em quando não. Assim, o Curso nos diz que acreditar nestas coisas a respeito do amor é não compreendê-lo. Pois se, de fato, pudéssemos usar o amor como instrumento para julgar - este pode ser amado, este não, ora posso te amar, ora não - não faríamos nada a não ser confirmar nossa crença na separação, percebendo o Filho de Deus em partes separadas. Umas das quais se pode amar e outras não.

Deste modo, o Curso nos convida a refletir hoje sobre o fato de que não pode haver nenhuma diferença entre aquilo que realmente somos e o que é o amor. O significado do amor é teu próprio significado, e compartilhado pelo Próprio Deus. Pois tu és o que Ele é. Não há nenhum amor a não ser o de Deus e o que Ele é é tudo o que existe. Nenhum limite é imposto a Ele e, assim, tu também és ilimitado.

E nos convida a esquecer e a abandonar todas as leis do mundo durante quinze minutos duas vezes, abrindo nossa mente e descansando. Faremos isso chamando pelo Pai, certos de que Sua Voz responderá para nos ensinar o significado do Amor. Ao longo do dia, além disso, vamos nos lembrar de que todos são nossos irmãos no Amor, pensando, pelo menos três vezes, a cada hora em alguém que faz a jornada conosco. Alguém que veio para aprender conosco o que nós mesmos temos de aprender. E diremos, assim que ele nos vier à mente:

Eu te abençoo, irmão, com o Amor de Deus, que eu quero compartilhar contigo. Pois quero aprender a lição feliz de que não há nenhum amor a não ser o de Deus e o teu e o meu e o de todos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Pondo em xeque o mundo do ego

A ideia que nos traz a lição 126, neste dia 6 de maio, é suficiente para pôr de cabeça para baixo todo este mundo de ilusões criado pelo ego. Basta que acreditemos nela, ou que a usemos para colocar em xeque as orientações e instruções que nos dá o ego a respeito do que é necessário alguém fazer para "se dar bem" neste mundo. A ideia é a seguinte: Tudo o que dou é dado a mim mesmo.

Não preciso, acho, nem recorrer ao texto para dizer que este conceito, se não puder demolir para sempre todas as ilusões do ego, vai nos fazer pôr em dúvida tudo o que seu mundo nos ensina. Já que ele é absolutamente estranho para o sistema de pensamento do ego e para o mundo que construímos a partir de tal sistema. Não lhes parece?

De acordo com o que nos ensina o mundo, com base no sistema de pensamento do ego, sempre que damos alguma coisa, ficamos sem ela. O que nos parece perfeitamente lógico, não? Porém, é preciso que nos lembremos de que a lógica do ego está diretamente ligada à ilusão. Por isso, nem tudo o que é lógico para o ego é saudável para nosso modo de perceber o mundo. Isto é, nem sempre [aliás, quase nunca, se é que alguma vez é possível] podemos utilizar a lógica do sistema de pensamento do ego para entrar em contato com a verdade do que somos.

Mas, aprofundando um pouco a reflexão a respeito da ideia que a lição de hoje nos oferece, podemos pensar simplesmente na libertação que acreditar nela pode nos trazer. Uma vez que ela nos apresenta a resposta para nos livrarmos de todo e qualquer apego às coisas mundanas. E o melhor, dentro da lógica de um sistema de pensamento que só quer nos colocar em contato com a alegria e com a felicidade perfeitas, que são a expressão da Vontade de Deus para nós.

Acreditando nesta ideia podemos ficar absolutamente tranquilos com relação a tudo o que existe no mundo, o que existe de fato e o que é fruto de nossa projeção. O que existe, de fato, já é nosso, pois herdamos tudo de Deus. Os frutos de nossa projeção nos pertencem para fazer deles o que quisermos, sabendo que ao darmos qualquer coisa, nos a estamos dando apenas a nós mesmos. Independentemente de ela parecer estar, agora, longe ou separada de nós. É como se tudo o que damos não passasse apenas de ideias que, mesmo ofertadas, não deixam de estar sempre conosco. Pois como diz o ensinamento as ideias não podem deixar sua fonte. Se pensarmos em nós mesmos como ideias de Deus, a Fonte, experimentando o mundo das formas e sentidos, podemos ter certeza de que não podemos deixar nossa Fonte, da mesma maneira que Deus nunca nos abandona.

A ideia de hoje, Tudo o que dou é dado a mim mesmo, nos possibilita compreender o meio pelo qual a salvação vem até nós. O perdão completo, a clareza de objetivos e a direção certa não seriam nenhum problema se acreditássemos nesta declaração. Nem hesitaríamos um segundo sequer em usá-la já.

A orientação para a prática é a de que reservemos dois períodos de quinze minutos cada "à tentativa de compreender esta ideia", para perceber "a verdade segundo a qual doador e receptor são o mesmo". Compreendê-la vai fazer que o perdão tome lugar entre nossas prioridades, libertará nossa mente de todas as barreiras que colocamos ao significado do perdão e nos fará reconhecer seu valor para nós.

Para o exercício, buscamos o silêncio interior e pedimos a ajuda do Espírito Santo, colocando-nos à disposição para aprender, alegres por ouvir a Voz da verdade falar conosco. Sempre que pudermos vamos dizer a nós mesmos o seguinte:

Tudo o que dou é dado a mim mesmo. A Ajuda de que preciso para aprender que isso é verdadeiro está comigo agora. E confiarei n'Ele.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Silêncio! Deus quer te falar.

Neste dia 5 de maio, vamos dedicar três períodos de dez minutos completos para a prática da ideia da lição 125. A sugestão do livro é que selecionemos, em nosso dia, três momentos nos quais possamos ficar sozinhos, calmos e em um lugar sossegado, se possível, para uma reflexão acerca da ideia, que diz: Em paz, recebo hoje o Verbo de Deus.

Como diz a letra da música do Lulu Santos, "vamos nos permitir". "Vamos viver tudo o que há pra viver". O que só podemos fazer no presente, uma vez que não existe outro tempo para viver. Assim, o livro nos aconselha a deixar "que este seja um dia de serenidade e de escuta tranquila", no qual o Pai quer que ouçamos Seu Verbo. Para tanto, Ele nos chama do mais profundo de nossa mente "onde Ele habita". Muitas vezes, a maioria delas, sem que O percebamos.

Entretanto, como o ensinamento afirma, nenhuma paz é possível enquanto o Verbo de Deus não for ouvido no mundo inteiro. Antes que nossas mentes, em escuta tranquila, aceitem a mensagem que o mundo tem de ouvir para apresentar no tempo sereno da paz.

E o mundo só muda por intermédio de nós, de todos e de cada um de nós. Nada o pode salvar a não ser nós, "porque o plano de Deus é simplesmente este: o Filho de Deus é livre para se salvar, recebeu o Verbo de Deus para ser seu Guia, em sua mente para sempre, e eternamente a seu lado, para conduzi-lo com segurança à casa de seu Pai por sua própria vontade, eternamente livre como A de Deus. Ele não é levado à força, mas só pelo amor. Não é julgado, mas apenas santificado".

A prática de hoje pede que façamos silêncio para ouvir a Voz de Deus, livres da intromissão dos pensamentos mesquinhos do ego, livres dos desejos do corpo e livres de quaisquer julgamentos de Seu Verbo santo. Do mesmo modo, "não vamos nos julgar hoje, pois o que somos não pode ser julgado". Para conseguir isso, "nos afastamos de todos os julgamentos que o mundo infligiu ao Filho de Deus". Hoje, especialmente, "não daremos ouvidos ao mundo, mas esperaremos em silêncio pelo Verbo de Deus".

A única regra para a prática de hoje é esta: "Apenas fica quieto"... e "deixa que tua prática te eleve acima do pensamento do mundo e liberte tua visão dos olhos do corpo. Apenas fica quieto e escuta". Além disso, a cada hora, "aquieta-se por um momento e lembra-te de que tens um objetivo especial para este dia: receber o Verbo de Deus na completa paz".

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Lembretes necessários

Pensava outro dia, enquanto preparava o comentário para uma das lições mais recentes, que devemos prestar sempre, e cada vez mais, toda a atenção possível às orientações e sugestões que nos dá o ego, submetendo-as constantemente ao crivo do Espírito Santo, sob pena de nos desviarmos demais do caminho que nos pode levar na direção do reconhecimento daquilo que, de fato, somos, isto é, da busca de lembrar de nós mesmos, que empreendemos juntos quando nos decidimos a fazer diariamente as lições que nos propõe o livro.

Sim, porque cada ego tem um plano bem definido para alcançar seus objetivos em seu estar-no-mundo e conta, ou planeja contar, a qualquer custo, com a colaboração do corpo que lhe dá abrigo. Seja por levar a mente a se auto-enganar pensando que é só o corpo, seja por artifícios e artimanhas outras que envolvem os sistemas punição-recompensa, dor-prazer, sofrimento-alegria, entre outros. Como se a dualidade fosse uma verdade da qual não se pode fugir, e não apenas uma maneira de ver dois aspectos diferentes de uma mesma coisa ou situação.

Assim, volto a ressaltar a necessidade da atenção permanente, para que não nos enganemos achando que já aprendemos o bastante para não cair no logro do ego. É bom, por isso, estar-se sempre preparado para o inesperado. Para tanto, é necessário acreditar firmemente que qualquer mudança foi, é e será sempre para melhor. Acreditar que "todas as coisas cooperam para o bem".

Dito isto, para que não sobrem vestígios de quaisquer possíveis equívocos, nunca é demais lembrar que nada do que digo aqui jamais lhes deve parecer a verdade absoluta, isto é, não é minha intenção, nem nunca foi, em nenhum momento, dar a impressão de que sei mais do que qualquer estudante ou professor do UCEM. O próprio Curso, aliás, não pleiteia a verdade como exclusividade sua, uma vez que se coloca na condição de um caminho, no meio de vários caminhos. E entende que não sirva para todos. Dito de outra forma, este Curso é apenas mais um caminho na direção do autoconhecimento, na busca da verdade a respeito do sou e do que cada um de nós é, na Unidade, como partes da Filiação. Por isso, é sempre bom lembrar e pedir-lhes que lembrem, em caso de dúvida, de considerar sempre o que o ensinamento do Curso diz, deixando de lado o que digo, se não lhes parecer razoável, sensato, ou amoroso. Ou se lhes der a impressão ou lhes trouxer à mente a ideia da possibilidade de reforçar uma separação que, sabemos, nunca existiu.

Para finalizar, aproveito para dar aqui as boas vindas a Joyce Worm. Esperemos que ela encontre aqui conosco o acolhimento necessário, que a deixe à vontade para compartilhar conosco do aprendizado, trazendo-nos mais de si para que aprendamos mais de nós mesmos. Bem-vinda, Joyce. Fique à vontade, por favor, para dividir conosco suas experiências de luz.

Aprendendo a praticar a Unidade

Neste dia 4 de maio, a ideia da lição 124 é: Que eu me lembre de que sou um com Deus.

E as instruções para a prática começam nos convidando a agradecer mais uma vez por nossa Identidade em Deus. Assegurando-nos de que "nosso lar está em segurança" e tem sua "proteção garantida em tudo o que fizermos", pois " o poder e a força estão a nossa disposição em todas as nossas atividades". Sempre que nos lembramos de nossa "Identidade em Deus", desaparecem as possibilidades de fracassarmos em qualquer coisa, e "tudo o que tocamos adquire uma luz brilhante que abençoa e cura". A lição de hoje nos permite perceber que podemos, "em unidade com Deus e com o universo" inteiro, seguir "nosso caminho regozijando-nos com o pensamento de que o Próprio Deus vai conosco a todos os lugares".

Nesta unidade, diz-nos o texto, podemos perceber "quão santas são nossas mentes" e, ainda, "que tudo o que vemos reflete a santidade da mente em unidade com Deus e consigo mesma". Isso faz que os erros, e as possibilidades de erro, desapareçam muito facilmente e que a morte dê lugar apenas à "vida que dura para sempre". Nesta unidade, "nossas pegadas brilhantes indicam o caminho para a verdade, pois Deus é nosso Companheiro enquanto andamos pelo mundo um pouco mais". E os que nos seguem reconhecem facilmente o caminho, porque a luz que carregamos, embora continue conosco, fica para trás para lhes iluminar os passos.

Nossa gratidão, hoje, inclui lembrar constantemente do Amor de Deus por nós, sem jamais duvidar d'Ele, sem questionar Sua proteção e cuidado. Pois na unidade com Deus, nem sequer uma pontinha de ansiedade, a menor de todas, "pode se interpor entre nossa fé e nossa consciência de Sua Presença. Somos um com Ele hoje em reconhecimento e lembrança. Nós O sentimos [nós O trazemos conosco] em nossos corações". E "nossas mentes contêm [apenas] os Pensamentos d'Ele; e nossos olhos veem [tão somente] Sua Graça em tudo o que vemos".

A orientação para as práticas deste dia diz exatamente o seguinte: "Que a paz esteja contigo hoje. Assegura tua paz pela prática da consciência de que és um com teu Criador, assim como Ele é um contigo. Em algum momento, quando te parecer melhor, hoje, dedica meia hora ao pensamento de que és um com Deus. Esta é nossa primeira tentativa de um período prolongado para o qual não damos nenhuma regra ou palavras específicas a fim de orientar tua meditação. Confiaremos que a Voz por Deus se manifestará quando Ele julgar adequado hoje, certos de que Ele não falhará".

E ainda: "Teu benefício não será menor se achares que não acontece nada. Podes não estar pronto para aceitar o ganho hoje. Porém, em algum momento, em algum ponto, ele virá para ti, e não deixarás de reconhecê-lo quando ele despontar com certeza em tua mente". O Curso nos pede ainda, além da meia hora, para repetirmos para nós mesmos de hora em hora o seguinte:

Que eu me lembre de que sou um com Deus, na unidade com todos os meus irmãos e meu Ser, na paz e na santidade eternas.

domingo, 3 de maio de 2009

Para lembrar o quanto temos a agradecer

Hoje é o dia para a gratidão. Um dia para agradecimento. Um dia de se dar graças. E é a isso que nos convida a lição 123, deste 3 de maio. Pois "chegamos a atalhos mais suaves e a estradas mais planas" a esta altura da prática, a esta altura do contato com o ensinamento. Assim, diz o texto, "um dia dedicado à gratidão neste momento acrescentará o benefício de algum discernimento acerca da extensão verdadeira de todos os ganhos que tiveste, das dádivas que recebeste" até aqui.

Por isso, "alegra-te hoje, em amorosa gratidão, teu Pai não te deixou aos teus próprios cuidados, tampouco te deixou viajar sozinho na escuridão. Sê grato por Ele te ter salvo do ser que pensaste ter criado para tomar o lugar d'Ele e de Sua criação. Dá-Lhe graças hoje".

"Agradece por Ele não ter te abandonado e porque Seu Amor vai permanecer brilhando para sempre em ti, imutável para sempre. Dá graças também por seres imutável, pois o Filho que Ele ama é imutável como Ele Mesmo. Sê grato porque estás salvo. Alegra-te porque tens uma função para cumprir na salvação. Sê grato porque teu valor transcende em muito tuas dádivas escassas e teus julgamentos mesquinhos a respeito daquele que Deus designou como Seu Filho."

"Hoje, em gratidão, elevamos nossos corações acima do desespero e erguemos nossos olhos agradecidos, que não olham mais para o pó. Hoje, cantamos a canção do agradecimento, em louvor do Ser que Deus quer que seja nossa verdadeira Identidade n'Ele. Hoje, sorrimos para todos que vemos e andamos com passos leves enquanto vamos fazer aquilo que nos é dado fazer."

Andamos pelo mundo hoje cheios da alegria que nos dá a certeza de que "não vamos sozinhos. E damos graças porque em nossa solidão um Amigo veio nos trazer o Verbo salvador de Deus. E Ele te agradece por ouvi-Lo, pois Seu Verbo é inaudível se não for ouvido. Ao agradeceres a Ele os agradecimentos também são teus". Pois "uma mensagem não ouvida não vai salvar o mundo, por mais poderosa que seja a Voz que a traz, por mais amorosa que a mensagem possa ser".

Nossa prática vai dedicar novamente quinze minutos inteiros à ideia de hoje, por duas vezes. Uma pela manhã e uma à noite. E a cada hora vamos dedicar um minuto de nossa atenção ao silêncio e ao recolhimento interior para receber os agradecimentos de Deus e para entender quão amorosamente Deus nos conserva em Sua Mente, quão profundo e infinito é Seu Amor por nós e quão perfeita é Sua gratidão. Possa ser assim também a nossa.

sábado, 2 de maio de 2009

O perdão é a resposta!

A lição 122, deste dia 2 de maio, diz: O perdão oferece tudo o que quero. E suas instruções começam da seguinte forma:

O que poderias querer que o perdão não possa dar? Queres paz? O perdão a oferece. Queres felicidade, uma mente serena, clareza de objetivos e uma sensação de valor e beleza que transcenda o mundo? Queres atenção e segurança e o calor da proteção sempre garantida? Queres um tranquilidade que não possa ser perturbada, uma mansidão que não possa jamais ser ferida, um bem-estar profundo e duradouro e um descanso tão perfeito que não possa nunca ser aborrecido?

E continua.

Tudo isso o perdão te oferece, e mais. Ele brilha nos teus olhos quando acordas e te dá a alegria para saudar o dia. Ele conforta tua fronte enquanto dormes e pousa sobre tuas pálpebras para que não tenhas nenhum sonho de medo e mal, de rancor e ataque. E, quando acordas novamente, ele te oferece outro dia de felicidade e de paz. Tudo isso o perdão te oferece, e mais.

Adiante o texto traz a questão: Por que buscarias uma resposta diferente daquela que responderá a tudo? E afirma: Aqui está a resposta perfeita, oferecida a perguntas imperfeitas, a pedidos insignificantes, a uma disposição para ouvir indiferente e a uma perseverança menos do que parcial e confiança incompleta. Aqui está a resposta! Não busques mais. Não acharás outra como alternativa.

Assim podemos dedicar com alegria quinze minutos pela manhã, e à noite, à prática da ideia de hoje, certos de que ela vai nos colocar no caminho que nos tira do inferno e nos garante a felicidade que é nossa herança de Filhos de Deus. Podemos descansar com a certeza de que o perdão nos oferece tudo aquilo que queremos. Para que não esqueçamos de todas as dádivas que recebemos e de tudo o que o perdão nos oferece, ao longo do dia, vamos procurar lembrar, pelo menos por um instante a cada quinze minutos, do seguinte:

O perdão oferece tudo o que quero.
Aceito isso como verdadeiro hoje.
Recebo as dádivas de Deus hoje.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Aprendendo a perdoar

A ideia para a lição 121, deste dia 1º de maio, é: O perdão é a chave da felicidade.

Interessante notar que ela parece contradizer aquilo de que falamos no comentário postado ontem com a mensagem do Neale. Não é bem assim, no entanto. Porque, uma vez neste mundo, aprendemos com seu criador, o ego, a desenvolver uma mente implacável, para a qual "não existe nenhum erro, mas apenas pecados". Uma mente que olha para o mundo com olhos incapazes de ver e que guincha "quando vê suas próprias projeções se erguendo para atacar sua paródia miserável de vida". A mente implacável, diz-nos o Curso, "quer perdão, mas não vê nenhuma esperança. Quer uma saída, mas não pode conceber nenhuma porque vê o pecador em todos os lugares".

Por isso, a lição de hoje nos ensina que "o perdão é adquirido", não é algo inato da mente, que não pode pecar, mas, "uma vez que o pecado é uma ideia que ensinaste a ti mesmo, o perdão também tem de ser aprendido por ti, mas de um Professor diferente de ti mesmo, Que representa o outro Ser em ti. Por meio d'Ele tu aprendes a perdoar o ser que pensas ter criado e o deixas desaparecer. Deste modo, devolves tua mente unificada a Ele, Que é teu Ser, e Que não pode pecar jamais".

As instruções do Curso são para que, além de uma prática a cada hora do dia, dediquemos dez minutos inteiros pela manhã e à noite à prática da ideia de hoje, para aprendermos a oferecer nosso perdão. Ao mundo e, principalmente, a nós mesmos, que o criamos da forma pela qual o vemos.