sexta-feira, 17 de abril de 2009

Identificando as artimanhas do ego

É interessante notar como as ideias se complementam e reforçam umas às outras, à medida que vamos tomando contato com as lições do Curso. Além, é claro, de nos remeterem, meio que de modo inconsciente a maioria da vezes, às experiências que vivemos, tanto no presente quanto no passado, e que pediam então, ou pedem agora, um novo modo de olhar, uma nova forma de perceber, uma pitada talvez generosa de perdão. Em geral, no calor das emoções, não somos capazes de acessar o "gênio do bem" - leia-se Espírito Santo, na linguagem do Curso - em nós mesmos. E distribuímos farpas e pontapés, a torto e a direito, quando não estamos de posse da verdade. Isto é, quando estamos inteiramente imersos na ilusão, seja ela a ilusão que se apresenta como fato, seja a que se apresenta como a situação que vivemos ou seja ainda a ilusão que se mostra na forma de uma experiência que parece não ser o resultado direto de nossa escolha do momento. Pedimos uma coisa e se apresentou outra.

A lição de número 107, A verdade vai corrigir todos os erros em minha mente, para este dia 17 de abril, me devolve mais uma vez àquilo que disse aqui na terça e que repeti ontem. E é óbvio que não posso deixar de convidá-los(as) a voltarem à ideia comigo. Trata-se daquela afirmação do texto segundo a qual "o mundo real pode, de fato, ser percebido", desde que estejamos dispostos, e mais do que dispostos, decididos a "não perceber nenhuma outra coisa". E como se chega a isso? Ou melhor, como podemos saber que chegamos a esta decisão?

Para responder a estas perguntas, é conveniente que prestemos toda a nossa atenção a uma das afirmações da lição de hoje. Em determinado momento ela diz o seguinte: "é impossível buscar sinceramente a verdade e não ser bem-sucedido". Esta afirmação nos dá o parâmetro pelo qual avaliar se nossas intenções, aquelas que dizemos ter, são as mais sinceras e verdadeiras. Pois nos permitem perceber se ainda estamos sendo iludidos pelo ego. Pois a verdade só pode nos levar sempre ao estado da "alegria perfeita" de que nos fala o Curso. Logo, quando não estamos vivendo um estado de "alegria perfeita" ainda estamos sendo ludibriados pelo ego, ainda estamos permitindo que seu/nosso orgulho se sobreponha à humildade natural do Ser em nós que o ego tenta esconder.

Quaisquer dúvidas, medos e incertezas, dores e desconfortos são respostas às perguntas que fazemos ao Espírito Santo e a Deus em nós de forma insincera. Dizemos por meio do ego que aprendemos ou que queremos as respostas e a cura, mas interiormente, orientados de modo equivocado pelo ego, não queremos de forma verdadeira. Ou temos medo de assumir a responsabilidade pela paz que a verdade nos trará, quando, de fato, nos entregarmos Àquele Que, em nós mesmos, só deseja a felicidade completa para Seu Filho.

A lição de hoje pergunta: "Podes imaginar o que é um estado de espírito livre de ilusões? Como ele seria?" E nos pede para buscarmos lembrar quando houve um momento - talvez um minuto, talvez até menos - em que nada vinha interromper nossa paz, um momento no qual tivemos a certeza de que éramos amados e estávamos em segurança. E pede mais, que tentemos imaginar como seria ter aquele momento estendido até o fim dos tempos e à eternidade. O exercício de imaginação continua: "Deixa, então, que a sensação de tranquilidade que sentiste seja multiplicada centenas de vezes e, em seguida, multiplicada outra centena mais".

Isso, diz a lição, vai nos dar apenas uma ideia, não mais do que um indício infinitamente pequeno do estado em que tua mente ficará quando a paz, que só a verdade pode trazer, chegar. Pois a verdade vai abolir de uma vez por todas as ilusões, e com elas, todos os medos, as dúvidas, as incertezas, as dores e todos os ataques.

2 comentários:

  1. Por incrível que pareça, neste dia 17 eu fiz a lição de manhã cedo com total entrega e continuei com ela durante todo o tempo e consegui vivenciar na prática o efeito disso. Foi um dia em que presenciamos e tivemos consciência dos vários milagres que ocorreram, no exato momento em que aconteciam. Thanks!

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  2. Eu que agradeço seu comentário.
    Obrigado, Nina.

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