terça-feira, 30 de abril de 2013

Pode-se abandonar o mundo a qualquer momento


LIÇÃO 120

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (109) Eu descanso em Deus.

Eu descanso em Deus hoje e O deixo trabalhar em mim,
e por meu intermédio, enquanto descanso n'Ele em paz e
em perfeita segurança.

2. (110) Eu sou como Deus me criou.

Eu sou o Filho de Deus. Hoje deixo de lado
todas as ilusões doentias acerca de mim mesmo e permito que
meu Pai me diga Quem eu sou realmente.

3. Para a hora:
Eu descanso em Deus.

Para a meia hora:
Eu sou com Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Eis que chegamos ao fim de mais uma revisão. Estas duas ideias para nossas práticas de hoje trazem em si, cada uma delas com sua peculiaridade, toda a força e todo o poder para nos libertar para sempre de todas as ilusões que inventamos acerca do que somos e do que pensamos ser o mundo.

É bom termos sempre em mente que "todas as coisas cooperam para o bem" e que, diferentemente o que nos mostra a percepção dos sentidos, fazendo o que quer que façamos, pensando o que quer que pensemos, é em Deus que o fazemos, pois vivemos e nos movemos n'Ele. 

E, ainda que não tenhamos consciência disso o tempo todo, descansamos em Deus, enquanto a ilusão de nós mesmos, que criamos, pensando-nos separados d'Ele, se debate em um mundo de fantasias, um mundo de ilusão, que não leva a lugar nenhum. 

O melhor de tudo isso, porém, é que, por ele ser ilusório, podemos abandonar este mundo tranquilamente a qualquer instante. Agora mesmo, neste exato momento, se assim o desejarmos. Basta acreditar de fato nesta ideia para reconhecermos que este mundo de ilusões não tem nada que queiramos e que não há nada nele que queiramos mudar, nem em nós mesmos, porque ainda somos como Deus nos criou. E porque o mundo e tudo nele só pode ser exatamente como é em todo e qualquer momento em que voltamos nossa atenção para ele.

Reforçando: independente do que fizermos, somos como Deus nos criou. Sempre seremos. Nada nesta vida ilusória de separação, de sofrimento, de dor e de morte que pensamos levar pode mudar a verdade do que somos. Esta ideia deve bastar para nos dar a tranquilidade, a serenidade e a paz, que completam a alegria perfeita, que é a Vontade de Deus para nós.

N'Ele e só n'Ele podemos descansar.

Às práticas, pois. 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Só a verdade pode trazer paz infinita e inabalável


LIÇÃO 119

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (107) A verdade corrigirá todos os erros em minha mente.

Estou errado quando penso que posso
 ser ferido de alguma forma. Eu sou o Filho de Deus,
cujo Ser repousa em segurança na Mente de Deus.

2. (108) Dar e receber são a mesma coisa na verdade.

Vou perdoar todas as coisas hoje, para poder aprender como
aceitar a verdade em mim, para vir a reconhecer minha inocência.

3. Para a hora:
A verdade corrigirá todos os erros em minha mente.

Para a meia hora:
Dar e receber são a mesma coisa na verdade.

*

COMENTÁRIO:

Aproxima-se o final de mais uma revisão. E as ideias que vamos praticar hoje são extremamente importantes para reconhecermos, aceitarmos e cumprirmos nosso papel no plano de Deus para a salvação. Elas também são importantes para nos preparar para os passos que virão a seguir.

A primeira ideia que revisamos busca fazer com que apaguemos de nossa memória aquilo que nos deu - e continua a dar - a educação do mundo, que nos fez, e faz até hoje, acreditar que a verdade é perigosa e deve ser temida, assim como Deus. A verdade é que só a verdade nos pode tornar livres. Porque só a verdade pode nos levar à paz infinita e inabalável.

A segunda, como já vimos, resolve todos os conflitos que aparentemente existem no mundo, por desmentir a crença de que quando damos alguma coisa a perdemos. É só na ilusão que isso pode acontecer. Mas a ilusão não existe.

Para isso praticamos.

domingo, 28 de abril de 2013

O que quero para mim é aquilo que Deus me dá



LIÇÃO 118

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (105) A paz e a alegria de Deus são minhas.

Hoje, aceitarei a paz e a alegria de Deus, em uma troca feliz
por todos os substitutos que invento para a felicidade e para a paz.

2. (106) Que eu me aquiete e escute a verdade.

Que minha voz insignificante se cale e me permita ouvir a Voz poderosa
pela Própria Verdade me assegurar que sou o Filho perfeito de Deus.

3. Para a hora:
A paz e a alegria de Deus são minhas.

Para a meia hora:
Que eu me aquiete e escute a verdade.

*

COMENTÁRIO:

Podemos até inverter a ordem das ideias que revisamos hoje e o resultado não será diferente da verdade que buscamos a respeito do que somos em Deus, com Ele.

Assim: Que eu me aquiete e escute a verdade. O que vou ouvir não será nada diferente de: A paz e a alegria de Deus são minhas. Porque tudo o que eu quero para mim é também aquilo que Deus quer, é aquilo que Ele me permite ter. 

Por isso é que quando desejo algo diferente da paz, da alegria, do amor e da felicidade de Deus para mim, o resultado é que eu me sinta separado d'Ele. Mergulhei na ilusão de uma separação que não existe.

É por isso também que é sempre valioso praticar a lembrança de que Deus vai comigo aonde eu for, mas apenas se eu O convidar a vir comigo. Se eu O excluir de minha consciência, Ele não vai estar lá? Vai, mas não vou poder desfrutar de Sua Presença, nem da alegria, da paz, do amor e da felicidade que são a Vontade d'Ele para mim.

É esta a razão pela qual é fundamental que eu me cale para deixar espaço para a Presença de Deus se instalar em mim, para eu poder escutar a verdade, que me dá a paz e a alegria de Deus. 

Às práticas?

sábado, 27 de abril de 2013

Paz, amor, alegria e felicidade nos pertencem


LIÇÃO 117

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (103) Deus, sendo Amor, é também felicidade.

Que eu me lembre de que amor é felicidade e de que nada mais
traz alegria. E, por isto, escolho não levar em consideração nenhum
substituto para o amor.

2. (104) Busco apenas o que me pertence na verdade.

O amor é minha herança e, com ele, a alegria.
Estas são as dádivas que meu Pai me deu.
Quero aceitar tudo o que é meu na verdade.

3. Para a hora:
Deus, sendo Amor, é também felicidade.

Para a meia hora:
Busco apenas o que me pertence na verdade.

*

COMENTÁRIO:

Hoje revisamos duas ideias de grande importância, não que todas e cada uma das outras também não sejam, é claro. No entanto, toca trabalhar o presente que é agora. 

Por isso as práticas de hoje, quer que tenhamos estas duas ideias em mente, e que as mantenhamos aí, em qualquer situação que se apresente com potencial para ameaçar nossa paz e nossa alegria. Na verdade, são elas - a paz e a alegria - que nos pertencem eternamente.

Na verdade, em Deus, no Amor, nunca há espaço para o sofrimento ou para a dor, sejam quais forem as formas com que se apresentem. Isto é a mesma coisa que dizer que quando entramos em contato com o sofrimento e com a dor é porque nos percebemos, equivocadamente, separados da unidade com Deus.

Por isso praticamos. Para reconhecer que nossa vontade e a de Deus são a mesma, que "dar e receber são a mesma coisa" e que temos direito a tudo o que Deus tem porque ainda somos como Ele nos criou. 

Às práticas?


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Salvação é cura para nossa percepção equivocada


LIÇÃO 116

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (101) A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.

A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita. E eu só
posso sofrer a partir da crença em que existe outra vontade
separada da d'Ele.

2. (102) Eu compartilho a Vontade de Deus de felicidade para mim.

Eu compartilho a Vontade de meu Pai para mim, Seu Filho.
Tudo o que quero é o que Ele me dá. Tudo o que existe é o
que Ele me dá.

3. Para a hora:
A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.

Para a meia hora:
Eu compartilho a Vontade de Deus de felicidade para mim.

*

COMENTÁRIO:

Continuemos nossa revisão com vistas a aprender ou re-aprender, reconhecer e aceitar como verdade, a primeira ideia para as práticas e, como desdobramento natural dela, a segunda das ideias de hoje. Ambas pressupõem e afirmam a verdade de que a Vontade de Deus e a nossa são a mesma, uma vez que tudo o que queremos e buscamos, de fato, façamos o que quer que façamos, pensemos o que quer que pensemos, é a felicidade. Ou me engano?

Para chegar a ela [à felicidade], precisamos das práticas de hoje. E das práticas de todos os dias. Precisamos delas para aprender de uma vez por todas que só é possível se acreditar no sofrimento quando acreditamos que existe em nós uma vontade diferente da Deus, separada da d'Ele. Isto é, quando acreditamos em um Deus separado de nós e daquilo que somos, na verdade.

De acordo com o ensinamento do Curso, o mundo não precisa, nem deve, ser um local de sofrimento, até porque ele só existe como projeção do que pensamos que ele é, isto é, da interpretação que fazemos dele. Mas como já sabemos só nós mesmos escolhemos nossos pensamentos. Se já aprendemos que nossa única função aqui é a salvação, como e por que manter o mundo aprisionado a pensamentos de dor, de sofrimento, de doença, de separação e de morte?

A salvação é também cura para nossas percepções equivocadas, cura para esta crença em uma separação que não existe, nem pode jamais existir. E cura para o Curso é isso: "curar é devolver à alegria". O que é a mesma coisa que devolver à unidade. Assim, a salvação, a cura, a alegria e a felicidade completas e perfeitas são todas formas diferentes de definir a única Vontade de Deus para nós, que em nenhuma hipótese pode ser diferente da nossa.

É nesta direção que nos encaminham as práticas. Hoje é todos os dias. A elas, pois.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Aprender a ser a manifestação do divino no mundo


LIÇÃO 115

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (99) A salvação é minha única função aqui.

Minha função aqui é perdoar o mundo por todas os
erros que faço. Pois, deste modo, sou liberado deles
com todo o mundo.

2. (100) Meu papel é essencial ao plano de Deus para a salvação.

Eu sou essencial ao plano de Deus para a salvação
do mundo. Pois Ele me deu Seu plano para que eu
possa salvar mundo.

3. Para a hora:
A salvação é minha única função aqui.

Para a meia hora:
Meu papel é essencial ao plano para salvação.


*

COMENTÁRIO:

Convido-os hoje a lembrarem, mais uma vez, do que diz Eckhart Tolle, a respeito da magnitude de nossa importância - a de cada um de nós -, como já fiz antes aqui. Diz ele, "você está aqui para possibilitar que o propósito divino do universo se revele. Veja como você é importante!"

Não há desculpas nem justificativas para qualquer um de nós se sentir pequeno ou incapaz. Pois como o Curso diz: "O amor descansa na certeza. Só a incerteza pode ser defensiva. E toda incerteza é dúvida acerca de si mesmo".

Todas as dádivas de Deus estão à disposição de todos e de cada um de nós. Cabe, pois, a cada um de nós - se quisermos viver a experiência da alegria que é a condição natural do filho de Deus -, ser a manifestação do divino para mostrar ao mundo o propósito divino do universo.

Por isso, as ideias que revisamos hoje nos oferecem nova chance de aprender que nossa única função neste mundo é a salvação. Alguém acredita que haja um papel mais importante do que este? É claro que não. E, se alguém acha que não tem as condições necessárias para cumprir este papel, está enganado. Está se deixando enganar pelo sistema de pensamento do falso eu, a quem o Curso chama de ego, e que é apenas uma ideia ilusória que temos de nós. Uma ideia que nem de longe tem a ver com o que somos na verdade.

Na verdade, sabemos à luz do ensinamento, que o ego não quer que nos acreditemos essenciais ao plano de Deus para a salvação. Ele também não quer que nos saibamos capazes de perdoar o mundo, porque é só a partir da orientação dele - do ego, o falso eu - que podemos condenar o mundo, aprisionando-o numa condição e numa imagem que, de fato, não tem nada a ver com o mundo real, e dando, assim, ao ego, uma realidade que ele não tem.

É por isso que precisamos reconhecer e aceitar nossa a responsabilidade pelo perdão do mundo e de tudo o que há nele, deixando de dar ouvidos ao ego. Pois, quando aprendemos a reconhecer que todos os erros do mundo são apenas equívocos de nossa percepção, podemos perdoá-lo, pelo perdão que damos a nós mesmos e a nossa própria percepção. E nos salvamos. E salvamos o mundo inteiro.

Simples assim!


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Para escapar da crença que nos limita a corpos



LIÇÃO 114

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (97) Eu sou espírito.

Eu sou o Filho de Deus. Nenhum corpo pode conter
meu espírito nem impor sobre mim uma limitação
que Deus não criou.

2. (98) Vou aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação.

O que pode ser minha função exceto aceitar a Palavra de
Deus, Que me criou para o que sou e serei para sempre?

3. Para a hora:
Eu sou espírito.

Para a meia hora:
Vou aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação.

*

COMENTÁRIO:

As ideias da revisão hoje são uma nova oportunidade para que nos lembremos de tudo aquilo que precisamos aprender [ou lembrar], para sermos capazes de reconhecer e aceitar o que somos na verdade [espírito] e o papel que cabe a cada um neste mundo [aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação].

Não nos deixemos enganar pelo uso que o ego faz da mente, buscando nos limitar com a crença de que somos apenas corpos e de que estamos destinados aos limites que a separação nos impõe. O que ele tenta fazer é que acreditemos ser só um corpo perecível, frágil, destinado a voltar ao pó de onde aparentemente vieram todos os corpos. 

O que somos não pode ser contido ou limitado por um corpo, por uma forma. E, certamente, não foi do pó que viemos, mas da luz. É o espírito de luz que nos anima e modifica o pó e lhe dá sentido. A luz é nosso destino, o lugar de onde nunca saímos.

É isto que revisamos e praticamos com as ideias de hoje. Ao nos aceitarmos como espírito - e espírito de luz -, e não corpo, não podemos fazer nada a não ser aceitar o papel que nos cabe no plano de Deus para a salvação. E são só o reconhecimento e a aceitação disso  que podem nos devolver à alegria e à felicidade, que retratam a condição natural do Filho de Deus e espelham a Vontade d'Ele para todos e cada um de nós.

Às práticas?
 

terça-feira, 23 de abril de 2013

A salvação para o mundo inteiro tem de vir de nós


LIÇÃO 113

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (95) Eu sou um Ser único unido ao meu Criador.

A serenidade e a paz perfeitas são minhas agora,
porque sou um Ser único, completamente íntegro,
em unidade com toda a criação e com Deus.

2. (96) A salvação vem de meu Ser único.

De meu Ser único, Cujo conhecimento ainda permanece
em minha mente, vejo o plano perfeito de Deus para a
minha salvação realizado de forma completa.

3. Para a hora:
Eu sou um Ser único unido ao meu Criador.

Para a meia hora:
A salvação vem de meu Ser único.

*

COMENTÁRIO:

Continuemos as práticas de revisão das lições, entregando-nos ao espírito e abrindo-nos para ouvir a Voz que fala por Deus no interior de nós mesmos.

Revisamos cada uma das ideias das práticas recentes, para reforçar o aprendizado acerca de nós mesmos, do que somos, na verdade, e a respeito de nossa unidade com Deus, nosso Criador.

Sabemos, agora, que é no reconhecimento e na aceitação da unidade com tudo e com todos e no abandono da crença em uma separação que nunca existiu, não existe e não existirá jamais, que podemos compreender o plano de Deus para a salvação e assumir o compromisso de cumprir nosso papel, sem o qual a salvação não pode se realizar.

É para isso que o Curso nos oferece as práticas e as revisões das ideias a cada passo. Pois é essencial  que  reconheçamos nosso Ser único, unido ao Criador e à criação toda, para a salvação se realize. 

Pratiquemos, pois, a salvação, em primeiro lugar para nós mesmos. E ela há de vir, de nós, para nós mesmos e para o mundo inteiro.
 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Nova oportunidade de aprender o que somos


LIÇÃO 112

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (93) A luz e a alegria e a paz habitam em mim.

Eu sou o lar da luz e da alegria e da paz. Eu as acolho no
lar que compartilho com Deus, porque sou uma parte d'Ele.

2. (94) Eu sou como Deus me criou.

Continuarei a ser como fui para sempre, criado pelo
Imutável como Ele Mesmo. E sou um com Ele e Ele comigo.

3. Para a hora:
A luz e a alegria e a paz habitam em mim.

Para a meia hora:
Eu sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Lembremo-nos, como nos indica a introdução deste período de revisão, de reservar os primeiros e os últimos cinco minutos de nosso dia de vigília para as práticas com as ideias de hoje. Lembremo-nos também de que a exploração das lições deste período está a cargo de cada um de nós.

Temos aqui, com cada um desses momentos de cinco minutos e/ou com qualquer intervalo de tempo que dediquemos às práticas, mais uma nova oportunidade de aprender [ou lembrar] o que, de fato, somos. Mais uma oportunidade de aprender a só nos identificarmos com nossos anseios mais profundos, de luz, de alegria e de paz, que já estão satisfeitos, por sermos quem somos.

Não há como viver longe da luz, da alegria e da paz, se aprendermos, reconhecermos e aceitarmos e praticarmos a ideia que afirma que ainda somos como Deus nos criou. Sempre seremos. 


domingo, 21 de abril de 2013

Revisar com práticas que oferecem liberdade



REVISÃO III

Introdução

1. Nossa próxima revisão começa hoje. Vamos revisar duas lições recentes a cada dia durante dez dias sucessivos de prática. Respeitaremos um formato especial para estes períodos de prática, ao qual recomenda-se com insistência que sigas tão fielmente quanto possível.

2. Compreendemos, é claro, que pode ser impossível para ti empreender o que se sugere aqui como o mais favorável a cada dia e a cada hora do dia. O aprendizado não será prejudicado quando perderes um perído de prática por ser impossível no momento estabelecido. Tampouco é necessário que faças esforços excessivos para te certificares de que estás acompanhando em termos de números. Rituais não são nosso objetivo e frustrariam nossa meta.

3. Mas o aprendizado será dificultado se pulares um período de prática por estares sem vontade de dedicar a ele o tempo que se pede que dês. Não te enganes a este respeito. A má vontade pode ser escondida de forma muito cuidadosa por trás de um disfarce feito de situações que não podes controlar. Aprende a distinguir as situações pouco favoráveis a tua prática daquelas que estabeleces para sustentar um disfarce para tua má vontade.

4. Os períodos de prática que perdeste porque não quiseste fazê-los, seja qual for a razão, devem ser feitos assim que mudares teu modo de pensar acerca de teu objetivo. Só terás má vontade para cooperar na prática da salvação se ela atrapalhar metas que valorizas mais. Quando retiras o valor dado a elas, deixas que teus períodos de prática sejam substitutos para tuas ladainhas a elas. Elas não te dão nada. Mas tua prática pode te oferecer tudo. E, por isto, aceita o que ela te oferece e fica em paz.

5. O formato que deves usar para esta revisão é este: dedica cinco minutos, ou mais se preferires, duas vezes por dia, para refletir acerca dos pensamentos indicados. Lê as ideias e os comentários escritos abaixo para o exercício de cada dia. E, em seguida, começa a pensar a respeito deles, enquanto permites que tua mente os relacione a tuas necessidades, a teus problemas aparentes e a todas as tuas preocupações.

6. Coloca as ideias em tua mente e deixa que ela as use da forma que escolher. Confia que ela as usará com sabedoria e que será ajudada em suas decisões por Aquele Que te deu os pensamentos. Em que podes confiar a não ser naquilo que está em tua mente? Acredita, nestas revisões, que o meio que o Espírito Santo utiliza não falhará. A sabedoria de tua mente virá em teu auxílio. Orienta-a no início; em seguida, descansa em uma fé silenciosa e deixa que a mente empregue os pensamentos que lhe deste, uma vez que eles te foram dados para que ela os use.

7. Eles te foram dados em total confiança; com certeza absoluta de que os usarias bem; com fé total que perceberias suas mensagens e as usarias para ti mesmo. Oferece-as a tua mente com a mesma confiança e certeza e fé. Ela não falhará. É ela o meio escolhido pelo Espírito Santo para a tua salvação. Já que ela tem a confiança d'Ele, o meio que Ele escolheu tem certamente que merecer a tua.

8. Chamamos a atenção para os benefícios que terás se dedicares os primeiros cinco minutos do dia a tuas revisões e se também deres os últimos cinco minutos de tua vigília a elas. Se isto não for possível, tenta ao menos dividi-los de forma a empreenderes uma pela manhã e a outra durante a última hora antes de ires dormir.

9. Os exercícios a serem feitos ao longo do dia são igualmente importantes e talvez até mesmo de maior valor. Estás inclinado a praticar somente nos horários indicados e depois seguir teu caminho na direção de outras coisas, sem aplicar o que aprendeste a elas. Como consequência, recebes pouco reforço e não dás a teu aprendizado uma chance justa de provar quão grandes são suas dádivas potenciais para ti. Eis aqui outra chance de usá-lo bem.

10. Nestas revisões, ressaltamos a necessidade de permitires que teu aprendizado não fique à toa entre teus períodos de prática mais longos. Tenta fazer uma breve, mas séria, revisão de tuas duas ideias diárias a cada hora. Usa uma delas na hora cheia e a outra meia hora depois. Não precisas dar mais do que apenas um momento a cada uma. Repete-a e permite que tua mente descanse um pouquinho em silêncio e em paz. Em seguida, volta-te para outras coisas, mas tenta conservar o pensamento contigo e deixa que ele sirva também para te ajudar a manter tua paz ao longo do dia.

11. Se fores perturbado, pensa nele novamente. Estes períodos de prática são planejados para te ajudar a criar o hábito de aplicar o que aprendes a cada dia a tudo o que fizeres. Não repitas o pensamento para deixá-lo de lado. Sua utilidade para ti não tem limites. E ele se destina a te servir de todas as maneiras, em todos os momentos e lugares, e sempre que precisares de qualquer tipo de ajuda. Tenta, então, levá-lo contigo nos afazeres do dia para torná-lo sagrado, digno do Filho de Deus, agradável para Deus e para teu Ser.

12. As tarefas da revisão de cada dia se concluirão com uma reafirmação do pensamento a ser usado em cada hora e também daquele a se aplicar a cada meia hora. Não os esqueças. Esta segunda chance com cada uma destas ideias trará avanços tão grandes que sairemos destas revisões com benefícios tão grandes que iremos adiante em terreno mais firme, com passos mais decididos e fé mais forte.

13. Não te esqueças quão pouco aprendes.
Não te esqueças o quanto podes aprender agora.
Não te esqueças da necessidade que teu Pai tem de ti,
Enquanto revisas estes pensamentos que Ele te deu.

*

LIÇÃO 111

Para a revisão pela manhã e à noite:

1. (91) Vê-se milagres na luz.

Eu não posso ver no escuro. Deixa que a luz da santidade
ilumine minha mente e me permita ver a inocência interior.


2. (92) Vê-se milagres na luz, e luz e força são a mesma coisa.

Eu vejo por meio da força, a dádiva de Deus para mim.
Minha fraqueza é a escuridão que a dádiva d'Ele dissipa,
dando-me Sua força para tomar o lugar dela.


3. Para a hora:
Vê-se milagres na luz.

Para a meia hora:
Vê-se milagres na luz, e luz e força são a mesma coisa. 


*

COMENTÁRIO:

Cobrimos, com as últimas vinte lições ( 91-110), mais uma etapa de nosso aprendizado. É tempo, portanto, de começar novo período de revisão. 

Uma vez que são bastante claras e explícitas as instruções para as práticas de cada uma das próximas dez lições, em que vamos rever e praticar de modo um tanto diferente do anterior os vinte exercícios e ideias, não vou fazer nenhum longo cometário com a finalidade de explorar uma a uma como venho fazendo desde o início do ano.

Dou-lhes, assim espero, liberdade para que as explorem por si mesmos, na expectativa, quase certeza de que, ao se voltarem para o divino no interior de si mesmos, cada um de vocês vai aceitar o desafio, ou desafios, que cada uma das lições traz mais uma vez, e também vai experimentar o milagre, ou milagres, que certamente vão se apresentar para todos os que praticarem com honestidade, oferecendo a Deus o melhor de si, para receber também o melhor.

Caso algum de vocês julgar necessário pode sempre recorrer às lições e aos comentários publicados antes para cada uma delas quando se apresentou pela primeira vez. E, por favor, fiquem também à vontade para manifestar sua impressão ou sua experiência com as práticas sempre que julgarem necessário. Podemos trocar ideias a respeito sempre que quiserem ao longo desta revisão.

Boas práticas e boa revisão a todos. 

sábado, 20 de abril de 2013

Partilhamos a Vontade de Deus de alegria perfeita


LIÇÃO 110

Eu sou como Deus me criou.

1. Vamos repetir a ideia de hoje de vez em quando. Pois só este pensamento seria suficiente para te salvar, e ao mundo, se acreditasses que ele é verdadeiro. A verdade dele significaria que não fizeste nenhuma mudança real em ti mesmo, nem mudaste o universo a fim de que Deus fosse substituído pelo medo e pelo mal, pelo sofrimento e pela morte. Se continuas a ser como Deus te criou, teu medo não tem nenhum significado, o mal não é real e o sofrimento e a morte não existem.

2. A ideia de hoje é, por isto, tudo o que precisas para deixar que a correção total cure tua mente e te dê a visão perfeita que curará todos os erros que qualquer mente cometa em qualquer tempo ou lugar. Ela é suficiente para curar o passado e libertar o futuro. Ela é suficiente para permitir que se aceite o presente como ele é. Ela é suficiente para permitir que o tempo seja o meio para o mundo inteiro aprender a escapar do tempo e de todas as mudanças que o tempo parece trazer ao passar.

3. Se continuas a ser como Deus te criou, as aparências não podem substituir a verdade, a saúde não pode se transformar em doença nem a morte pode ser um substituto para a vida, ou o medo para o amor. Tudo isto não acontece, se continuas a ser como Deus te criou. Tu não precisas de nenhum pensamento, a não ser exatamente deste único para permitir que a redenção venha iluminar o mundo e libertá-lo do passado.

4. Neste único pensamento o passado todo se desfaz; o presente é salvo para se estender serenamente a um futuro intemporal. Se tu és como Deus te criou, então, não há nenhuma separação de tua mente da d'Ele, nenhuma divisão entre tua mente e as outras mentes e só há unidade em tua própria mente.

5. O poder de cura da ideia de hoje é ilimitado. Ela é o berço de todos os milagres, a grande restabelecedora da consciência do mundo. Pratica a ideia de hoje com gratidão. Esta é a verdade que vem para te libertar. Esta é a verdade que Deus te assegura. Esta é a Palavra na qual toda a tristeza acaba.

6. Para teus períodos de prática de cinco minutos, começa com esta citação do texto:

Eu sou como Deus me criou. Seu Filho não pode sofrer nada.
E eu sou Seu Filho.

7. Em seguida, com esta declaração em tua mente, de forma decidida, tenta descobrir nela o Ser Que é o Próprio Filho santo de Deus*.

8. Busca, dentro de ti, Aquele Que é o Cristo em ti, o Filho de Deus e irmão para o mundo; o Salvador Que está salvo para sempre, com poder para salvar a quem quer que O toque, mesmo que levemente, pedindo pela Palavra que lhe diz que ele é um irmão para Ele.

9. Tu és como Deus te criou. Exalta teu Ser hoje. Não permitas que as imagens que esculpiste para serem o Filho de Deus, em lugar do que ele é, sejam adoradas hoje. No fundo de tua mente o Cristo sagrado em ti espera teu reconhecimento como tu mesmo. E tu estás perdido e não conheces a ti mesmo enquanto ele permanecer não-reconhecido e desconhecido.

10. Busca-O hoje e O encontra. Ele será teu Salvador de todos os ídolos que fazes. Pois, quando O encontrares, compreenderás quão inúteis são teus ídolos e quão falsas são as imagens que acreditaste que eram tu. Hoje fazemos um grande progresso na direção da verdade, abandonando os ídolos e abrindo nossas mãos e corações e mentes para Deus.

11. Nós nos lembraremos d'Ele ao longo do dia com os corações agradecidos e com pensamentos amorosos para todos que se encontrarem conosco hoje. Pois é deste modo que nos lembraremos d'Ele. E diremos, para podermos lembrar de Seu Filho, nosso Ser sagrado, o Cristo em cada um de nós:

Eu sou como Deus me criou.

Vamos declarar esta verdade tantas vezes quantas pudermos. Esta é a Palavra de Deus que te liberta. Esta é a chave que abre os portões do Céu e te deixa entrar na paz de Deus e em Sua eternidade.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 110


"Eu sou como Deus me criou."

Ei-la de volta! A ideia que nos devolve ao que somos na verdade. Basta esta, compreendida, praticada e aplicada de forma honesta e sincera, para que alcancemos a verdade e vivamos o Céu como escolha, em lugar de dar crédito a qualquer forma de ilusão que nos ofereça o mundo.

Eu sou como Deus me criou.

Isto não significa, porém, que sou um produto acabado, predestinado a este ou àquele papel, à margem de meu próprio poder de decisão. Não! Reconhecer a verdade desta ideia é reconhecer e aceitar que, na verdade, nunca nos separamos do Criador - tal coisa é impossível - e que partilhamos com Ele de Sua Vontade de alegria plena para nós. Isto é o livre arbítrio: escolher alinhar nossa vontade à Vontade de Deus, reconhecendo que a Vontade d'Ele e a nossa são a mesma.

É preciso reconhecermos, a partir disso, como diz Guimarães Rosa, em seu Grande Sertão: Veredas, que: "o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão". Isto também é livre arbítrio: é ser como Deus nos criou.

Eu sou como Deus me criou.

Mas Deus não é alguma coisa estática. E, criados à imagem e semelhança d'Ele, não podemos pensar em nós mesmos, isto é, no que somos verdadeiramente, e acreditar que seríamos alguma coisa incapaz de crescer, aprender e mudar o tempo todo, a cada instante.

É este o desafio que a lição de hoje traz: aprendermos que somos como Deus nos criou e nada do que façamos pode modificar isso. O desafio é que aceitemos o fato de que tudo aquilo que somos muda e muda o tempo todo, assim como Deus. Pois a realidade de Deus só pode ser encontrada no movimento perpétuo da mudança que abrange e abarca toda a criação em todos os seus mais variados aspectos, em todas as suas mais diversas manifestações.

É por isto que praticamos hoje, mais uma vez, aquela única ideia que, por si só, pode nos dar o milagre da paz e da alegria, completas e perfeitas para todo o sempre. Esta é a ideia que pode nos curar e salvar, e também ao mundo inteiro, se acreditarmos nela sincera e verdadeiramente. 

Eu sou como Deus me criou.

Já praticamos esta ideia antes e vamos voltar a ela outras vezes, como a lição diz, ao longo deste ano de práticas. Pois ela sozinha é suficiente para nos devolver à consciência todo o amor, que pensamos ter perdido em algum momento de nossa vida. Ela pode ainda nos devolver à consciência a inocência e a pureza que recebemos de Deus na criação e que também pensamos ser capazes de macular com nossas crenças em ídolos e ilusões.

Tudo o que precisamos fazer é praticá-la com toda a honestidade de que somos capazes, devotando também a ela toda a atenção possível, parágrafo a parágrafo, instrução após instrução e prática após prática, para reconhecermos a verdade que ela traz em si,  o que vai nos fazer aceitar como verdadeiro o que ela afirma acerca de cada um de nós e nos levar acreditar e a aceitar de volta o poder ilimitado que Deus nos devolve, por intermédio dela. 

Isto vai afastar de nós todos os medos, todas as mágoas, todo o sofrimento, toda a dor e toda e qualquer crença na tristeza e na morte, que permeiam as situações que este mundo nos apresenta. Ela pode nos fazer ver o mundo de modo diferente. Com os olhos do Espírito Santo, com a visão do Cristo renascida e renovada em nós, por acreditarmos que somos como Deus nos criou.