quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Quem precisa da gratidão do(s) outro(s)?

Vocês já pararam para pensar que são apenas as nossas próprias opiniões a respeito de nós mesmos que fazem toda a diferença para o nosso viver neste mundo? Para o bem ou para o mal. Explico: nada, absolutamente nada, do que alguém diga ou faça, pode nos afetar de alguma maneira. A menos que aquilo que ouvimos do outro, ou aquilo que o outro fez, represente, ou expresse, o que pensamos a nosso próprio respeito. Aquilo que dizia a lição de ontem: "Só posso crucificar a mim mesmo". Ou, dito de outro modo, só eu mesmo posso me crucificar. Ou como nos disse o texto na leitura de ontem à noite: "Nenhuma penalidade é jamais imposta ao Filho de Deus, exceto por ele mesmo e a partir dele mesmo" (T-14.III.6:1).

Isso também tem a ver com a ideia da lição 197: O que ganho só pode ser a minha própria gratidão, que revisamos neste dia 05 de agosto, na lição 217. Dita de outra maneira, esta ideia poderia também ser expressa assim: "só posso ganhar minha [própria] gratidão", ou "só pode ser minha [própria] gratidão o que ganho". Podemos dedicar um pouquinho de nosso tempo a isso?

Pensemos, pois. Quando não nos basta desfrutar a sensação do dever cumprido, estamos equivocados, porque ainda pensamos ser necessária a gratidão ou a aprovação do(s) outro(s). Seu reconhecimento de que fizemos bem! Para que, no entanto, precisaríamos da gratidão do(s) outro(s) quando nossa doação se faz de fato de forma amorosa? Para nada! Só pensamos precisar dela quando, ainda equivocados, estamos efetuando uma barganha com tudo o que oferecemos, por receio ou medo de que algo ainda possa nos faltar. Porque ainda não aprendemos que dar e receber são a mesma coisa. Que só damos a nós mesmos. E que, por consequência, só temos, de fato, aquilo que damos. Só precisamos mesmo, então, é de nossa própria gratidão. Por entendermos, ao dar, que nada nos falta, e que, por isso, podemos ficar em paz para sempre.

A lição de hoje, praticada de mesma forma que as anteriores, ajuda a lembrar disso. Assim:

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (197) O que ganho só pode ser a minha própria gratidão.

Quem, a não ser eu mesmo, deve agradecer pela minha salvação? E de que modo, exceto pela salvação, posso encontrar o Ser a Quem se devem minhas graças?

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

5 comentários:

  1. OI
    É incrível sempre precisamos que alguém nos aprove, na verdade nosso ego precisa disso.
    Queremos o tempo todo apenas sermos aceitos.
    Quem não fica feliz quando é elogiado e se acaba quando leva uma crítica?
    Podemos até negar e dizer que não precisamos da opinião de ninguém, mas no fundo aguardamos que essa opinião venha e que seja positiva.
    Hoje quando alguém me diz algo que não me agrada e isso me incomoda, tento não me crucificar mas tentar entender se aquilo que foi dito seja algo que eu queira mudar, que eu queira porque me sentirei bem, leve e em paz, mas não porque o outro quer que eu faça ou seja.
    O pior é quando nós nos punimos sozinhos, sem precisar que ninguém o faça por nós.
    Não é fácil, esse negócio da culpa que discutimos ontem é algo a ser vigiado o tempo todo!!
    Bjs

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  2. Olá, só registrando que estou na área firme e forte na prática, prática e prática...
    E o ego pronto para dar o bote. "Cochilou, cachimbo cai", como dizia minha mãe.
    Bjs

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  3. Engraçado, Nina. A minha também dizia isso. Acaso? Coincidência... rsrsrsrsrs...
    É isso aí temos de continuar firmes no "orai e vigiai".
    Obrigado por compartilhar.

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  4. Não resta dúvida que a buscamos sim a opinião do outro, que é uma forma de lidarmos com nossa insegurança.
    Quando o outro nos reforça ficamos com a falsa impressão que então estamo certos e podemos continuar...pura ilusão.
    O outro manifesta o desejo de realizar-se no outro, como uma forma de também se auto imunizar de seus medos e conflitos.
    Mas, fazemos isso como uma forma de gratificarmos o ego sempre inseguro e frágil.
    Nâo precisamos prescindir do outro em suas opiniões, mesmo porque o outro é nossa referencia e suporte.
    Mas, podemos sim, estabelecer um limite de confiança e assim valorizarmos mais nossas determinantes que gerem nossas ações.
    Se temos dúvida a lição sempre nos remete buscar ajuda no Espirito Santo, como uma maneira de acreditar no poder divino que temos e que precisamos.
    Se "erramos" é Ele que vai mostrar o caminho, portanto o MEDO que cultivamos em nossa vida é exatamente a dificuldade de admitir nossa divindade.
    Cabe a cada um parar de brigar com o poder divino, generosamente nos presenteado com a exclusividade que teimamos em rejeitar.

    Estamos no caminho do crescimento e acreditamos que assim vamos chegar a paz e felicidade plena que é a visão de Deus em nós.
    Abraço a todos, procurarei estar presente aqui.
    Se posso contribuir, não vou me ausentar.
    Um bom dia a todos.

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  5. Olá, Duda. Obrigado por seu comentário.

    É claro que nos sentimos bem quando alguém de quem gostamos diz alguma coisa que aprova o que fizemos ou agradece, demonstrando gratidão, por algo que lhe oferecemos apenas como expressão daquilo que de fato somos.

    O que o UCEM quer nos ensinar a lembrar é apenas isso: o fato de que não somos culpados de nada, não somos corpos, somos livres, pois ainda somos [cada um de nós é] como Deus nos criou. Nada nem ninguém pode mudar isso.

    Aprender isso, lembrar disso, portanto, é ter de volta a liberdade que nos cabe. Para ser o que somos, em quaisquer circunstâncias, independentemente do que qualquer uma das pessoas com quem convivemos nos diga ou possa nos dizer a respeito do que fazemos. Quer ela nos aprove, quer não.

    Precisamos ter sempre presente a ideia de que, se "todas as coisas são lições que Deus quer que eu aprenda", ao mesmo tempo, sou eu mesmo quem escolhe as lições. Isto é, nada se apresenta a mim e a minha experiência que não seja fruto de uma escolha que fiz. Consciente disso ou não.

    Por isso é que precisamos estar atentos, ser vigilantes com os nossos pensamentos. Afinal, são sempre eles que "criam", dentro da ilusão, do sonho, a realidade que vivemos e nos apresentam as experiências e situações que experimentamos. Se elas não se revelam capazes de nos conduzir à alegria e, ao contrário, nos tiram a paz, é porque em lugar de estender o amor para criar estamos projetando os medos, que a crença na culpa e na separação geram.

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