sexta-feira, 17 de julho de 2009

A ilusão que nos liberta das ilusões

Vimos há poucos dias que todas as lições são a mesma. Expressas apenas de modo diferente para facilitar o aprendizado e para aumentar seu alcance, uma vez que símbolos diferentes têm significados e apelos diferentes para pessoas diferentes. Ou todos nós já não nos surpreendemos com uma ideia já conhecida há muito tempo, ao vê-la expressa de maneira inusitada?

Não poderia deixar de ser assim também com a lição 198, deste dia 17 de julho, cuja ideia, Só minha condenação me fere, é apenas um jeito diferente de formular as ideias de duas lições imediamente anteriores: Só posso ganhar minha gratidão e Só posso crucificar a mim mesmo. Não lhes parece? Vamos ver, então, a seguir.

Reforçando o comentário feito para a ideia de ontem, posso sugerir que nos perguntemos: Para que preciso da gratidão dos outros, quando minha doação se faz de forma amorosa? A resposta: Para nada! Só preciso da dela quando, ainda equivocado, faço uma barganha com tudo o que ofereço, por receio ou medo de que algo possa me faltar. Porque ainda não aprendi que dar e receber são a mesma coisa. Que só dou a mim mesmo. E que, por consequência, só tenho, de fato, aquilo que dou. Só preciso, então, de minha própria gratidão, por entender que, ao dar, nada me falta e que, portanto, posso ficar em paz para sempre.

Da mesma forma que só posso receber minha gratidão, é só a mim que posso crucificar, pois o outro é apenas uma projeção, um reflexo de um aspecto de mim mesmo que não posso ver a não ser projetando. Isso também é verdadeiro acerca da ideia de hoje. E, como vimos ontem e já comentamos outras vezes, se não há nada fora de mim, a quem posso condenar senão a mim mesmo. A quem minha condenação pode ferir, a não ser a mim mesmo?

Pensando ainda no fato de que todas as lições são a mesma e no propósito central deste ensinamento, que é nos ensinar a perdoar TODAS as ilusões, apenas porque ilusões, pode-se dizer, conforme o Curso diz, que o perdão é a única ilusão que não cria mais ilusões. É a única ilusão que aponta na direção da verdade e que pode pôr fim a todos os sonhos, porque "é um sonho de despertar".

Por isso a lição de hoje nos oferece para a prática as palavras que podem nos libertar e nos dar a chave para a luz:

Só minha condenação me fere.
Só meu próprio perdão me liberta.

Nossa prática hoje nos coloca mais perto do fim de tudo que ainda se quer interpor entre a visão de nosso Ser, e pode nos devolver para sempre a Deus, nosso Pai.

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