quarta-feira, 20 de maio de 2009

Testando o milagre para a cura

A ideia para nossas práticas de hoje é a seguinte: Pode-se dizer que só a salvação cura. E eu pergunto: será que já chegamos ao ponto de acreditar que só a salvação cura, como nos diz esta lição, a de número 140, neste dia 20 de maio? Ou ainda acreditamos que são os bruxos, os xamãs, os médicos, os terapeutas, a medicina moderna, a ciência, os novos medicamentes desenvolvidos pela indústria farmacêutica?

Eu diria que, a este respeito, nosso encontro de ontem foi, parece-me, muito interessante e rico, como, aliás, costumam ser todos os encontros para a leitura compartilhada dos ensinamentos do UCEM. Mas ontem, em particular, fizemos uma "brincadeira" com o livro. Isto é, "brincamos" de testar o milagre. Explico: alguns dos presentes, buscando um instante de silêncio interior para entrar contato com o Espírito Santo em si mesmos fizeram uma pergunta a Ele, ou expressaram alguma dúvida ou questão para a qual queriam uma resposta, e abriram o livro de olhos fechados apontanto para um parágrafo do texto, que lemos e que, em todos os casos, se revelou claramente como a resposta à pergunta feita pela pessoa. Também testamos abrir o livro para responder a questões de pessoas que não tinham o livro consigo, ou seja, a pergunta foi feita por um participante do grupo e outro participante abriu o livro para ver se o texto, escolhido ao acaso por um, trazia a resposta que o outro buscava. E também funcionou. Isto me parece ter sido um exercício que nos encaminhou na direção da salvação e, por consequência, da cura. Até porque, para o ensinamento, todos os milagres de que precisamos são o mesmo sempre. Isto significa dizer apenas que os milages todos buscam apenas lembrar-nos de que somos uma unidade na Filiação e que cada um de nós continua a ser tal como Deus o criou. Independente da ilusão que acredita viver. Independente do milagre que acredita precisar.

Na verdade, voltando à ideia da lição de hoje, já vimos em lições anteriores que é apenas a ilusão de que podemos ficar doentes que precisa de cura. E o que a salvação? A salvação, para o ensinamento do UCEM, "é um desfazer, no sentido de que ela não faz nada", a não ser deixar de "dar apoio ao mundo de sonhos e de malícia". Isso faz com que as ilusões desapareçam. E o que é a doença senão um sintoma gerado pela crença segundo a qual cada um de nós é apenas um corpo? O que precisa ser curado, então, quando o corpo parece estar doente, o corpo ou a crença?

Os exercícios de hoje visam a facilitar que mudemos nosso modo de pensar [nossas crenças] a respeito da fonte da doença, ensinando-nos a buscar uma cura para todas as ilusões. Ensinando-nos a não nos deixarmos enganar "por aquilo que se apresenta como doente a nós", a irmos além das aparências para chegar à fonte da cura, que "está em nossas mentes porque o Pai a colocou aí para nós". Para tanto, "vamos deixar de lado "nossos talismãs, nossos feitiços e remédios, nossos cânticos e porções de magia em qualquer forma que assumam". Vamos nos aquietar "e escutaremos a Voz de cura, que curará todas as doenças como uma só, restituindo a sanidade para o Filho de Deus".

Assim, dedicaremos cinco minutos para ouvir a Voz pela manhã, ao começar do dia, e também vamos terminar o dia buscando ouvi-La durante cinco minutos antes de dormir. O único preparo de que precisamos é deixar de lado quaisquer pensamentos importunos para dizer, de coração e mente abertos:

Pode-se dizer que só a salvação cura.
Fala conosco, Pai, para que possamos ser curados.
E vamos procurar trazer em nosso auxílio a lembrança algumas das lições anteriores, todas relacionadas a esta, que nos diziam: A doença é uma defesa contra a verdade, Quando sou curado, não sou curado sozinho, O Céu é a decisão que tenho de tomar e Aceitarei a Expiação para mim mesmo. Todas estas ideias apontam para a salvação e para a cura. Pois quando aceito a verdade não posso ficar doente. E sempre que me curo trago a cura ao mundo inteiro. Se me decido pelo Céu, abandono definitivamente as doenças. E, por fim, aceitar a Expiação também significa aceitar minha condição de Filho de Deus.

4 comentários:

  1. Olá, poxa que legal que foi ontem, pena que eu não pude ir.
    Minha amiga foi e levou um amigo meu também, ainda não falei com eles para saber o que acharam.
    Eu já fiz esse teste de abrir o livro procurando uma resposta, e ela sempre vem.
    Bjs

    ResponderExcluir
  2. É isso aí, Duda.
    No fundo, no fundo, nós sabemos o que somos, mas temos muito medo de assumir aquelas coisas todas em que acreditamos, porque elas contrariam o que o mundo nos ensina. E temos medo também de parecermos loucos, desvairados, se não nos adaptamos aos modos que o mundo pede.
    É isso que cria tanta confusão em nossas cabeças e complica tanto nosso viver e bloqueia a possibilidade de estendermos nossa alegria e nosso amor a todo instante e a todos aqueles com quem vivemos.
    Falei com a Vanessa e com o Rafael lá, ontem, eles até fizeram o teste de perguntar. Acho que gostaram das respostas.
    Obrigado por compartilhar.

    ResponderExcluir
  3. Oi Pessoal,
    Não resta dúvida que o que precisa ser curado é a crença, já o corpo, pouco podemos fazer. Como bem disse Moisés ontem, o corpo tem sim suas limitações.
    Em determinado momento ele se ressente e aí se deixa abater e dá por encerrada a etapa da experiência.
    O que precisamos melhor compreender é o que é de fato a doença, que nos abate e constrange, nos entristece e revolta, fragiliza, mas também pode fortalecer.
    Queria deixar aqui meu testemunho de que o encontro de ontem foi por demais produtivo. Saímos confortados com o sentimento de termos sido assistidos em nossas inquietações e dúvidas quanto ao desfecho de nossa história com o ser presente em nossa vida que se foi domingo.
    Quero também externalizar aqui que estamos bem e se em algum momento parecemos inconformados, foi uma ilusão de ótica. Triste estamos vivendo o luto da perda, o que é saudável e coerente com o envolvimento afetivo com o ser querido. (foi nossa escolha viver esta tristeza)
    O sentimento se refaz se altera e se resgata, o amor permanece e este sim faz sentido em nosso suposto existir.
    Amar é bom sendo nossa grande expectativa... Se conseguirmos entender e viver o amor tudo parece que se transforma e mais fácil se torna nossa real experiência.
    Um grande abraço a todos e a certeza de que o tempo é senhor da razão, mesmo não existindo este tempo lógico, mas o tempo de nossa imaginação.
    Cássio

    ResponderExcluir
  4. Oba, oba. E vivam os comentários. Que continuem, afinal não podemos nos esquecer de que existimos nos relacionamentos. São eles que nos ajudam a perceber aqueles aspectos de nós que, muitas vezes, não queremos ver. Que muitas vezes buscamos esconder.
    Abrir o coração e a mente, trazendo ao grupo aquilo que se passa dentro de nós contribui para que cada um possa se ver melhor, possa nos ver melhor e possa perceber a Unidade de que todos somos parte.
    Obrigado a todos por comentarem.

    ResponderExcluir