quarta-feira, 13 de maio de 2009

Critérios pelos quais orientar as escolhas

A ideia central da lição 133, para os exercícios de hoje, 13 de maio, uma data importante na História do Brasil - alguém aí lembra por quê? -, é: Não darei valor ao que não tem valor. E esta ideia parece apenas estender nossa conversa de ontem à noite, no encontro com o grupo de estudos do UCEM, que tratou exatamente da lição 132.

De acordo com o Curso e com a lição de ontem, o mundo não existe: Não há nenhum mundo! E esta é uma ideia que pode chocar, dita assim, sem a preocupação de uma análise mais demorada. Por isso me parece que a lição de hoje estende e amplia a conversa que a de ontem proporcionou. Pois ela começa por nos dizer que, em determinados pontos do ensino, é conveniente - benéfico até - trazer a teoria [da lição de ontem] de volta ao contato com interesses práticos. Porque, se não o mundo não existe, o que fazemos aqui? Onde é exatamente aqui?

É interessante que comecemos por prestar atenção ao que o exercício propõe já logo em seu início, no segundo parágrafo: Tu não pedes muito da vida, mas pouco demais. Quando permites que tua mente volte sua atenção para interesses relacionados ao corpo, a coisas que compras, ao prestígio da forma como isso é valorizado pelo mundo, pedes sofrimento, não felicidade. Este curso não tenta tirar de ti o pouco que tens. Não tenta substituir as satisfações que o mundo contém por idéias utópicas. Não há nenhuma satisfação no mundo. [Ai, meu Deus!]

E, na continuação, ele diz que vai apresentar os critérios verdadeiros por meio dos quais devemos avaliar todas as coisas que pensamos querer. É disso que precisamos para fazer as escolhas, pois só podemos fazê-las baseados em algum critério. Todos os que usamos hoje, ou quase todos, são os que nos foram dados, de alguma forma, pelo mundo. Será que podem servir de parâmetro para testar tudo aquilo que pensamos querer, conferindo-lhe a condição de meios verdadeiros para nos fazer alcançar a alegria perfeita que é a Vontade de Deus para nós?

Mas vamos aos critérios na prática. De acordo com o Curso, independente de quantas nos pareça haver, só existem duas alternativas entre as quais escolher. Sempre! E mais, cada escolha que fazemos nos traz tudo ou nada. E que escolher é fácil, por isso, e porque todas as coisas têm valor ou não, são dignas ou não de serem buscadas seja como for; são inteiramente desejáveis ou não valem o menor esforço para se obter. Dito isto, segue-se então o primeiro critério. Se escolheres uma coisa que não vá durar para sempre, o que escolhes não tem valor. Um valor temporário não tem nenhum valor. [Pois] O tempo nunca poderá tirar um valor que seja real. Aquilo que murcha e morre nunca existiu e não representa nenhuma oferta àquele que o escolhe. Ele é enganado pelo nada sob uma forma da qual pensa gostar. Eis aí um critério deveras interessante a respeito do qual se pensar. Será que podemos encontrar em algum lugar do mundo algo para escolher que dure para sempre?

Vamos agora ao segundo critério, que também é muito interessante. Seguindo o que a lição nos diz, ele está diretamente ligado à impossibilidade de se ganhar a partir da perda. Isto é, nós nos enganamos sempre que pensamos poder ganhar tirando alguma coisa de alguém. Pois isso faz que neguemos a esse alguém seu direito a todas as coisas. Por consequência, negamos, assim, nosso próprio direito a todas as coisas também. Deste modo não podemos reconhecer o que verdadeiramente temos e nos deixamos enganar pela ilusão de que a perda de alguém pode significar o ganho de outrém. Esquecemo-nos de que quando um perde todos perdem e de que, na verdade, só temos, de fato, aquilo que damos.

Por fim, o terceiro critério, o mais difícil, sobre o qual se baseiam todos os outros, e que nos põe frente a frente com a necessidade de questionar os porquês de nossas esolhas? Por que escolhemos valorizar algo? O que atrai nossa mente para tal escolha? É o mais díficil dos três porque "o ego falha em reconhecer o que quer" e o encobre com muitos níveis de ignorância, pois não quer que vejamos sua evidência, o que seria contrário a seus objetivos. É, no entanto, muito simples reconhecê-lo. Se sentes qualquer culpa pela tua escolha, permitiste que as metas do ego se interpusessem entre as alternativas reais. A culpa nos faz esquecer que só existem duas alternativas. E que só podemos escolher entre o Céu e o inferno.

Chegamos ao final da lição, lembrando que para alcançar o Céu é preciso que tenhamos as mãos vazias e a mente aberta. Vamos começar cada um de nossos períodos de prática de quinze minutos com o seguinte:

Não darei valor àquilo que não tem valor, e só busco o que tem valor, pois é só isso que desejo achar.

Se, ao longo do dia, começarmos a juntar fardos inúteis ou a acreditar que alguma decisão que teremos de tomar pode ser difícil, vamos usar este pensamento para afastar rapidamente o equívoco:

Não darei valor àquilo que não tem valor, pois o que tem valor me pertence.

Lembremo-nos ainda de que, conforme o texto afirma, "a complexidade não é nada mais do que um véu de fumaça que esconde o fato muito simples de que nenhuma decisão pode ser difícil", à luz de tudo o que aprendemos a respeito do processo de escolha neste dia.

2 comentários:

  1. Oi Moises, tudo bem?
    Passei para dizer que eu e a Nina iremos para Ilha Bela, não sabemos quando voltamos, sem contatos, sem celular, só o mar ... brincaderinha quanto ao contato, mas o resto é verdade ... Como diz Gil:
    Vamos fugir!
    Deste lugar
    Baby....
    Ps:A Nina não irá escrever hoje pois está fazendo os preparativos para o sumiço ...rsrsrsr

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  2. Você escolheram o dia apropriado para sumir. Lembram-se de que no dia 13 de maio se comemora a libertação dos escravos, rs...rs...
    Assim, viva a liberdade.
    Bom sumiço...
    Obrigado por avisar.

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