quinta-feira, 14 de maio de 2009

Praticar o perdão verdadeiro

A lição 134, deste dia 14 de maio, nos convida, a partir da ideia: Que eu perceba o perdão tal como ele é, a "revisar o significado de 'perdoar', pois ele costuma ser distorcido e visto como algo que exige um sacrifício indevido de uma ira justa, uma dádiva injustificada e não merecida e uma completa negação da verdade". Para uma tal visão, "o perdão tem de ser visto como uma simples insensatez excêntrica, e este curso parece basear a salvação em um capricho".

O texto continua: Esta perspectiva distorcida do que significa o perdão é facilmente corrigida quando podes aceitar o fato de que não pede perdão para aquilo que é verdadeiro. O perdão tem estar limitado ao falso. Ele é irrelevante para tudo, exceto para as ilusões. A verdade é criação de Deus e não tem sentido perdoá-la. Toda a verdade pertence a Ele, reflete Suas leis e irradia Seu Amor. Isso precisa de perdão?

O Curso diz que nossa maior dificuldade com relação ao perdão verdadeiro se deve ao fato de que ainda acreditamos que temos de perdoar a verdade e não ilusões. Pensamos no perdão como uma forma de anular um ato, uma ação verdadeira, transformando uma ilusão em verdade. "Isto não precisa ser assim" é outra das lições que o UCEM nos traz, quando acreditamos que qualquer ilusão pode, de fato, nos atingir de alguma forma. Como vimos em uma das últimas lições, é preciso que compreendamos que nunca reagimos a nada diretamente, e sim a nossa interpretação das coisas. Logo, é fácil entender que tudo o que precisamos perdoar é apenas a ilusão que criamos para nós mesmos, quando ela nos afasta do amor e da alegria, pois a verdade busca apenas nos levar naquela direção.

Ele diz ainda que o perdão é única coisa que se ergue para defender a verdade nas ilusões do mundo. Ele percebe sua inutilidade e olha diretamente através das milhares de formas nas quais elas podem aparecer. Ele olha para as mentiras mas não é enganado. (...) A força do perdão é sua honestidade, tão incorruptível que vê as ilusões como ilusões, não como verdade. É por causa disso que ele se torna o revelador das verdades frente às mentiras; o grande restabelecedor da simples verdade...

A lição de hoje traz consigo a ideia de que o perdão precisa ser praticado, porque o mundo não pode perceber seu significado, nem prover um guia para te ensinar seu benefício. O que fazemos hoje com nossos exercícios é praticar o perdão verdadeiro para que o tempo da união não seja mais adiado. A forma prática e simples para fazer tal exercício é nos perguntarmos: 'Eu me acusaria de fazer isso?' sempre que nos sentirmos tentados a acusar alguém de pecado sob qualquer forma.

Começaremos os dois períodos de quinze minutos que reservamos para aprender o perdão verdadeiro com o Espírito Santo pedindo:

Que eu perceba o perdão tal como ele é.

E vamos, então, escolher uma pessoa entre todas aquelas com quem mantemos algum tipo de relacionamento para listar os "pecados" e as coisas ruins que julgamos perceber nela. Em seguida nos perguntaremos: 'Eu me acusaria de fazer isso?' E deixamos que ela seja libertada de todos os pensamentos de pecado que tivemos em relação a ela. Também vamos praticar o perdão ao longo de todo o dia pois ainda haverá muitos momentos em que nos esqueceremos de seu significado. Quando isso acontecer, voltemo-nos para nosso próprio interior para dizer:

Que eu perceba o perdão tal como ele é.
Eu me acusaria de fazer isso?
Não porei esta corrente sobre mim mesmo.
E em tudo o que fizermos lembremo-nos disso:

Ninguém é crucificado sozinho e, ao mesmo tempo, ninguém pode entrar no Céu apenas por si mesmo.

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