terça-feira, 12 de maio de 2009

Como é o mundo que vejo?

A leitura iniciada no encontro de ontem à noite me remeteu quase que imediatamente à lição maravilhosa que o Curso nos reserva para este dia 12 de maio, a de número 132, cuja ideia é: Libero o mundo de tudo o que pensava que fosse.

O que o livro nos dizia ontem era que precisamos compreender que não reagimos a nada diretamente, e sim à interpretação que fazemos de tudo. Isto é, recorrendo ao grande Fernando Pessoa que diz, pelas palavras de seu heterônimo Alberto Caieiro:

O Universo não é uma ideia minha.
A minha ideia do Universo é que é uma ideia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos.
A minha ideia da noite é que anoitece por meus olhos.

Assim, cabe pensar como vejo o mundo. Como um lugar em que fui aprisionado para sofrer até que o abraço final da morte me venha resgatar, levando-me, por fim, ao Paraíso. Ou ao inferno, como fui ensinado a pensar. Ou será que acredito que o inferno é aqui? Neste lugar aonde se instalou o caos, espantando qualquer esperança de alegria, de paz, de harmonia e de felicidade? Um lugar a que vim contra a vontade para encontrar algo pronto, algo a que meus pensamentos não podem dar sentido? Um lugar separado de mim mesmo, impermeável ao que penso e absolutamente dissociado daquilo que porventura posso pensar que ele seja?

Alegremo-nos, então, porque a ideia da lição de hoje vai permitir que nos libertemos do mundo, pela liberação que vamos oferecer a ele, para que também nos tornemos livres. A ideia da lição de hoje, se praticada e aprendida, é suficiente para trazer o Céu à terra e nos colocar diretamente em contato com o Pai, de Quem nunca nos afastamos, a não ser em nosso delírio de separação.

Vamos livrar o mundo das correntes em que nossas crenças o mantêm aprisionado. Vamos salvar o mundo hoje, pois todos somos livres para mudar a ideia que fazemos dele. E, ao mudar a ideia que fazemos do mundo, nós o libertamos do passado e de tudo aquilo que pensávamos a seu respeito então. E libertamos o futuro para que ele seja [e nós e o mundo com ele] o que tiver de ser. Entregamo-nos inteiramente ao presente, o único tempo que existe. O passado já deixou de existir e o futuro é livre. Libertamos o mundo da escravidão de nossos medos, de nossas dúvidas e misérias, de nossa dor e de nossas lágrimas, e de todos os pesares que o mantinham prisioneiro.

O pensamento central que o Curso busca nos ensinar é que "não há nenhum mundo"! O mundo em si mesmo não é nada. Nossa mente é quem pode dar sentido a ele. E aquilo que vemos nele são apenas nossos próprios desejos expressos de forma tal que possamos olhar para eles e pensar que são reais. Nossa liberação definitiva está em acreditar nisso. Acreditar que não existe nenhum mundo separado daquilo que desejamos e que basta mudarmos de ideia a respeito do que queremos ver para o mundo inteiro mudar em conformidade com nosso novo modo de pensar.

Para tanto, precisamos nos lembrar, como diz o livro várias vezes, que "as ideias não deixam sua fonte". E lembrar também da ideia de uma lição que já repetimos algumas vezes e que nos assegura que ainda somos como Deus nos criou. Isto, e a prática com a ideia por duas vezes em períodos de quinze minutos, hoje, vai nos ajudar a cumprir nosso propósito, que é o de liberar o mundo de todas e de cada uma de nossas ilusões.

Em meu modo de ver esta lição é tão maravilhosa e tão eficiente como instrumento para nos devolver a paz e nos levar a perceber a unidade que vou postar o texto completo para que todos os que acessarem este espaço hoje possam ter a oportunidade de praticar da forma que o Curso recomenda.

Um comentário:

  1. Oi Não posso deixar de registrar que é preciso de TEMPO aqui no mundo da ilusão para tanto aprofundamento. Neste momento não tenho, infelizmente!
    Será que não tenho por falta de aprofundamento?
    Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha?

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