segunda-feira, 18 de maio de 2009

Aprendendo a decidir e a escolher

Vocês já se perguntaram alguma vez por que é que nunca ninguém nos disse que viver a alegria, a felicidade, a abundância, a paz e a harmonia é apenas uma questão de escolha? E que a escolha, de verdade, nem é tanto uma escolha, mas mais uma decisão do que qualquer outra coisa?

Sim, porque nascemos todos com o potencial para viver e para transformar nossa experiência de viver neste mundo em um acontecimento totalmente maravilhoso em todos os sentidos. Basta que aprendamos, como nos sugere a lição 138, deste dia 18 de maio, que podemos tomar a decisão de viver o Céu na terra. O Céu é a decisão que tenho de tomar. Esta ideia, posta em prática, anula tudo o que já vivemos, por torná-lo insignificante e inútil, e nos deixa no único lugar em que podemos, de fato, estar quando nos decidimos pelo Céu. No presente. No único tempo que existe.

Sim, neste mundo, vivemos para escolher e, por mais inconscientes que sejam nossas escolhas, os resultados que elas trazem sempre correspondem a uma decisão que tomamos. Decisão esta que está sempre baseada em nossas crenças interiores, isto é, naquilo em que acreditamos. Ou, para dizer de outra forma, nossas escolhas dependem de nossa filosofia de vida. Do modelo de pensamento que escolhemos para orientar nosso estar-no-mundo. Algo que, apesar de tudo o que nos dizem em contrário, pode e deve ser mudado. Sempre que nossas escolhas nos afastem da alegria perfeita, do Céu, que é a Vontade de Deus para nós.

Por isso é que o Curso diz que "a escolha depende do aprendizado". Pois "a verdade não pode ser aprendida", a verdade simplesmente é. E, para ser conhecida, basta que a reconheçamos. Mas nossas escolhas, feitas a partir de nossas decisões, dependem do aprendizado. São o resultado dele, "porque se baseiam naquilo que aceitaste como a verdade do que tu és e do que tuas necessidade têm de ser".

O texto diz que "neste mundo loucamente complicado, o Céu parece tomar a forma de escolha, em lugar de ser simplesmente o que é". E diz que, dentre todas as escolhas que já experimentamos fazer, "esta é a mais simples, a mais decisiva e [a que serve de] padrão para todas as outras, [esta escolha é] aquela que determina todas as decisões". Diz mais, que, enquanto ainda podemos perceber as outras escolhas, esta continua sem solução. E que, quando resolvermos esta, todas "as outras se resolvem com ela, porque todas as decisões apenas escondem esta, assumindo formas diferentes". "Eis", portanto, "aqui a escolha definitiva e a única em que a verdade é aceita ou negada".

O tempo foi criado para nos ajudar a fazer a escolha a respeito da qual refletimos hoje, para começar nosso exercício. Isto dá ao tempo um propósito sagrado, diferente daquele para o qual o mundo o usa. Isto é, "para demonstrar que o inferno é real", que a esperança pode se transformar em desespero e que, "no final, a própria vida tem de ser derrotada pela morte". Desse modo, fomos ensinados a pensar que "é apenas na morte [no Juízo Final] que os contrários se separam, pois pôr fim à antítese é morrer". Assim, "a salvação tem de ser vista como morte, porque a vida é vista como um conflito" e "resolver o conflito também é pôr fim a tua vida".

Isto tudo não é, de fato, uma loucura? Quem nos ensina isto? A quem isto interessa? Ao ego, é claro. Tanto isso é verdade que "estas crenças loucas podem obter um domínio insconsciente de enorme intensidade e prender a mente com um terror e uma ansiedade tão fortes que ela não desistirá de suas ideias acerca de sua própria proteção. Ela, ameaçada de ficar em segurança, tem de ser salva da salvação [morte] e, por encanto, blindada contra a verdade". É preciso atentarmos para o fato de que "estas decisões são tomadas de forma inconsciente, para que se mantenham imperturbadas sem perigo; isoladas do questionamento, da razão e da dúvida".

Por esta razão, precisamos aprender que o Céu tem de ser uma escolha consciente. Uma escolha que "não pode ser feita enquanto as alternativas não forem percebidas e entendidas de forma precisa. Tudo o que está velado nas sombras tem de ser alçado à compreensão, para ser avaliado de novo, desta vez com a ajuda do Céu". Lembram-se da pergunta: "queres ter razão ou ser feliz"? Aqui, mais uma vez voltamos a ela, porque só existem, na verdade, duas alternativas aparentes, das quais apenas uma é verdadeira. Sempre que escolhemos, pois, escolhemos entre o Céu e o inferno. Qual dos dois representa a verdade? Qual dos dois queremos, de fato? A decisão é sempre pessoal, individual e intransferível.

Voltando às perguntas iniciais, a resposta a elas está na escolha de praticar a ideia que a lição nos traz hoje. Dedicando-lhe cinco minutos pela manhã, ao acordar, e cinco minutos à noite, antes de dormir, além de voltar nossa atenção para ela a cada hora que passar, estaremos, sem sombra de dúvida, reforçando nossa decisão de escolher o Céu. E, ao mesmo tempo, estendendo nossa escolha ao mundo inteiro. Finalizamos nosso dia de prática com isto, "reconhecendo que escolhemos só o que queremos":

O Céu é a decisão que tenho de tomar. Eu a tomo agora e não vou mudar de ideia, porque ele é a única coisa que quero.

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