segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pontos acerca dos quais vale a pena refletir

Oba, temos um 49º seguidor conosco! Bem-vindo, seja quem for a pessoa que está por trás deste pseudônimo. Espero que nossas lições diárias lhe sejam proveitosas e esclarecedoras. Espero também poder contar com sua colaboração e comentários, sempre que possível e conveniente. Vale também registrar e agradecer ao Cássio [vanicer] por sua reflexão/comentário à ideia da lição 317, ao qual Nina também dedicou sua atenção, comentário e agradecimento.

Antes da ideia que vai servir às nossas práticas de hoje, gostaria de voltar a um tema de que já falamos outras vezes, apenas para que nos situemos em relação as nossas responsabilidades acerca do mundo que percebemos, criamos e construímos a partir de nossas crenças. Sem que isso se torne bem claro, parece-me, não é possível sair de onde estamos para seguir na direção da cura; não é possível compreender claramente o que nos dizia a lição de ontem, ao nos apontar a razão pela qual viemos a este mundo; não é possivel aceitar que viemos para a salvação do mundo.

Assim, como já citei anteriormente, Ramana Maharshi esclarece nossa responsabilidade aqui, ao esclarecer qual é "a posição" de Deus em relação a este mundo. Diz ele que "Deus não tem nenhum desejo ou propósito em seus atos de criação, manutenção, destruição, retirada e salvação aos quais os seres estão sujeitos. (...) À medida que os seres colhem os frutos de suas ações conforme Suas leis [as de Deus], a responsabilidade é deles e não de Deus. (...) Você agradece a Deus as boas coisas que lhe acontecem, mas não Lhe agradece as coisas ruins também, e é aí que você erra".

É exatamente para aprendermos isso que o Curso oferece o Livro de Exercícios, que, já em suas lições iniciais, ensina que o mundo, e tudo o que aparentemente existe nele, é neutro, que todas as coisas do mundo, ele inclusive, só têm o significado que cada um de nós mesmos dá a elas - e a ele.

Outro ponto que precisa ficar bem claro se refere à vontade, à entrega e à dependência de Deus, que precisamos reconhecer, se quisermos nos curar e curar o mundo. Só o ego resiste à entrega, por entender a dependência de Deus como perda de poder. Porque, na verdade, o ego não entende o poder que recebemos de Deus, e que não tem nada a ver com sua própria ilusão de onipotência.

De acordo com o padre Thomas Keating, citado por Ken Wilber no livro Graça e Coragem, "o principal ato de vontade não é o esforço, mas o consentimento... Tentar obter as coisas pela força de vontade é reforçar o falso eu [o ego]... Mas à medida que a vontade sobe a escada da liberdade interior, sua atividade torna-se cada vez mais um consentimento para a aproximação de Deus, para o influxo da graça".

Dito isto, que deve servir como ponto de partida para reflexões mais profundas e para o melhor aproveitamento da lição 320, deste dia 16 de novembro, que encerra mais uma de nossas séries, aquela cujo objetivo foi oferecer uma nova visão do Juízo Final, conforme seu texto introdutório, dediquemo-nos à ideia que deve orientar nossas práticas de hoje, e que é a seguinte:


Meu Pai dá todo o poder a mim.

1. O Filho de Deus não tem limites. Não há nenhum limite para sua força, sua paz, sua alegria, nem para quaisquer características que seu Pai lhe deu em sua criação. O que ele quiser com seu Criador e Redentor tem de se cumprir. Sua vontade santa não pode ser negada nunca, porque seu Pai brilha sobre sua mente e deposita diante dela toda a força e todo o amor na terra e no Céu. Eu sou aquele a quem tudo isso é dado. Eu sou aquele em quem o poder da Vontade de meu Pai habita.

2. Tua Vontade pode realizar todas as coisas em mim e, então, estender-se também ao mundo inteiro por meu intermédio. Não há nenhum limite para Tua Vontade. E, dessa forma, todo o poder foi dado a Teu Filho.

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