quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Alcançar a salvação no presente

O encontro de ontem! Ah, o encontro de ontem! Apesar da ausência de muitos colegas, que habitualmente estão conosco, o encontro foi maravilhoso. Como não podia deixar de ser. Como sempre é, não é mesmo? O texto para a leitura e reflexão, selecionado a dedo pelo Espírito Santo, foi A dádiva da liberdade, quarto subcapítulo do Capítulo 8, A JORNADA DE VOLTA, das páginas 153 a 155. Começa assim: " Se a Vontade de Deus para ti é a paz e a alegria completas, a menos que vivencies [vivas, experimentes] só isso, tens de estar te recusando a reconhecer a Vontade d'Ele". Vale a pena ler e reler, pois contém vários pontos muito importantes para o entendimento do Curso, por qualquer um que esteja, de fato, interessado em aprender.

Antes da ideia da lição 308, deste dia 04 de novembro, quero lhes oferecer um pequeno trecho de um livro intitulado A história da Lili, escrito pela querida Lillian Paes, a tradutora do UCEM para a Língua Portuguesa, a quem somos todos muito agradecidos. O trecho, em meu modo de entender, diz respeito às nossas conversas de ontem e também tem relação com a ideia para nossas práticas de hoje. Por isso o incluo aqui. Diz ele o seguinte:

Não procurar justificar, nem mudar, nem fazer diferente. Tu te preocupas em tentar mudar o conteúdo de um sonho ao acordar? A criatura que conheces, esse pequeno ser sempre ameaçado, sempre na defensiva, precisa da tua proteção, não do teu ataque. Contudo, essa possibilidade só nos é dada quando somos capazes de oferecê-la ao outro.

Essa luz nos é dada. Não há nada a fazer. Quanto mais nos empenhamos em negar o sonho, mudar o sonho, criticar o sonho, mais 'real' ele se torna. (...) Olha para todas as coisas da vida como são, e age na prática de acordo com os teus desejos mais profundos. Pouco importa se são nobres ou ignóbeis [aos olhos do ego, eu diria].

Estendendo e complementando as ideias do texto de ontem e deste trecho do livro de Lillian, a lição de hoje nos convida a fincar pé no presente. E a perceber que "este instante", o que vivemos aqui e agora, "é o único tempo que existe". E é só nele que podemos alcançar a salvação. A nossa e a do mundo inteiro. Assim, praticamos do seguinte modo:

Este instante é o único tempo que existe.

1. Concebo o tempo de tal maneira que frustro meu objetivo. Se eu escolher alcançar a intemporalidade além do tempo, tenho de mudar minha percepção a respeito da serventia do tempo. A finalidade do tempo não pode ser a de manter o passado e o futuro como uma coisa só. O único espaço em que posso ser salvo do tempo é agora. Pois o perdão chega para me libertar neste instante. O nascimento de Cristo é agora, sem um passado ou um futuro. Ele vem para dar Sua bênção presente ao mundo, devolvendo-o à intemporalidade e ao amor. E o amor está sempre presente, aqui e agora.

2. Obrigado por este instante, Pai. É agora que sou redimido. Este instante é o momento que Tu escolheste para a liberação de Teu Filho, e para a salvação do mundo nele.

3 comentários:

  1. .
    Oi, meus queridos...
    Ontem, não consegui ir na reunião... e parece que foi ótima...não estava em corpo presente, mas estava em mente... ou acham que eu não participaria assim mesmo....rssss

    Para essa lição de hoje, quero aproveitar para oferecer um texto, que creio poder acrescentar a nós todo... e que fala exatamente sobre o viver no único tempo real, o presente. Espero que seja útil.

    Explanações sobre o tempo

    Aprendamos a usar o tempo nos aspectos práticos da nossa vida – o que podemos chamar de “tempo do relógio” –,
    mas retornemos imediatamente para perceber o momento presente, tão logo esses assuntos práticos tenham sido
    resolvidos. Assim, não haverá acúmulo do “tempo psicológico”, que é a identificação com o passado e a
    projeção compulsiva e contínua no futuro.

    Mas, mesmo aqui, no âmbito da vida prática, onde não podemos agir sem uma referência ao passado ou
    ao futuro, o momento presente permanece como um fator essencial, porque qualquer ação do passado é
    relevante e se aplica ao agora. E planejar ou trabalhar para atingir um determinado objetivo é feito aqui e agora também.

    O principal foco de atenção das pessoas mais conscientes,
    é sempre o Presente, o Agora, embora elas tenham uma noção relativa do tempo. Em outras palavras, continuam a usar o tempo do relógio, mas estão livres do tempo psicológico. A memória das experiências no tempo.

    Estejamos alertas quando praticarmos isso, para que sem querer, não transformemos o tempo do relógio em
    tempo psicológico. Por exemplo, se você cometeu um erro no passado e só agora aprendeu com ele, está
    utilizando bem o tempo do relógio. Por outro lado, se você considerar isso mentalmente e daí resultar uma
    autocrítica, um sentimento de remorso ou de culpa, então você está transformando o erro em “meu”.

    Ele passou a ser uma parte do seu sentido, do seu eu,
    e se transformou em tempo psicológico, que está sempre
    relacionado a um falso sentido de identidade.
    A dificuldade em perdoar então, passa a envolver necessariamente, uma pesada carga de tempo psicológico.
    Se estabelecemos um objetivo e trabalhamos para alcançar esse perdão, estamos empregando o tempo do relógio.

    Nossa jornada deixa de ser uma aventura e passa a ser encarada como uma necessidade obsessiva
    de chegar, de possuir, de “conseguir”. Aí, não somos mais capazes de ver nem de sentir as flores pelo caminho,
    nem de perceber a beleza e o milagre da vida que se revela em tudo ao redor, como acontece quando estamos
    presentes no Presente.
    .
    O futuro, geralmente, é uma réplica do passado. É possível haver mudanças superficiais, mas as transformações reais são raras e dependem da possibilidade de estarmos presentes para dissolver o passado, acessando o poder do Agora. O que percebemos como futuro é uma parte intrínseca do nosso estado de consciência do momento, na maioria das vezes, minados dos registros das experiências do passado. Se a nossa mente carrega um grande fardo do passado, vamos sentir isso.
    .
    Continua...

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  2. .
    Continuando...

    O passado se perpetua pela falta de presença no Presente. O que dá forma ao futuro é a qualidade da nossa "percepção do momento presente", e o futuro, é claro, só pode ser vivenciado como o espelho dessa percepção do presente.

    Se é a qualidade da nossa percepção neste momento que determina o futuro, então o que é que determinaa qualidade da nossa consciência?

    O nosso grau de presença, no exato Presente.

    Portanto, o único lugar onde pode ocorrer uma mudança verdadeira e onde o passado pode se dissolver é no Presente, no Agora sempre, que é a própria Eternidade.
    .
    Não há salvação dentro do tempo. Você não pode se libertar nem no seu passado, nem no seu futuro.
    A presença no Agora é a chave para a liberdade
    Portanto, você só pode ser livre agora.

    Quando estamos cheios de problemas, não há espaço para nada novo entrar, nenhum espaço para uma solução.Porque ficamos confusos.

    Portanto, sempre que você puder, crie algum espaço de modo a encontrar a vida dentro de você, se sentindo dentro de você mesmo, se "percebendo" como um observador
    de si mesmo, no silêncio de si mesmo, e isso nada mais é, que abrir um espaço, uma espécie de autorização para que seu Eu, ou o Espírito Santo, aja de modo mais santo, mas eficiente no encontro da solução mais adequada.
    Isso é como experimentar uma Confiança
    no seu Ser.

    Utilize os seus sentidos plenamente. Esteja onde você está. Olhe em volta. Apenas olhe, não interprete. Não julgue.
    Veja as luzes, as formas, as cores, as texturas. Esteja consciente da presença silenciosa de cada objeto.
    Esteja consciente do espaço que permite cada coisa existir.

    E apenas respeite tudo na exata forma em que se apresentam, cada coisa e cada evento, sem nenhum pensamento à respeito.

    Ouça os sons, não os julgue. Ouça o silêncio por trás dos sons. Toque alguma coisa, qualquer coisa.
    Sinta, perceba e reconheça esse Ser dentro de si. Observe o ritmo da sua respiração.
    Sinta o ar fluindo para dentro e para fora.
    Sinta a energia vital dentro do seu corpo.

    Permita que as coisas aconteçam, no interior e no exterior. Deixe que todas as coisas “sejam”, que apenas "sejam", sem lhes dar nenhum valor ou interpretação.

    Mova-se profundamente para dentro do Agora.
    Você está deixando para trás o agonizante mundo da abstração mental e do tempo. Está se libertando da mente doentia que suga a sua energia vital e que lhe rouba a consciência de si mesmo. Com isso, você estará acordando do sonho do tempo e entrando no presente.
    .
    Continua...

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  3. .
    Continuando...
    .

    A alegria do ser

    Para demonstrar como você se deixou dominar pelo tempo psicológico, experimente usar o critério de se perguntar se existe alegria, naturalidade e leveza no que você está fazendo. Se não existir, é porque o tempo está encobrindo o momento presente e a vida está sendo percebida como um encargo ou uma luta.
    E hoje, sabemos que não tem que ser assim.

    A ausência de alegria, naturalidade ou leveza no que estamos fazendo não significa, neces-sariamente, que precisemos mudar o que estamos fazendo. Talvez baste apenas mudarmos o "como" estamos fazendo.

    “Como” fazemos é sempre mais importante do que “o que” fazemos.
    Verifique se você pode dar muito mais atenção ao que está fazendo, ao invés dar mais atenção ao resultado desejado através desse fazer.

    Dê a sua inteira atenção para o que quer que o momento apresente. Isso implica que você aceitou totalmente o que é, porque não se pode dar atenção completa a alguma coisa e, ao mesmo tempo, resistir a ela.

    Ao respeitarmos e aceitarmos o momento presente, toda a luta e a infelicidade se dissolvem, e a vida começa a fluir
    com alegria e naturalidade. Ao agirmos com a consciência do momento presente, tudo o que fizermos virá com um sentido de qualidade, cuidado e amor, mesmo a mais simples ação.
    É onde a felicidade encontra sua base....
    É onde o Perdão encontra seu espaço para acontecer.

    Bençãos e Luz, a todos ! Sempre !

    Carmen.

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