quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Questões para se pensar

Neste dia 24 de setembro, antes de nos voltarmos à ideia da lição 267 para as práticas, gostaria de lhes oferecer alguns pontos para questionamento. E sei que a lição vai ajudar a esclarecer muitos deles, se não todos.

A primeira questão se refere ao que ainda não aprendemos. E o que é que ainda não aprendemos, em meio a tanta informação que recebemos, em meio a tantos conteúdos que estudamos, em meio a tantos caminhos que se apresentam e que as vezes nos deixam confusos quanto a qual, ou quais, escolher?

É claro que tudo isso remete a muitas outras questões, mas eu diria que a primeira coisa que precisamos aprender, e que ainda não aprendemos - a maioria de nós -, é que não sabemos nada. Na verdade, a condição básica para aprendermos alguma coisa é reconhecer que não sabemos. Ou alguém alguma vez se matricula para fazer qualquer curso a respeito de um assunto que julga dominar? Lembram-se da historinha da taça cheia? Não há como colocar mais nada em uma taça que já está cheia. Eu acho que podemos dizer que todas as nossas dificuldades têm origem neste fato. Estamos tão cheios de nós mesmos e de nossa própria sabedoria que julgamos não precisar aprender mais nada.

A segunda se refere a algo que o ensinamento do UCEM recomenda e que temos também muita dificuldade em reconhecer - que dirá fazer. É reconhecer nossa total e completa dependência de Deus. E, eu diria, reconhecer, primeiro, que não sabemos nada facilita muito dar este segundo passo. Creio que, é mais ou menos óbvio, não?, enquanto não dermos aquele primeiro passo, não seremos capazes do segundo.

Para finalizar, por enquanto, para não me alongar muito, um terceiro ponto. O ego. Ah, o ego! O ego que, para o ensinamento do UCEM, é o reponsável por toda a ilusão de mundo que construímos e "criamos" a partir de pensamentos equivocados, a partir de crenças a respeito de nós mesmos que não têm fundamento. O ego, que não existe, que é ilusão, conforme o Curso diz com todas as letras em vários pontos, quer no texto, quer no Livro de Exercícios, quer no Manual de Professores.

Assim, de acordo com um ensinamento muito antigo, precisamos reconhecer que "todo o mal do mundo, e toda a infelicidade, vem do conceito de eu" [o ego que separa]. Ou ainda, aprender a reconhecer que "nós não possuímos um 'ego'. Somos possuídos pela ideia de um". Para dizer ainda de outra forma, de acordo com este mesmo ensinamento milenar, que está em consonância com o que o UCEM ensina:

Por que tu és infeliz?
Porque 99,9 por cento
De tudo o que pensas,
E tudo o que fazes,
É para ti mesmo -
E não existe um.
Dito isto vamos à ideia para as práticas de hoje, que se apresenta da seguinte maneira:
Meu coração pulsa na paz de Deus.
1. Toda a vida que Deus criou em Seu Amor está a minha volta. Ela me chama a cada batida do coração e em cada respiração; em cada ação e em cada pensamento. A paz enche meu coração e inunda meu corpo com o propósito do perdão. Minha mente está curada agora, e tudo o que preciso para salvar o mundo me é dado. Cada batida do coração me traz paz; cada respiração me infunde força. Eu sou um mensageiro de Deus, guiado por Sua Voz, animado por Ele no amor, e mantido em serenidade e paz para sempre em Seus Braços amorosos. Cada batida do coração chama Seu Nome e cada uma recebe a resposta da Sua Voz, que me garante que n'Ele estou em casa.
2. Que eu dê ouvidos a Tua Resposta, não a minha. Pai, meu coração pulsa na paz que o Coração do Amor* criou. É aí, e só aí, que eu posso estar em casa.

*No original: the Heart of Love. A palavra heart, em seu uso corrente no inglês, muitas vezes tem o significado de núcleo, centro, o ponto básico, a origem, o cerne de alguma coisa. Ter isso em mente talvez facilite o entendimento de que é só em Deus, tendo-O como o Centro de todo o amor, que podemos nos sentir em casa.

4 comentários:

  1. Oi Moises,
    Muit obrigada por suas palavras, realmente me sinto confusa com caminho escolher, o que fazer, para onde ir etc
    Sei que tenho que fazer a minha parte e entregar para Deus, mas fico confusa também se realmente estou entregando, e se entrego, porque as coisas não acontecem?
    E pensando no fato que somos responsáveis por tudo o que nos acontece, me sinto mais culpada, porque estou fazendo com que tudo aconteça assim e eu não quero que seja assim, de verdade.
    Estou fazendo a meditação que você ensinou e tentando relaxar.
    bjs

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  2. Nossa!!! Hiper, super, mega lindo texto!!!
    Realmente, se nos lembrássemos no mínimo a cada hora, de que não sabemos de nada , de fato e mais, de que nem precisamos saber, já que PODEMOS entregar A Quem Sabe, quanto sofrimento evitaríamos, não é mesmo?
    Obrigada!
    bjs

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  3. Duda, dudinha...

    As coisas só não acontecem quando não entregamos. E mesmo assim as coisas que não acontecem também são acontecimentos. Entregar significa reconhecer com 110 por cento de certeza que não sabemos nada. Não sabemos o que é melhor para nós e deixamos a cargo do Espírito Santo tudo o que tem de acontecer, ao mesmo tempo em que agradecemos, e agradecemos, e agradecemos.... e agradecemos por tudo o que temos.

    Quanto mais nos culpamos maior é a probabilidade de não sermos capazes de exercitar a entrega, porque nos tornamos incapazes de ver-nos como Filhos de Deus, de perceber que ainda somos como Deus nos criou. E que a criação toda está a nossa disposição. Basta abrir os olhos e aceitar amorosamente tudo o que se nos apresenta, agradecidos.

    Assumir a responsabilidade por tudo o que criamos, pelo mundo inteiro, não significa culpar-se por aquilo que "aparentemente" não dá certo. TUDO ESTÁ SEMPRE CERTO! Significa, sim, aprender que se queremos ver um mundo alegre e feliz precisamos mostrar a ele nossa alegria e felicidade. Lembremo-nos de que o mundo é um reflexo daquilo que trazemos em nosso interior. Quando queremos ver um mundo amoroso a nos olhar precisamos nos ver amorosamente quando olhamos para nosso próprio reflexo no espelho.

    Lembremo-nos também daquele antigo adágio: "sorria e o mundo sorrirá contigo".

    Obrigado por compartilhar suas dúvidas e impressões.

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  4. Nina,

    É verdade, é verdade... poderíamos criar exercícios paralelos e simultâneos para serem feitos com as práticas de todos os dias.

    Atenção, atenção, atenção... cuidado com o que pensas ou desejas, pode [e, normalmente, vai] se tornar realidade.

    Não é assim mesmo? Quem pensa que tudo sabe "sabe" tudo, mas será que sabe? Como alguma coisa nova vai acontecer na vida de quem pensa que sabe tudo?

    Já não conhecemos pessoas que já experimentaram qualquer coisa de que falamos? Que já tiveram todas as experiências que chegamos a mencionar?
    Mais e melhor ou de forma muito mais interessante.

    Obrigado por comentar.

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