quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Aceitar e assumir a santidade

Antes de passarmos às práticas da ideia que o Curso nos oferece neste dia 2 setembro com a lição 245, gostaria de registrar alguns comentários a respeito de nosso encontro de ontem à noite. Mais uma vez, conforme já disse em uma das primeiras lições deste ano, acho que lá por volta da segunda quinzena de fevereiro, acho necessário repensar alguns dos conceitos e crenças que trazemos conosco de nossa educação em ambiente cristão.

Um destes conceitos, muito importante porque o UCEM se refere muito a ele, é o de santidade. O que é ser santo para mim? É viver uma vida extremamente limitada, porque toda minha atenção está voltada ao cuidado para não fazer nada que possa ser considerado "pecado"? É viver e agir no mundo motivado pelo desejo de ser visto pelos outros e pelo mundo inteiro com aquela auréola com que os "santos" nos foram apresentados desde nossa mais tenra idade? Ou será assumir e aceitar minha própria santidade de Filho de Deus, aceitando por inteiro o que sou?

A santidade a que o Curso se refere, mais do que com o conceito que fazemos dela, tem a ver com o que Roberto Crema fala no livro Normose - A Patologa da Normalidade, referindo-se a afirmação de Teresa d'Ávila "de que a santidade não é um privilégio de poucos; é uma responsabilidade de todos nós. Ser santo é ser inteiro, é ser simples, é ser transparente. É ser tudo aquilo que realmente somos. É uma conquista do processo de individuação, da travessia das sombras rumo ao ser, processo que jamais termina e que começa com o primeiro passo neste labirinto de nós mesmos".

Não será, pois, a manutenção destes conceitos equivocados a responsável pela confusão que fazemos entre dor e alegria, que a leitura do texto nos apresentou ontem? Não será, pois, a confusão que fazemos acerca de nós mesmos, considerando-nos pecadores e separados uns dos outros, o que nos impede de perceber e aceitar a Vontade de Deus como sendo nossa própria vontade. Jesus disse: "Sede santos, assim como vosso Pai é Santo". E nós entendemos que é preciso um grande sacrifício para se alcançar um estado a que denominamos "santidade", quando tudo o que é preciso entender é que o que ele nos recomendou é que sejamos nós mesmos, tal qual somos, por sermos filhos do Pai, Que É Santo, e Que estendeu Sua Santidade a cada um e a todos nós por igual. Só isso pode nos devolver a alegria e nos deixar em paz de forma duradoura.

Para tanto, vamos à ideia de hoje e às práticas. Isso pode, sim, nos auxiliar a entender, e a estender, a santidade, nossa herança de filhos e nos devolver a paz e a segurança que estão sempre conosco, porque Deus vai conosco aonde quer que vamos. A lição se apresenta, então, da seguinte forma:

Tua paz está comigo, Pai. Estou salvo.

1. Tua paz me envolve, Pai. Aonde eu for, Tua paz vai comigo. Ela derrama sua luz sobre todos que encontro. Eu a levo aos abandonados e solitários, e aos que têm medo. Eu ofereço Tua paz àqueles que sentem dor, ou se afligem pela perda, ou que pensam estar privados de esperança e de felicidade. Envia-os a mim, meu Pai. Deixa-me carregar Tua paz comigo. Pois quero salvar Teu Filho, como é Tua Vontade, para poder chegar a reconhecer meu Ser.

2. E assim vamos em paz. Damos ao mundo inteiro a mensagem que recebemos. E, desse modo, viemos para ouvir a Voz por Deus, Que nos fala enquanto anunciamos Seu Verbo, Cujo Amor reconhecemos porque compartilhamos o Verbo que Ele nos deu.

2 comentários:

  1. Realmente, isto está ficando cada dia melhor!!!
    Seguindo com a prática das lições...
    OBRIGADUUUU!!!
    Bjs

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  2. Oi Moisa, queria pedir realmente Paz para o mundo, para nos mesmos, para nossos queridos.. enfim, que a PAZ esteja entre nos, conosco hj e sempre!
    Um Beijo, Cris

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