sábado, 19 de setembro de 2009

Abandonar o julgamento e achar a paz

Neste 19 de setembro, a lição 262, nos convida a esquecer o(s) julgamento(s) em todas as suas formas, para experimentar, ainda que por breves instantes, a paz e a alegria que pode nos dar a unidade. Para afastar a ideia da separação de que falamos ontem. Para afastar de uma vez por todas a ideia de que somos um corpo e de que ele nos separa uns dos outros. Isso só pode acontecer no tempo, que também é uma parte da grande ilusão deste mundo.

Assim, antes de entrar, de fato, na ideia para as práticas de hoje, gostaria de compartilhar com vocês dois pedacinhos da fala de Guimarães Rosa, pelo jagunço Riobaldo que, refletindo a respeito de suas experiências no tempo, diz: 'Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente data". Isto é o mesmo que dizer que o tempo é uma ilusão e que, na verdade, não existe.

Noutra de suas falas ele diz: "eu queria decifrar as coisas que são importantes... Queria entender do medo e da coragem, e da gã que empurra a gente para fazer tantos atos, dar corpo ao suceder. O que induz a gente para más ações estranhas, é que a gente está pertinho do que é nosso, por direito, e não sabe, não sabe, não sabe!" Ou seja, em nosso(s) julgamento(s) ou em nossa(s) interpretação(ões) de tudo e de todas as coisas que aparentemente nos acontecem, muitas vezes pensamos não ter controle de nossas ações, de nossos pensamentos. Porque não temos - e nem buscamos ter - consciência de que o que é nosso por direito está pertinho, muito pertinho, muito mais pertinho do que podemos imaginar.

Por isso é que exercitamos hoje deixar de lado o julgamento, escolhemos buscar não ver diferenças, que separam. Do seguinte modo:

Que eu não perceba nenhuma diferença hoje.

1. Pai, Tu tens um único Filho. E é para ele que quero olhar hoje. Ele é Tua única criação. Por que eu deveria perceber mil formas naquilo que continua a ser um só? Por que eu deveria dar mil nomes a ele quando um só é suficiente? Pois eu Filho tem de levar Teu Nome, porque Tu o criaste. Que eu não o veja como um estranho para seu Pai, nem como um estramos para mim mesmo. Pois ele é parte de mim e eu dele, e nós, unidos eternamente em Teu Amor, somos parte de Ti Que és nossa Fonte; o Filho santo de Deus eternamente.

2. Nós, que somos um só, queremos reconhecer a verdadea respeito de nós mesmos neste dia. Queremos ir para casa e descansar na unidade. Pois a paz está lá e não pode ser buscada e encontrada em nenhum outro lugar.

Um comentário: