terça-feira, 22 de setembro de 2009

Para ver a realidade além das formas

"Perceber verdadeiramente é estar ciente de toda a realidade pela consciência de tua própria [realidade]. Mas, para isso [acontecer], nenhuma ilusão pode ser tornar visível a tua vista, pois a realidade não deixa nenhum espaço para qualquer erro."

" Tu consideras "natural" utilizar tua experiência passada como ponto de referência a partir do qual julgar o presente. No entanto, isso não é natural porque é ilusório [enganador, falso]."

"O tempo tanto pode libertar quanto aprisionar, dependendo de quem é a interpretação dele que usas. Passado, presente e futuro não são contínuos, a menos que tu lhes imponhas continuidade. Podes percebê-los como contínuos e os tornar contínuos para ti. Mas não te deixes enganar, para então acreditares que é assim que é. Pois acreditar que a realidade é aquilo que queres que ela seja, de acordo com teu uso para ela, é ilusório [é delírio]."

Os textos acima foram extraídos do capítulo 13 do UCEM, O MUNDO SEM CULPA. Para ser mais específico, de seu sexto subtítulo: Encontrar o presente. E eu os estou citando como introdução à lição 265, deste dia 22 de setembro, para lhes oferecer uma oportunidade de reflexão a respeito da forma pela qual olhamos para o mundo, e para o que pensamos ser a "realidade". Para que lhes seja mais fácil entender e praticar a ideia que o ensinamento nos oferece hoje. E também para lembrar que nesta segunda parte do Livro de Exercícios estamos caminhando na direção da "aquisição de percepção verdadeira".

A ideia para nossas práticas de hoje convida a ver a realidade da criação, isto é, a ver a benignidade que existe em tudo aquilo onde pousa nosso olhar, isto é, aquilo que só podemos ver quando temos consciência de nossa própria realidade. Mas, para isso, mais do que apenas olhar com os olhos do corpo, é preciso que busquemos ver com nosso ser inteiro, que é mais do que só o corpo. E ver mais do que o que as ilusões das formas nos mostram.

Uma pequena observação. Traduzi gentleness, do texto original, por benignidade, por acreditar que a palavra benignidade [mais do que gentileza, conforme a versão da Lillian] exprime melhor aquilo que a lição e o ensinamento dizem que precisamos ver como realidade neste mundo que criamos e construímos com nossos pensamentos. Mas, como já disse outras vezes, isso não modifica em nada a eficácia das práticas. Fiquem à vontade, por favor, para continuar utilizando a forma que aparece no texto traduzido.

Nossa lição fica, então, assim:

A benignidade da criação é tudo o que vejo.

1. De fato, eu compreendo mal o mundo, porque depositei sobre ele meus pecados e os vi olhando de volta para mim. Quão ameaçadores me pareceram! E quão enganado estive ao pensar que aquilo que eu temia estava no mundo, e não apenas em minha cabeça. Hoje, vejo o mundo na benignidade celestial com a qual a criação brilha. Não há nenhum medo nela. Que nenhuma ocorrência de meus pecados esconda a luz do Céu que brilha sobre o mundo. O que se reflete aí está na Mente de Deus. As imagens que vejo refletem meus pensamentos. No entanto, minha mente está em unidade com A de Deus. E, por isso, posso perceber a benignidade da criação.

2. Em paz, quero olhar para o mundo, que só reflete Teus Pensamentos, e também os meus. Que eu me lembre de que eles são os mesmos, e verei a benignidade da criação.

2 comentários:

  1. Olá, estou de "molho" com alergia, mas praticando. Lindo texto!
    Pena que tive de faltar ao encontro do grupo,mas estarei firma na próxima terça.
    Bjs
    PS: Li o de ontem, muito bom, só não consegui comentar.

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  2. Na minha realidade ainda existe medo, mas o bom é que eu já não tenho medo do medo....a figura deste medo vai se desmontando pouco a pouco...e a libertação é o próximo passo....Obrigada....

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