domingo, 7 de junho de 2009

Para ver com os olhos de Cristo

A ideia central da lição 158, deste dia 7 de junho, diz: Hoje aprendo a dar como recebo. Fazemos isso dedicando, como nos últimos dias, o maior tempo possível à prática com a ideia que o Curso nos oferece, sabendo que recebemos o conhecimento de que somos - cada um de nós é - uma, e apenas uma, mente na Mente, que somos eternamente inocentes, e que não precisamos nunca ter medo porque criados no Amor. Aprendemos ainda que jamais deixamos nossa Fonte e que continuamos a ser exatamente como fomos criados.

Isto tudo é parte do conhecimento que não podemos perder. Recebemos tudo isto, porque nenhum de nós que anda pelo mundo "deixou de recebê-lo". No entanto, não é este conhecimento que damos, pois este é o que a criação nos deu. O que temos de aprender a dar hoje é a visão, que, diferentemente da experiência, pode ser compartilhada diretamente.

O Curso nos diz hoje que "a revelação de que o Pai e o Filho são um só virá a todas as mentes a seu tempo" e que "esse tempo é determinado pela própria mente, não é ensinado". Já está estabelecido e parece ser bastante arbitrário. Porém, não damos um passo sequer, ao longo da estrada que trilhamos. por acaso. Uma vez que "o tempo apenas parece ir em uma direção. Nós apenas empreendemos uma jornada que já acabou [se é que alguma vez começou]. Todavia, ela parece ter um futuro ainda desconhecido para nós".

E mais: que "o tempo é um truque, um passe de mágica, uma enorme ilusão na qual corpos vêm e vão como que por magia. Entretanto, por trás das aparências, há um plano que não muda. O roteiro está escrito. Pois nós só vemos a jornada a partir do ponto em que ela terminou, olhando para ela em retrospectiva, imaginando que a fazemos mais uma vez, revisando mentalmente o que passou".

Importa aprendermos que "um professor não dá experiência, porque não a aprendeu. Ela se revelou a ele no momento indicado", mas ele pode oferecer diretamente a visão de que "o conhecimento de Cristo não está perdido, porque Ele tem uma visão que pode dar a qualquer um que pedir". E é isso que nos interessa: "a visão de Cristo", que "podemos alcançar". Uma visão que obedece a uma única lei. "Ela não olha para um corpo e o confunde com o Filho que Deus criou. Ela percebe uma luz além do corpo, uma ideia além daquilo que pode ser tocado, uma pureza não maculada por erros, por equívocos lamentáveis e por pensamentos assustadores de culpa advindos dos sonhos de pecado. Ela não vê nenhuma separação. E olha para todos em todas as circunstâncias, ocorrências e acontecimentos sem perceber a mais leve diminuição da luz que vê".

E isto se pode ensinar a todos que queiram alcançá-lo. Basta que reconheçamos que "o mundo não pode dar nada que nem mesmo de longe se compare a isto em valor, nem estabelecer uma meta que não desapareça simplesmente quando se perceber isto". E, hoje, é isto que aprendemos a dar: não perceber ninguém como um corpo, mas a ver cada pessoa como o Filho de Deus que ela é. Uma lição que é fácil de aprender, se nos lembrarmos de que só vemos a nós mesmos no(s) outro(s). Nossa prática hoje, pois, é ver com os olhos de Cristo, para que, pelas dádivas que oferecemos, também sejamos vistos a partir da visão d'Ele.

Um comentário:

  1. Uma grande lição de humildade, a humildade de nos sabermos seres únicos, especiais, mas tão iguais a todos os outros, todos Filhos de Deus, amados de igual modo. Será assim? Eu creio!

    ResponderExcluir