quarta-feira, 10 de junho de 2009

O amor não precisa de símbolos

A prática da ideia da lição 161, para este dia 10 de junho, será feita de modo um pouco diferente da costumeira, no intuito de nos ajudar a tomar "uma posição firme contra nossa raiva, a fim de que nosso medos possam desaparecer e ceder espaço ao amor". O pensamento central que o Curso nos oferece neste dia é: Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus. Estas palavras simples trazem a salvação consigo. Pois são a resposta à tentação do julgamento. Uma resposta que "não pode nunca deixar de acolher o Cristo no lugar em que medo e raiva predominavam antes".

O exercício de hoje diz que "a condição intrínseca da mente é a abstração total", mas que aqui, neste mundo, "uma parte dela agora é anormal", porque "não olha para tudo como um só. Ao contrário, ela só vê fragmentos do todo", uma vez que só desta forma pode inventar o mundo parcial que vemos. Diz ainda que "a finalidade de todo o ver é te mostrar o que queres ver", da mesma forma que "toda a audição só traz a tua mente os sons que ela quer ouvir".

Lembram de que falamos a respeito disto ontem à noite, durante o encontro para a leitura do UCEM? Pois foi a partir disto que os detalhes foram criados e "agora são os detalhes que temos de usar para a prática". Precisamos dá-los "ao Espírito Santo, para que Ele possa empregá-los para uma finalidade diferente daquela que damos a eles. Mas Ele só pode usar o que fizemos, para nos ensinar a partir de um ponto de vista diferente, de forma tal que possamos ver uma utilidade diferente para todas as coisas".

É preciso que aprendamos, com a lição de hoje, que "um irmão é todos os irmãos" e que "cada mente contém todas as mentes, pois todas as mentes são a mesma. Esta é a verdade". Também precisamos aprender que "corpos são apenas símbolos para uma forma concreta de medo" e que "o medo sem símbolos não pede nenhuma reação, pois os símbolos [só] podem apoiar aquilo que não tem sentido". E mais que "o amor, por ser verdadeiro, não precisa de nenhum símbolo. Mas o medo, por ser falso, se apega aos detalhes".

Só os corpos podem atacar. Por isso, podem se tornar símbolos de medo facilmente. E, quando olhamos para um irmão apenas como um corpo, é isso que vemos: um símbolo do medo. É isso que nos leva a atacá-lo porque vemos nele, fora de nós mesmos, nosso próprio medo. Por isso nossa prática hoje vai se dar de um modo que já experimentamos anteriormente. Agora, porém, que já estamos mais próximos da prontidão, podemos ser bem-sucedidos, se nos mantivermos firmes na intenção de alcançar a visão de Cristo.

Para isso vamos escolher um irmão, que simbolizará todos, e vamos lhe pedir a salvação. Vamos, primeiro, vê-lo da forma mais clara que pudermos, aquela à qual estamos acostumados. Vamos ver seu rosto, suas mãos e pés, sua roupa. Vamos observá-lo sorrir e perceber gestos familiares que ele costuma fazer com frequência. Em seguida, vamos pensar que o que vemos agora esconde de nós a visão de alguém que pode perdoar todos os nossos pecados, alguém cujas mãos sagradas podem arrancar todos os cravos que trespassam as nossas e erguer a coroa de espinhos que colocamos em nossa cabeça ensaguentada. E agora, sim, vamos lhe pedir:

Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus. Quero te ver com os olhos de Cristo e perceber em ti minha inocência perfeita.

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