quarta-feira, 17 de junho de 2009

Aceitar e oferecer a graça

A lição 168, deste dia 17 de junho, lembra a cada um de nós o seguinte: Tua graça me é dada. Eu a reivindico agora. Ao mesmo tempo, ela começa afirmando que "Deus fala conosco". Pode-se dizer mesmo que Ele fala conosco o tempo inteiro. Nós é que a maior parte do tempo não Lhe damos ouvidos. Em seguida, após a afirmação, o exercício traz a pergunta: "Nós não falaremos com Ele?"

É claro que Ele não está distante de nenhum de nós e nem faz qualquer tentativa de Se esconder. O contrário é que é verdadeiro, a partir da crença na separação. Nós é que tentamos nos esconder d'Ele. Na verdade toda a ilusão de mundo que criamos se deve principalmente a esta tentativa equivocada e sem sentido. E que pode ser claramente desmascarada se nos perguntarmos honestamente o quanto daquilo que somos de verdade transparece na vida que levamos. Quanto daquilo que vivo é reflexo daquilo que verdadeiramente sou? Quanto daquilo que faço reflete e estende o Amor de Deus, que me criou?

Nossa prática de hoje se destina a aprendermos de uma vez por todas que Deus ama Seu Filho. E nós somos o Seu Filho. Todos e cada um de nós. E não existe nenhuma certeza a não ser esta, a de que Ele nos ama - a todos e a cada um, pois, na verdade, somos todo um, n'Ele, por Ele e com Ele. E esta é uma certeza que basta para pôr fim a toda a ilusão que criamos. Uma certeza que torna impossível tanto a esperança quanto o desespero. Pois tal certeza satisfaz toda esperança para todo o sempre. E qualquer forma de desespero passa a ser impensável. Ou, lembrando-nos de uma das frases da Bíblia, "se Deus é por nós, quem poderá ser contra nós"?

É incrível como tudo muda quando escolhemos olhar de modo diferente para o mundo, não é mesmo? Ou alguém ainda não experimentou isso? E em nosso encontro de ontem à noite eu dizia que o texto que lemos tinha tudo a ver com a lição de ontem e, vejo agora, que também tem a ver com a de hoje. Pois trata da graça que Deus nos dá a todos. E a leitura de ontem nos aconselhava a deixar de olhar para o outro e vê-lo apenas um corpo, o que denominava de falta de fé. Enquanto fé é exatamente olhar para o outro e não ver o corpo, curando-o, libertando-o para sempre de todos os limites e exigências do ego, entregando-o ao Espírito Santo, devolvendo-o à unidade de que todos somos parte.

Noutro trecho que não chegamos a comentar, o texto diz que não é o corpo que recebe a graça. É a mente. E, ao recebê-la, ela "olha de imediato para além do corpo e percebe o lugar sagrado onde ela foi curada". E é isso que precisamos aprender a oferecer a todos os que fazem parte de nosso mundo e ao mundo inteiro: graças e bênçãos, para que todos sejamos curados juntos pela graça e para podermos curar por meio de nossa fé.

E é isso que pedimos em nossa prática hoje. A dádiva que Deus tem guardada para cada um de nós. E para todos. A graça que nos desperta para aquilo que verdadeiramente somos e nos permite escolher co-criar com Deus, aceitando Sua Vontade como a nossa, libertando o mundo de tudo aquilo que pensávamos que ele fosse. Nossa prática hoje torna santo este novo dia, ao recebermos o que Deus nos oferece. Mas mais importante é saber, aprender, que "nossa fé está no Doador, não em nossa aceitação". Por isso praticamos em forma de oração mais uma vez, dizendo, tantas vezes quantas pudermos, tantas vezes quantas lembrarmos:

Tua graça me é dada. Eu a peço agora. Pai, venho a Ti. E Tu virás a mim, que peço. Eu sou o Filho que Tu amas.

Um comentário:

  1. Oi Mouss
    Lindo texto!
    Ele já uma grande dádiva! Obrigada!
    O encontro de ontem foi maravilhoso. Para mim recarregou a bateria até o próximo.
    Bjs

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