quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Reconhecendo nossos "conselheiros visíveis"

LIÇÃO 266

Meu Ser sagrado vive em ti, Filho de Deus.

1. Pai, Tu me deste todos os Teus Filhos para serem meus salvadores, meus conselheiros visíveis; os portadores da Tua Voz santa para mim. Tu estás refletido neles e, neles, Cristo olha para mim desde o meu Ser. Que Teu Filho não se esqueça de Teu Nome santo. Que Teu Filho não se esqueça de sua Fonte santa. Que Teu Filho não se esqueça de que o Nome dele é o Teu.

2. Neste dia entramos no Paraíso, invocando o Nome de Deus e nosso próprio nome, reconhecendo nosso Ser em cada um de nós; unidos no Amor santo de Deus. Quantos salvadores Deus nos deu! Como podemos perde o caminho para Ele, quando Ele enche o mundo com aqueles que O indicam e nos dá a visão para olhar para eles?

*

COMENTÁRIO:

Não há nada a temer [Lição 48]. Nestes tempos aparentemente conturbados que vivemos, em que todos - ou a maioria deles - os veículos de comunicação escolheram nos contar quase que apenas aquelas notícias que confirmam a ideia de - e reforçam a crença na - separação, e nos aconselham a ter medo até do vizinho ao lado, precisamos recorrer com frequência a esta lição. Ela figura, em meu modo de ver, entre as mais importantes no que se diz respeito à meta da primeira parte do livro de exercícios: o desaprender daquilo que o mundo nos ensina.

Há uma espécie de sintonia - e não poderia ser diferente - entre a ideia da lição 48 e esta que praticamos nesta quinta, 23 de setembro. Pois, se prestamos atenção, perceberemos que, de fato, não há razão alguma para temermos nenhuma das pessoas que povoam este nosso mundo. A ideia de hoje nos ensina a olhar para todos como nossos salvadores. Todos têm a função de nossos "conselheiros visíveis". Seja qual for a forma com que se apresentam. Seja qual for a mensagem que nos trazem.

Se olharmos bem para cada uma das pessoas que se apresenta em nossa vida, seremos capazes de identificar nela o Filho de Deus, a menos que estejamos nos sentindo separados d'Ele, o que significa que não estamos experimentando o Ser em nós mesmos, que estamos distraídos de nós mesmos.

E, desculpem-me, mas não há como não voltar às falas de Riobaldo. Ouçam o que ele diz:

"Pensar mal é fácil, porque esta vida é embrejada. A gente vive, eu acho, é mesmo para se desiludir e desmisturar. A senvergonhice reina, tão leve e leve pertencidamente, que por primeiro não se crê no sincero sem maldade."

Não é mesmo o caso de se praticar com mais afinco? 

5 comentários:

  1. O que eu ainda tenho que aprender!

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  2. Olá a todos,

    Vou abrir a seção comentários para dar as boas vindas a Suzana, que se junto a nós ontem. Como de praxe, Suzana, bem-vinda! Espero que você fique à vontade para comentar, contribuir, colaborar, criticar e para dividir conosco sua experiência e aprendizado, sempre que achar necessário.

    Também dou as boas-vinda e reforço o convite para comentar, contribuir, colaborar e tudo o mais a um(a) outro(a) seguidor(a) do blogue que não tenho como identificar uma vez que a foto não aparece. Talvez seja alguém que aparece como Paps, mas não posso ter certeza, a menos que a pessoa se manifeste.

    De qualquer sorte, sempre ficamos todos muito felizes com a adesão de novas pessoas que nos permitam identificar aspectos não tão conhecidos de nós mesmos ao longo da caminhada.

    Obrigado a todos.

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  3. Oops... eu pensei que abria a seção e a querida Welwitschia se adiantou a mim.

    Olá, querida... tudo bem como você?

    É um prazer ver que você ainda está conosco.

    É bem verdade o que você diz... O quanto ainda temos para aprender! Mas, talvez, aprendendo a desaprender os modos e maneiras do mundo fique mais fácil lembrar do que somos na unidade. Você não acha?

    Obrigado por compartilhar.

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  4. Você diz: “Todos têm a função de nossos “conselheiros visíveis” seja qual for a FORMA com que se apresentam...”.

    Eu digo: é na FORMA que mora o perigo para mim. A beleza das formas me enche de alegria e vigor; óbvio que, na sua contra mão, eu fico totalmente vulnerável... É a FORMA que é a minha “casca de banana”. É pela FORMA que mais eu corro o risco de me cegar.

    Você pergunta: “Não é mesmo o caso de se praticar com mais afinco?” e eu respondo: SIM! SIM! SIM! Oh, YES!

    Ontem, conforme deixei registrado aqui, fui para a rua cheia de amor e tive mesmo que ter muito afianço para não transformar a carruagem em abóbora.Morando numa cidade de muitos contrastes, usei um transporte coletivo para me deslocar da zona sul à zona norte, passando pelo centro, num caminho de ida e volta. Nesse longo percurso, em diferentes horários, houve uma grande variação dos outros passageiros.

    Aconteceram momentos de o transporte ficar superlotado, com quase 80% das pessoas falando nos seus telefones celulares, sobre os mais diversos assuntos e em tons de voz que chegavam até aos muito altos, com estudantes adolescentes exibindo, como troféus a serem admirados e reconhecidos pelos demais, todas as suas necessidades inconscientes e, ainda, chegavam os agregados vendedores de balas e guloseimas que, aos berros, apresentavam a sua boa sugestão de compras para a viagem ficar mais “doce”. Aparentemente, um “sufoco”!

    Estive à beira de abrir mão do AFINCO. Mas, embora o movimento à minha volta, me mantive alinhada em reflexões incessantes e profundamente respiradas das Lições 264 (Eu estou cercada pelo Amor de Deus) e 265 (Eu só vejo a gentileza da criação), buscando Ver todos e tudo de uma maneira INÈDITA: não como uma releitura dos meus comprometidos e equivocados significados intelectuais, mas pela oportunidade de treinar os meus momentos santos até que eles, de tão bem aprendidos, possam me levar à PAZ que eu tanto ambiciono desfrutar.

    Você, Moises, já tem muito a ver com essa minha atitude. Obrigada!

    Ontem, Eu ganhei de mim. E vou repetir: você e todos daqui estavam na minha companhia, comemorando comigo, quando eu, antes de entrar em casa, sentei num banco da calçada, na rua, e fui tomar um delicioso sorvete de limão (que eu adoro) porque eu estava feliz e grata com a minha escolha e queria celebrar.

    TIN! TIN!
    Marilia

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  5. Hello, Marilia... join the club. Bem-vinda ao clube, querida.

    É claro que "o perigo" mora é na forma,e não só para você, pois é só ela que nos permite perceber-nos separados. E haja prática para se relevar o "belo" e o "feio", vendo-os apenas como sugestões do nosso próprio interior. E para tentar aprender a vê-los como partes complementares de uma unidade indivisível.

    É este o trabalho. É nesta direção que nossos esforços têm de se encaminhar. E o Curso, em seu sexto capítulo, AS LIÇÕES DO AMOR, no subtítulo V. As lições do Espírito Santo, letra C, nos convida: Sê vigilante só em favor de Deus e de Seu Reino, o último de três passos, que de acordo com o texto, "é uma declaração do que queres acreditar e pressupõe uma disposição para abandonar todo o resto".

    Diz ainda que a vigilância é o sinal de que queremos e aceitamos que o Espírito Santo nos guie, afirmando que "a vigilância, de fato, requer esforço, mas só até aprenderes que o esforço em si é desnecessário. Tu despendeste grande esforço para conservar o que fizeste [o sistema de pensamento do ego, em que acreditamos] porque não era verdadeiro. Por isso, agora, tens de voltar teus esforço contra isso. Só isto pode cancelar a necessidade de esforço e invocar a ajuda do ser que ao mesmo tempo tens e és. Este reconhecimento é totalmente sem esforço uma vez que ele já é verdadeiro e não precisa de nenhuma proteção. Ele está na perfeita segurança de Deus. Por isso, a inclusão é total e a criação não tem limite".

    Que maravilha seu relato de sua experiência. A gente quase pode acompanhar seu itinerário, com o entra e sai de gente da condução, e ver as pessoas dominadas pela necessidade do uso de celulares, conforme você descreve. Quase se pode ouvir estas conversas tão comuns em quase todos os lugares públicos nestes dias.

    E, novamente, obrigado por suas palavras. Eu, sim, é que tenho de agradecer por estar cercado de gente como você a enriquecer todos os dias minha experiência neste mundo.

    Gostou da fala do Riobaldo? Como eu disse não tinha como não voltar a ele.

    Obrigado por sua presença e contribuição.

    TIN! TIN!

    Paz e bem!

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