LIÇÃO 258
Que eu me lembre de que minha meta é Deus.
1. Tudo o que precisamos é treinar nossas mentes para não verem todos os objetivos mesquinhos e insignificantes e para lembrarem que nossa meta é Deus. A lembrança d'Ele está escondida em nossas mentes, oculta apenas por nossos objetívos mesquinhos e inúteis, que não oferecem nada e que não existem. Devemos continuar a permitir que a graça de Deus brilhe na inconsciência, enquanto buscamos as bugigangas e ninharias eo mundo em seu lugar? Deus é nossa única meta, nosso único Amor. Não temos nenhum objetivo a não ser lembrar d'Ele.
2. Nossa meta é apenas seguir nos caminho que conduz a Ti. Não temos nenhuma meta a não ser esta. O que poderíamos querer senão lembrar de Ti? O que poderíamos buscar a não ser nossa Identidade?
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COMENTÁRIO:
Vocês ainda estão lembrados de que a nova instrução, para as práticas diárias deste período, pede que demos, ao menos, uma passada de olhos no tema central que unífica as lições que praticamos [O que é o pecado?] antes do trabalho com a ideia de cada dia, não?
Bem a propósito da ideia de hoje vem uma das falas do jagunço Riobaldo, no romance Grande Sertão: Veredas, em que ele diz:
"... Moço! Deus é paciência. O contrário, é o diabo. Se gasteja. O senhor rela faca em faca - e afia - que se raspam. Até as pedras do fundo, uma dá na outra, vão-se arredondinhando lisas, que o riachinho rola. Por enquanto, que eu penso, tudo quanto há neste mundo é porque se merece e carece. Antesmente preciso. Deus não se comparece com refe, não arrocha o regulamento. Pra que? Deixa: bobo com bobo - um dia algum estala e aprende: esperta. Só que, às vezes, por mais auxiliar, Deus espalha, no meio, um pingado de pimenta..."
Não lhes parece, pois, uma loucura [um pecado?] escolhermos permanecer inconscientes da perfeição, da beleza, do amor e da alegria subjacentes às formas todas que criamos em nossa ilusão de onipotência egóica?
Será que, lembrando-nos do comentário feito à lição de segunda, não está na hora de refletirmos a respeito do que é a maioria de nossas ideias? Serão elas única e inteiramente o resultado do pensamento divino? [Lembram da lição 45? lá no início do livro de exercícios: Deus é a mente com a qual eu penso.] Ou ainda estamos, cegos pelos sentidos, reforçando a crença em uma separação que não existe e buscando metas que não podemos alcançar nunca?
Na verdade, alcançar a meta que a lição nos propõe não é difícil, se pensarmos no que o próprio Curso nos diz na lição 41: Deus vai comigo aonde eu for. Lá aprendemos que: "É bem possível alcançar Deus. De fato, é muito fácil, porque é a coisa mais natural no mundo. Poderias até dizer que é a única coisa natural no mundo. O caminho se abrirá, se acreditares que é possível".
Acreditamos?
Para não estender demais este comentário, quero lhes pedir para lembrarem daquilo que praticamos em uma lição bem recente, a de número 253, que nos assegura que: "Mesmo neste mundo, sou eu que governo meu destino. Aquilo que eu desejo é o que acontece. O que não acontece é aquilo que eu não quero que aconteça".
Marília, querida, caros, caras, (1)
ResponderExcluirEspero que mais esta tentativa de sugerir alguma resposta a suas questões sirva também para suscitar novas questões e esclarecer os pontos aparentemente nebulosos ao entendimento. Lembrando sempre que todas as aparentes dificuldades que enfrentamos são apenas estratégias do ego para nos confundir e não nos deixar perceber o óbvio.
Não se assustem, por favor, se este comentário der a impressão de ser longo demais. É que há que pensar em muitas formas diferentes de esclarecer os vários pontos, de modo que as dúvidas, de verdade, se dissipem.
Vou começar, desta vez, por onde, acho, devia ter começado antes. E talvez isto baste para alguna. Talvez não.
O UCEM diz, aproveitando um dito que está também na Bíblia: "Todas as coisas cooperam para o bem". Sempre. Em quaisquer circunstâncias.
Assim, se olharmos para o mundo a partir desta informação, tudo o que vamos ver, na verdade, são pessoas, fatos, situações, acontecimentos e movimentos se desenvolvendo para realizar o plano de Deus para a salvação. Não importa o que virmos.
Voltado mais uma vez a suas questões, acho que entendi, sim, a que você se refere. Eu talvez não tenha sido suficientemente claro em minha tentativa ou sugestão de resposta.
Em seu primeiro ponto - a retificação do "lesivo" por "eu me sinto lesada" - é preciso que fique bem entendido que não só somos inteiramente responsáveis por nossas interpretações como também por absolutamente tudo o que decorre delas. Isto é, somos permanentemente responsáveis por todas as nossas experiências, por todas as situações e acontecimentos com que nos defrontamos pessoalmente. E também por tudo quanto acontece no mundo inteiro.
Quando você se sente "lesada", quem é que sente? É o Ser Perfeito em você ou o ego, a ilusão de você separada, que a fez por instantes rejeitar o divino em si e no pretenso responsável pela ação que a levou a se sentir "lesada"?
...Continua
... continuação (2)
ResponderExcluirNão há necessidade de comentário quanto aos pontos dois e três. Quanto ao quarto, e é aí que mora a dúvida, não?, basta que nos lembremos de que tanto "bondade" quanto "maldade" são rótulos, julgamentos, da linguagem utilizada pelo sistema de pensamento do ego, que não têm significado em si mesmos.
Vejamos: quando alguém se apresenta para dar corpo a um personagem cujo papel é praticar uma "maldade", o ato, ou ação, dele ou dela não muda em nada se o apelidarmos de "bondade".
A ação é sempre neutra. O mundo - e todas as coisas nele - é neutro. O que pode mudar - e muda a partir do ponto de referência ou do sistema de crença que utilizarmos para olhar - é apenas nossa forma de interpretar o ato, a ação, o mundo e as coisas do mundo.
Continuando, é claro que o ego em cada um de nós não quer reconhecer que todas as experiências são escolhas que fazemos - consciente ou inconscientemente. Isso deixaria patente que ele é o inimigo. Aliás, em uma postagem do ano passado me referi a um autor de uma charge relacionada à guerra que dizia: "Descobrimos o inimigo, ele é nós".
O Curso, e outros ensinamentos milenares semelhantes, afirma: "não há nada fora de ti". Apesar de muitas vezes pensarmos que as coisas seriam mais fáceis se tivéssemos alguém a quem atribuir parte da responsabilidade, se não toda, por aquilo que vivemos. Em geral, procuramos um culpado. Isto é decorrência direta da crença na separação.
Quanto aos mistérios, todos eles, sejam quais forem, e isto é meu modo de ver, são sempre frutos de nossa própria "inconsciência", ou falta de consciência, no sentido de que, às vezes, influenciados pelo ego, somos tentados a uma espécie de "preguiça" de buscar a consciência, de buscar o auto-conhecimento. Para quê? É como se o ego nos aconselhasse: - Deixa isso prá lá, não há necessidade de tal esforço. É inútil. Acomoda-te. Relaxa.
... continua
... continuação (3)
ResponderExcluirNo entanto, a bem da verdade, isto que parece um esforço só parece enquanto ainda ouvimos o ego. Depois, à medida que avançamos e passamos a experimentar a paz e a alegria que advêm da consciência de que não somos apenas corpos e de que não somos vítimas do mundo ou do que quer que seja, o esforço deixa de ser esforço. Passa a ser nossa nova forma de viver.
Todo o esforço que o ego faz é sempre no sentido de nos levar ao conflito, que é o que o sustenta e reforça. Tudo o que ele quer é afastar de nós o desejo de nos conhecermos e de, como resultado disto, chegarmos a conhecer Deus.
Daí o Curso afirmar com todas as letras: "o ego não é teu amigo". E mais: "... embora encoraje ativamente a busca do amor (...) o ego não é capaz de amar".
Num texto que lemos ontem no encontro de um dos grupos de estudos de UCEM aqui [A alternativa para a projeção], o ensinamento assegura que a projeção, o mecanismo de que o ego se vale para defender a ideia ou a crença na separação ou dissociação, sempre vai nos ferir.
E a resposta a suas perguntas a respeito do medo e do desejo é SIM! Medo é desejo em razão de ele "roubar" de nossa mente distraída a energia que poderíamos utilizar para ouvir a Voz por Deus em nós, e dirigí-la para o julgamento e para a projeção, e, por consequência, para reforçar em nós a ideia da separação.
Ora, tudo o que somos é energia. É a energia de nossos pensamentos que materializa a experiência que escolhemos viver. Se a escolhemos no medo, provavelmente não vamos gostar do resultado. Mas, se a escolhemos a partir da orientação do divino em nós, com certeza, o que vai se apresentar nos trará paz e alegria.
E, mais uma vez, SIM à vigilância aos pensamentos. A todos os pensamentos que nos afastem da alegria e da paz. Se você voltar sua atenção às lições iniciais, lembrará de que há uma lição importantíssima para o processo de desaprender aquilo que o mundo nos ensina: "Não existem pensamentos neutros."
Isto é, todos os nossos pensamentos, em alguma instância, projetam a ideia de separação do ego ou criam e estendem com Deus.
Finalizando, acho que, ainda em relação a todas estas questões, vale ler com especial atenção todo o Capítulo 6 do livro: AS LIÇÕES DO AMOR, detendo-nos em especial no quinto subtítulo: As lições do Espírito Santo.
Não se preocupe com economia. A abundância é a herança legítima dos Filhos de Deus. E, sim, por favor, considere-se íntima.
Obrigado por trazer estas questões à luz.
Nossa !!! Isto está ficando um "arraso" de tão fantásticco !!!
ResponderExcluirQuero comentar que o nosso encontro de ontem que teve pronta resposta do Esp. Sto. ao meu desconforto em relação a umas bobagens que andaram rolando...(depois de encarado e analisado por uma outra ótica) ficou totalmente resolvido e esquecido. O texto "A alternativa para a projeção" que começa na página 102 do livro texto, foi eu diria, um TORPEDÃO do Esp. Sto. e para reforçar tudo isso ainda temos os maravilhosos comentários de ontem e esta troca de idéias incrível entre o Moisés e a Marília. Por favor não parem e Marília...não economize, por favor.
À Carmen eu digo: Você é 1000000000000000000000, mesmo!
Muito, muito, muito, muito mesmo obrigada a vocês todos.
Bjs
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ResponderExcluirMouss meeeu querido ...
INSPIRADÍSSIMO VC HOJE NÃO ???????
Aspirou o ES. inteiro de uma só vez, foi ?
Que maravilha de texto ...
E agradecer a Marília por ter apresentado esse questionamento, que foi tão inspirador ...
Obrigada ... Obrigada ... Obrigada
E a vc Nina, por todo seu estímulo de sempre ...
E ao próprio ES. por estar auxiliando esse nosso grupo com essa oportunidade tão verdadeira de aprendizado ... nos permitindo crescer e nos estender ... em união e amor ... como tem acontecido ... cada vez mais ...
Muito, muito Grata ....
Milagres e Milagres a todos !!!
Carmen.
Nina, querida, apenas para registrar...
ResponderExcluirObrigado por seu apoio e incentivo. Obrigado por sua constância e por sua disponibilidade.
Obrigado por suas palavras e por comentar.
Carmen, queridíssima,
ResponderExcluirObrigado por suas contribuições sempre tão afinadas com o ensinamento, por você se mostrar sempre disposta a aprender, ampliar e estender o alcance daquilo a que as lições nos convidam.
Parece-me que você já está seguindo o conselho dado por Adélia Prado em livro que li recentemente:
"Pare de pedir, Deus já escutou, dê graças!"
Obrigado.