LIÇÃO 252
O Filho de Deus é minha Identidade.
1. Meu Ser é mais santo do que todos os pensamentos de santidade que concebo agora. Seu cintilar e sua pureza perfeita são muito mais brilhantes do que qualquer luz para a qual já olhei. Seu amor é ilimitado e tem uma intensidade que abarca todas as coisas em si, na calma da certeza imperturbável. Sua força não vem dos impulsos apaixonadso que movem o mundo, mas do Amor infinito do Próprio Deus. Quão mais distante deste mundo meu Ser tem de estar e, não obstante, quão perto de mim e quão próximo de Deus.
2. Pai, Tu conheces minha Identidade verdadeira. Revela-A agora para mim que sou Teu Filho, para que eu possa despertar para a verdade em Ti e saber que o Céu me é devolvido.
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COMENTÁRIO:
Nesta quinta-feira, dia 9 de setembro, vou estender o comentário feito à lição de ontem, em função de a ideia para as práticas de hoje buscar ser - ou ser -, de certa forma, uma tentativa de resposta à pergunta Quem sou eu?, para a qual, de acordo com Ramana Maharshi, não há resposta que o ego possa dar.
Em palavras, porém, para conceituar racional e intelectualmente o que sou, a ideia de que minha Identidade é a de Filho de Deus é a que mais se aproxima da resposta verdadeira, que há de surgir na meditação [ou nas práticas diárias] como um "despertar de uma corrente de consciência vibrante como a própria essência de um ser e, no entanto, impessoal".
É importante, contudo, ter em mente de forma clara que a ideia não é a coisa. Isto é, aquilo que somos, ou aquilo que o Filho de Deus é, nossa Identidade, o próprio Deus, é indizível, inominável. É! É uma experiência que podemos ter apenas sendo, sem tentar descrever, porque indescritível. Ou, como já comentamos antes, "tudo o que se pode dizer a respeito do Tao [ou de Deus] não é o Tao [ou Deus]".
Daí Maharshi dizer que a auto-investigação [o perguntar-se Quem sou eu?, ou a busca do auto-conhecimento do UCEM], tem de ser usada sempre para podermos aprender a nos desprendermos de vinculações e apegos, mesmo vivendo neste mundo. O que não significa dizer "que somente uma atitude desprendida basta, sem uma campanha planejada, pois o ego é sutil e tenaz e se refugiará até mesmo nas próprias ações destinadas a destruí-lo [lembram-se do efeito de se lutar contra alguma coisa?], vangloriando-se de humilhar-se ou gozando entregar-se à austeridade".
E mais, diz ele, "a auto-investigação na atividade diária, a perguntação de quem é aquele a quem os pensamentos ocorrem, é um poderoso plano de campanha. Talvez não pareça assim quando aplicada a um pensamento não-emocional, digamos a opinião de alguém a respeito de um livro ou filme; mas aplicada a um pensamento emocional tem tremenda potência e atinge as próprias raízes das paixões. Alguém foi magoado e se ressente disso... quem foi magoado ou está ressentido? Quem está satisfeito ou acabrunhado ou triunfante? Quando resvalamos para o devaneio ou visualizamos possíveis triunfos, o ego se estufa assim como se esvazia com a meditação [ou as práticas diárias]. Num tal momento requer-se força e vigilância para sacar da espada da vichara (discriminação)* e abrir caminho no emaranhado".
* A palavra "discriminação", na falta de outra melhor, traduz vichara, termo usado por Maharshi, que se refere à pergunta Quem sou eu? como forma de "discriminar", na auto-investigação, quem sente o quê, isto é, que permite questionar se, verdadeiramente, os fatos, situações e acontecimentos por que passamos no dia-a-dia estão sendo experimentados pela "consciência impessoal" ou por um "eu" que não tem consciência do que é.
Quero agradecer aqui aos comentários às postagens das lições anteriores, desde sexta dia 3 até terça, dia 7, o do feriado. Como estive fora e não acessei a internet, não tive como fazê-lo a cada comentário.
ResponderExcluirPor isto aí vai. Primeiro à querida Maria Tereza Venzke que levou meu comentário à lição de sexta, dia 3, para seu blogue, publicando-o com uma imagem linda de S. Francisco. Obrigadão, Maria Tereza, por sua gentileza, por suas palavras e por seu gesto.
No sábado, dia 4, devo agradecer a Marilia pelo lindo comentário e por suas palavras generosas, considerando a ideia de que "tudo o que não é amor é um pedido de amor" uma lição a ser levada para o resto da vida, como forma de limpar os julgamentos e de olhar para o que se apresenta de modo diferente. É isso aí, Marilia. Eu é que agradeço.
No domingo, dia 5, a queridíssima colega mestra, Carmen, nos presenteou com um comentário em forma de poesia, complementando a ideia da lição. 'Brigadão, Carmen.
Na segunda, dia 6, véspera do feriado, Nina nos deu um depoimento particular acerca de suas práticas. Um incentivo a que continuemos a praticar. Obrigadão, Nina.
Por fim, na terça, dia 7, quando me atrasei na postagem, a Duda, lá da Irlanda me diz que sentiu falta da postagem mas a atribuiu a diferença no fuso horário entre o Brasil e a Irlanda. Obrigado, Duda por continuar a comentar, dividindo sua experiência em terras estranhas conosco. E, mais uma vez, a Nina, que também estranhou o atraso, mas o atribuiu ao feriado e a minha viagem. Obrigado de novo, Nina, por sua presença e comentários constantes.
É isso aí. Super obrigado a todos que acompanham e praticam conosco. Isto é um estímulo enorme que me ajuda a enfrentar e vencer a dificuldade que vocês devem imaginar que é manter estas postagens no dia-a-dia.
Paz e bem!
Moisés
ResponderExcluirSaiba que nós é que temos de te agradecer sempre por tamanho empenho, dedicação e DOAÇÃO. Já sabemos que muitos amigos queridos acompanham o blog, mesmo sem fazer comentários. Muitas vezes também não consigo comentar, pois quando vou fazê-lo sou chamada para tratar de algum outro assunto e demoro a voltar ou nem volto ao computador. O importante é que saiba que os teus comentários nos ajudam enormemente a clarear o ensinamento contido na lição do dia e neste caso estou falando em nome de vários colegas queridos e que mesmo que faltemos em algumas postagens, pode saber que estamos firmes, escorregando aqui e ali(nesta parte, falo só por mim, rs...), mas seguindo em frente.
Obrigada por tudo...sempre...
Bjs
PS: Qual é o blog da Maria Tereza?
Obrigadíssimo, Nina.
ResponderExcluirO blogue da Maria Tereza é o Despertando na luz. Acho que se clicares na foto dela lá nos seguidores, deve-se abrir a possibilidade de clicar no link, que leva até ele (ou ela).
Obrigado de novo.