segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Dá mais tempo ao silêncio."

LIÇÃO 256

Deus é a única meta que tenho hoje.

1. Aqui, o caminho para Deus passa pelo perdão. Não há nenhum outro caminho. Se o pecado não tivesse sido nutrido pela mente, que necessidade haveria de se encontrar o caminho para o lugar aonde estás? Quem ainda estaria inseguro? Quem poderia estar em dúvida acerca de quem é? E quem ainda continuaria adormecido em nuvens carregadas de dúvidas acerca da santidade daquele a quem Deus criou inocente? Aqui só podemos sonhar. Mas podemos sonhar que perdoamos aquele em quem todo pecado permanece impossível, e é isto que escolhemos sonhar hoje. Deus é nossa meta; o perdão é o meio pelo qual nossas mentes voltam, enfim, a Ele.

2. E, por isto, Pai nosso, queremos vir a Ti pelo caminho que Tu designaste. Não temos nenhuma meta a não ser ouvir Tua Voz e achar o caminho que Tua Palavra sagrada indica para nós.

*

COMENTÁRIO:

Nesta segunda, dia 13 de setembro, a ideia para as práticas nos convida a assumir um compromisso, a tomar a decisão em favor da única meta que pode dar significado a nossa jornada. Pois a busca do auto-conhecimento, a direção a que o livro propõe nos guiar, não é nada mais nada menos do que a busca de conhecer Deus.

E isto tem a ver com algo que leio no livro Christ in You - Cristo em ti - de escritor anônimo, uma leitura a que me referi no sábado para a lição 254. Isto, a que me refiro, e que lhes ofereço em tradução hoje, é um pequeno trecho que busca levar à reflexão acerca do que é ideia.

Diz assim: "Primeiro, a mente eterna; em segundo lugar, o pensamento; em terceiro lugar e por último, o resultado de ambos é a ideia, aquilo que vai se tornar manifesto no plano externo da existência. (...)

"A ideia de Deus para teu mundo e para ti é a perfeição e nada menos. Há muitos que passam por tua terra ainda presos à ideia falsa de que matéria é substância, o resultado de longas eras de crença nos sentidos. Boas almas, muitas vezes profundamente respeitosas e nobres, eles ainda vivem no plano material; ele é real para eles. Eles gostam de ver seus pensamentos expressos no plano material. Isto é um obstáculo para eles, toda ignorância é, uma vez que não podem se abrir às experiências mais elevadas.

"Dá mais tempo ao silêncio, para que possas ter o reflexo de Deus no espelho de tua imaginação, para que tu, também, possas vir a ser a ideia de Deus, pois Ele disse: "Sede santos". O cultivo desta ideia se torna manifesto para nós. Enquanto esperas Deus um enorme trabalho interior avança e, mais tarde, ele produzirá frutos.

"Fecha as portas de teu quarto à sugestão dos sentidos de que a Ideia de Deus pode se manifestar no teu corpo, pois "quanto teus olhos forem bons, todo teu corpo será luminoso" (Lc. 11, 34). Uma corrente plena de vida abundante pulsa no coração que está em unidade com Deus. Este é o toque reparador, a corrente vital do universo não está mais separada, ela se alegra em se derramar pelos próprios canais que lhe foram dados por Deus".

9 comentários:

  1. Moisés
    Onde acho a caixinha para pesquisa?
    Liçao e comentário lidos e praticando...
    Grata
    Bjs

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  2. É a primeira coisa da página. Logo abaixo do título e da introdução do blogue. A caixinha aparece sob o título Pesquisar este blog.
    Obrigado por comentar.

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  3. Moises,
    Desde que li os seus "posts" pela primeira vez, estudar o UCEM diariamente passou a ter três etapas: ler a lição do dia + fazer minha própria reflexão + VIR AQUI LER OS SEUS COMENTÁRIOS. Está muito bonito o meu processo pessoal por incluir essa extensão que você oferece. OBRIGADA!

    Hoje, quis comentar; vim aqui algumas vezes com essa intenção; relia tudo e o SILÊNCIO me invadia: nenhma palavra coube para expressar o que me acontecia. Só agora eu percebi que, então, é só tudo isso mesmo: UM ENORME SILÊNCIO VIVO! Dá uma alegria...

    Obrigada, querido, por esse cantinho onde sou convidada a me entregar a esse AMOR...
    Marilia

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  4. Marília, querida,

    Eu é que agradeço suas palavras. Não é ótimo perceber que não estamos sozinhos, que nossos pensamentos encontram ressonância e vibram na mesma frequência que "outros de nós mesmos"?

    Vou aproveitar este comentário para responder,ou melhor, tentar sugerir algumas respostas a suas perguntas postadas no comentário da lição do dia 7 de setembro, que só vi hoje, alertado pela Nina [Obrigado, Nina!].

    O que precisamos ter em mente, ou aquilo a que precisamos prestar a maior atenção, como já disse há não muito tempo, é que nossas reações são sempre reações à interpretação que fazemos dos fatos, das situações e dos acontecimentos. Nunca reagimos aos fatos. Nem às pessoas, ou ao que elas aparentemente nos fizeram, e sim à interpretação que fazemos delas [os rótulos que lhes damos] ou do que nos fizeram.

    Dito isto, podemos ter a certeza de que "o outro", quem quer que ele seja, não pode fazer nada que seja lesivo a nenhum de nós. Tudo o que ele faz é proporcionar a oportunidade de vivermos determinada experiência. O "lesivo" é só uma interpretação do que "o outro" fez "por solicitação nossa".

    Utilizando seu exemplo, nosso medo [e medo é desejo, de acordo com o ensinamento do UCEM] de viver a experiência de ter um revólver encostado na cabeça cria a necessidade de que alguém "bondosamente" aceite representar o papel de assaltante ou ladrão.

    Judas, e agora estou dando minha interpretação, aceitou de bom grado o papel que Jesus lhe atribuiu, para cumprir a função que lhe coube na representação da entrega de Jesus a seus "carrascos", mas se você atentar para o que o livro diz. A crucificação foi apenas um exemplo extremo.

    "Traidor" é também apenas uma interpretação. Na verdade, ninguém trai ninguém. Na ilusão todos traem todos. Mas a ilusão não tem significado. E toda a interpretação é sempre do ego. O Ser é. Simplesmente.

    Como disse ontem a uma amiga, o segredo, se é que existe algum, de Jesus era o de não se deixar enganar pelas aparências. Era o de ignorar qualquer informação que buscasse separar o homem do divino. Ele simplesmente não via qualquer pecado em ninguém.

    Há vários trechos no livro que tratam desta questão. Procurei um em particular, que me parecia ser a melhor resposta, mas não o encontrei. Por isso, ofereço-lhe alguns outros que poderão iluminar sua/nossa compreensão a respeito disto.

    Vou continuar este comentário na postagem a seguir por questão de limite de espaço...

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  5. Continuação...

    O primeiro, e vou copiá-los porque pode acontecer de que alguém não tenha o livro para buscá-los, e a resposta ficaria incompleta, está no terceiro capítulo e diz o seguinte: "Se atacas o erro em outra pessoa, tu te ferirás. Não podes conhecer teu irmão quando o atacas. O ataque é sempre feito contra um estranho. Tu fazes dele um estranho porque o percebes de forma equivocada e assim não podes conhecê-lo".

    O segundo é do capítulo oito e diz: "Quando te encontras com qualquer um, lembra-te de que é um encontro santo. Assim como tu o vires, verás a ti mesmo. Assim como o tratares, tratarás a ti mesmo. Assim como pensares dele, pensarás de ti mesmo. Nunca te esqueças disso, pois nele acharás a ti mesmo ou te perderás. Sempre que dois Filhos de Deus se encontram, lhes é dada mais uma chance de salvação. Não deixes ninguém sem lhe dar a salvação e sem recebê-la tu mesmo. Pois eu estou aí contido todos os dias em tua memória".

    Mais um, o último, do capítulo nove: "Os erros do teu irmão não são dele, assim como os teus não são teus. Aceita os erros dele como reais e terás atacado a ti mesmo. Se queres achar teu caminho e mantê-lo, vê só a verdade ao teu lado, pois vós caminhais juntos. O Espírito Santo em ti perdoa todas as coisas em ti e no teu irmão. Os erros dele são perdoados junto com os teus. A Expiação não é mais separada do que o amor. A Expiação não pode ser separada porque vem do amor. Qualquer tentativa que faças para corrigir um irmão significa que acreditas que a correção é possível por teu intermédio e isso só pode ser arrogância do ego. A correção é de Deus Que não conhece arrogância".

    Para finalizar, sem me alongar demais, acho que seria interessante se olhássemos com alguma atenção as lições 126, 132 e 134, da primeira parte do Livro de Exercícios, cuja meta é nos ajudar a limpar o aprendizado que o sistema de pensamento do mundo nos ofereceu, oferece e continuará a oferecer.

    Obrigadíssimo, Marilia, por estar conosco, comentar e dividir suas dúvidas. Isto nos dá uma grande oportunidade de acelerar o aprendizado.

    Paz e bem!

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  6. Socorro, hein, Moisés!!!!!!!!!!
    Desta vez te superastes TOTALMENTE,...rs...
    E isso vem a calar toda e qualquer polêmica completamente DESNECESSÁRIA e DESAMOROSA que possa chegar até nós sobre interpretações equivocadas de nossos "colegas de jornada". VIVA!!!!!!

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  7. Obrigado, Nina, pelo entusiasmo e incentivo.

    Muito obrigado pela compreensão e por comentar.

    Realmente, se nos voltarmos para o ensinamento pura e simplesmente, vamos aprender a desistir de quaisquer polêmicas, ou deixaremos de ser tentados a alimentar qualquer uma, uma vez que isso só nos coloca na posição de reféns do ego.

    Obrigado. Viva!!!

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  8. Moises,

    Obrigada pela longa resposta que demonstra dedicação; no entanto, eu creio que eu não me fiz entender na minha colocação. Vou tentar outra vez; para isso, esclareço:

    1) Compartilho plenamente de todo o entendimento sobre a responsabilidade total das nossas interpretações: “eu sou responsável por como me sinto”, independentemente da atitude ou ação do outro, seja lá qual tenha sido a ocorrência. Retificando o “lesivo” que usei como adjetivo que atribuí ao outro, eu digo de forma melhor: eu me sinto lesada.

    2) Compartilho totalmente do seu entendimento de todos os textos do UCEM que foram citados por você. Não percebo divergência nos nossos “olhares”.

    3) Quanto à atitude do outro, não mais entendo (depois do UCEM) que quando não é por “bondade”, então só poderia ser por “maldade”, mas sim por EQUÍVOCO (por estar agindo norteado pelo pensamento do ego) – é isso que compreendo. Lembra do que eu falei dias atrás? Que foi sublime, para mim, compreender que “quando não é amor é um pedido de amor”? Eu fechei o meu tribunal e soltei todos os meus prisioneiros: não vejo mais culpados, mas equivocados (todos nós) e para isso existe o perdão, não condenação.

    4) Agora, a minha questão aqui é por não entender que o outro age por “bondade” para atender a um “desejo” meu. Até agora não é suficientemente claro para mim que todas as minhas experiências são, tão somente, minhas criações. Ainda me parece que as coisas podem se dar por um conjunto de circunstâncias que não sejam unicamente os meus quereres (incluídos aí aqueles inconscientes). Ainda há muito mistério na vida pra mim. Eu desconheço mesmo...
    Você diz:
    a) “... nosso medo [e medo é desejo, de acordo com o ensinamento do UCEM]”;

    b) “... é só uma interpretação do que “O OUTRO FEZ POR SOLICITAÇÃO NOSSA...";

    c) “nosso medo/desejo de viver a experiência de ter um revólver encostado na cabeça cria a necessidade de que alguém “BONDOSAMENTE” aceite representar o papel de assaltante ou ladrão”.

    Quero dizer que o medo como sendo “desejo”, no que eu entendo no texto do UCEM, seria uma forma egóica de, ao se perceber separado e superior ao outro, declarar: “olha como estou certo” (sem maiores consequencias além de se sentir vaidoso por estar certo). Mas estaria embutido aí algo muito além de uma declaração arrogante do ego? Devo acreditar que tal desejo travestido de medo traga em si uma sutil, porém poderosa, força de atração que viria ratificar esse “desejo” com a materialização de acontecimentos que o validariam? E, assim, “bondosamente”, alguém surgiria para realizar esse me desejo? É isso?

    Se for isso, a vigilância com os pensamentos de dor deve ser absoluta... Estou viajando, Moises?

    Um tanto zonza com essas reflexões e possibilidades, fico, agora, lembrando das palavras de uma amiga (palavras que, até esse momento, me pareciam, apenas, inocentes): “para haver palmas são necessárias duas mãos”.

    Ai, Moisés, falei demais... Você me suscita isso; não, melhor dizer: eu me sinto suscitada a ir por extensas reflexões a partir de você...

    Vou ser mais econômica daqui pra frente. Beijo querido (ih... já estou me sentindo íntima).

    ResponderExcluir
  9. Moises,

    Obrigada pela longa resposta que demonstra dedicação; no entanto, eu creio que eu não me fiz entender na minha colocação. Vou tentar outra vez; para isso, esclareço:

    1) Compartilho plenamente de todo o entendimento sobre a responsabilidade total das nossas interpretações: “eu sou responsável por como me sinto”, independentemente da atitude ou ação do outro, seja lá qual tenha sido a ocorrência. Retificando o “lesivo” que usei como adjetivo que atribuí ao outro, eu digo de forma melhor: eu me sinto lesada.

    2) Compartilho totalmente do seu entendimento de todos os textos do UCEM que foram citados por você. Não percebo divergência nos nossos “olhares”.

    3) Quanto à atitude do outro, não mais entendo (depois do UCEM) que quando não é por “bondade”, então só poderia ser por “maldade”, mas sim por EQUÍVOCO (por estar agindo norteado pelo pensamento do ego) – é isso que compreendo. Lembra do que eu falei dias atrás? Que foi sublime, para mim, compreender que “quando não é amor é um pedido de amor”? Eu fechei o meu tribunal e soltei todos os meus prisioneiros: não vejo mais culpados, mas equivocados (todos nós) e para isso existe o perdão, não condenação.

    4) Agora, a minha questão aqui é por não entender que o outro age por “bondade” para atender a um “desejo” meu. Até agora não é suficientemente claro para mim que todas as minhas experiências são, tão somente, minhas criações. Ainda me parece que as coisas podem se dar por um conjunto de circunstâncias que não sejam unicamente os meus quereres (incluídos aí aqueles inconscientes). Ainda há muito mistério na vida pra mim. Eu desconheço mesmo...
    Você diz:
    a) “... nosso medo [e medo é desejo, de acordo com o ensinamento do UCEM]”;

    b) “... é só uma interpretação do que “O OUTRO FEZ POR SOLICITAÇÃO NOSSA...";

    c) “nosso medo/desejo de viver a experiência de ter um revólver encostado na cabeça cria a necessidade de que alguém “BONDOSAMENTE” aceite representar o papel de assaltante ou ladrão”.

    Quero dizer que o medo como sendo “desejo”, no que eu entendo no texto do UCEM, seria uma forma egóica de, ao se perceber separado e superior ao outro, declarar: “olha como estou certo” (sem maiores consequencias além de se sentir vaidoso por estar certo). Mas estaria embutido aí algo muito além de uma declaração arrogante do ego? Devo acreditar que tal desejo travestido de medo traga em si uma sutil, porém poderosa, força de atração que viria ratificar esse “desejo” com a materialização de acontecimentos que o validariam? E, assim, “bondosamente”, alguém surgiria para realizar esse me desejo? É isso?

    Se for isso, a vigilância com os pensamentos de dor deve ser absoluta... Estou viajando, Moises?

    Um tanto zonza com essas reflexões e possibilidades, fico, agora, lembrando das palavras de uma amiga (palavras que, até esse momento, me pareciam, apenas, inocentes): “para haver palmas são necessárias duas mãos”.

    Ai, Moisés, falei demais... Você me suscita isso; não, melhor dizer: eu me sinto suscitada a ir por extensas reflexões a partir de você...

    Vou ser mais econômica daqui pra frente. Beijo querido (ih... já estou me sentindo íntima).

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