domingo, 5 de setembro de 2010

Abandonar a ideia de que é necessário sofrer

LIÇÃO 248

Qualquer coisa que sofra não faz parte de mim.

1. Eu rejeitei a verdade. Que eu seja agora igualmente honesto para rejeitar a falsidade. Qualquer coisa que sofra não faz parte de mim. Aquilo que se aflige não sou eu mesmo. Aquilo que sente dor é só uma ilusão em minha mente. Na realidade, aquilo que morre nunca viveu e apenas zomba da verdade acerca de mim mesmo. Agora renuncio auto-conceitos e enganos e mentiras a respeito do Filho santo de Deus. Agora estou pronto para aceitá-lo de volta como Deus o criou e como ele é.

2. Pai, meu antigo amor por Ti volta e me permite amar também Teu Filho novamente. Pai, eu sou como Tu me criaste. Agora Teu Amor, e meu próprio amor, é lembrado. Agora compreendo que eles são o mesmo.

*

COMENTÁRIO:

Ao me preparar para postar a lição deste domingo, dia 5 de setembro, separei algumas frases que fazem parte do repertório mais ou menos comum que recebemos de pessoas mais velhas, de professores, de pais, tios e avós, ao longo de nossa jornada.

E, se quiserem, podem buscar outras semelhantes para ilustrar as sugestões recebidas particular e individualmente, acho que é um bom exercício. As que escolhi são: "O sofrimento é um mal necessário.", "Pau que nasce torto não tem jeito, morre torto.", "No pain, no gain.", esta poderia ser traduzida como "Sem dor não há crescimento."

Lembrando-nos do livro Hipnotizando Maria, vamos descobrir nele, entre outras coisas, que Richard Bach diz que "hipnose é sugestão aceita" ou "... é repetição, repetição, repetição". E o que as frases que selecionei acima e outras, que ouvimos à exaustão, fazem com nossa mente? Ou o que vocês pensam que os publicitários têm em mente quanto produzem suas propagandas e as repetem milhares e milhares de vezes?

Entretanto, o livro traz, também entre outras ideias, a seguinte informação: "Não precisamos jamais ser prisioneiros de nossas crenças. Podemos nos lembrar de quem somos". E diz: "toda sugestão intensifica a si mesma", conforme já citei aqui anterioremente.

Se, por exemplo, dizemos nos sentir ótimos, mesmo que não estejamos nos sentindo lá muito bem, o "ótimo" se intensifica e o estado em que nos encontramos vai desaparecer gradualmente a cada sugestão. O contrário também é verdadeiro, se dizemos nos sentir péssimos, quando o que sentimos é apenas um leve desconforto ou mal-estar passageiro, pioramos a cada repetição da palavra.

Uma vez entendido que a hipnose não passa de sugestão aceita, não é difícil compreender que "o mundo que percebemos a nossa volta" é "composto de imagens pintadas com nosso próprios pincéis".

Basta que pensemos por alguns momentos em nossa experiência anterior, na forma pela qual nos tornamos parte de uma família, de uma comunidade, de uma cultura, para perceber claramente que tudo acontece a partir da aceitação de sugestões, a respeito de nossa própria verdade.

E, voltando ao ensinamento do Curso, que também busca ensinar como nos libertarmos de nossas crenças equivocadas, "isto não precisa ser assim". Tanto é que ele oferece como meta para o livro de exercícios, já na sua primeira parte, a possibilidade de aprendermos a nos desipnotizar, ou de abandonar as sugestões do mundo que aceitamos e nos levaram a experimentar um mundo de pecado, de imperfeições, de julgamento e de culpa. Um mundo de dor, de tristeza, de doença e de morte. E mais. Na segunda parte, onde estamos agora, podemos aceitar as sugestões que ele nos dá para aprendermos o que somos na verdade. Para sairmos definitivamente do transe. E, para quando voltarmos momentaneamente a ele, termos os instrumentos necessários para não dar ouvidos às sugestões equivocadas que buscam nos separar uns dos outros e do que somos.
A prática de hoje nos ensina a abandonar a ideia de que é necessário sofrer, que aprendemos durante o transe. Pode haver algo melhor do que buscar aprender a olhar para o mundo, para tudo o que aparentemente há nele e para nós mesmos a partir da "percepção verdadeira"?

Um comentário:

  1. *
    Olá meus amados ...
    Já postei essa anteriormente, mas creio que cabe aqui outra vez ...


    A ÚNICA ESCOLHA
    (Espírito X Ego - a Máscara)

    E cá estamos nós !
    diante da tão difícil escolha
    entre o céu e esse inferno que aqui nos tolhe,
    dupla escolha, tão sem sentido,
    pois que a Realidade, só tem uma face
    que se espelha no Céu da única Verdade
    pois que o inferno, tão surreal
    só sonhado e privado de veracidade
    veste-se de máscara, e espelha a morte
    por sobre a Vida que é Natural,


    Imortal...
    do Princípio sem fim
    nosso berço, embalado no Amor
    nossa essência, nossa inocência,
    corrompida na loucura de um momento
    de um tempo nascido, de um adormecimento
    que tornou esquecido o que sou, no que somos...
    Esse Um Imortal, mais que Perfeito !


    Mas, a máscara insiste, não quer morrer
    luta pela subsistência da própria sombra
    pois sombra é só o que é
    e só do seu mundo, que nem sequer é,
    com seu corpo feito no Medo que ela expressa,
    cega, na escuridão da sua inconsistência,
    presa de sua própria demência,
    teme a Luz que não conhece,
    combate essa ameaça, quando ela aparece
    nos momentos santos com nosso Eu verdadeiro.


    Luta incessante e desvairada, a máscara,
    ufana, insana,
    não pode crer na própria irrealidade
    inventa a morte, para estender a sua vida,
    contraditória, iludida,
    nos ilude, nos fazendo crer que seu mundo
    é a única realidade,
    é a única verdade a ser seguida


    Mas, a Verdade, a derradeira
    não teme a sombra, apenas expia,
    presente, segura e amorosa, Ela nos guia
    pela mão da saudade do berço,
    latente, intuitiva,
    para o despertar efetivo, desse insano hipnotismo


    Benditos...
    não temos escolhas, mas apenas uma,
    o caminho de volta pela Voz do Santo Espírito
    já criado no princípio do próprio sonho,
    pelo Onisciente Princípio eterno
    que nos provê em silêncio,
    sem preços ou infernos,
    nos aguardando na Paz, de braços abertos
    ao nosso livre acordar, feliz e santo retorno
    à nossa real existência
    na Essência do Amor Puro !

    Milagres e Milagres ...

    Carmen.

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