sexta-feira, 20 de março de 2009

Parêntese!

Abro aqui um parêntese para falar de um comentário da Duda a respeito da lição de ontem. Só porque precisamos, como já disse outras vezes, ficar atentos, MUITO ATENTOS, aos truques e artimanhas do ego. E também para que não restem dúvidas - que sempre vão existir - a respeito do que trata o ensinamento do UCEM.

O próprio texto diz inúmeras vezes que o Curso visa à educação, ao aprendizado, do(s) ego(s). O Ser, aquilo que somos na verdade, não precisa fazer curso nenhum. Por isso é que falamos muito nele, Duda. Ou seja, quase não há como falar de outra coisa, uma vez que este mundo é o mundo do ego. O que se pode fazer, e isso é o objetivo do UCEM, é aprender a identificar quais das experiências que o ego nos convida a viver valem a pena. Quer dizer, quais das experiências que escolhemos viver estendem a alegria perfeita, que é a Vontade de Deus para nós, e quais são determinadas pela ideia da separação que é a fonte de todos os problemas e sofrimentos do mundo e que é a ideia central do sistema de pensamento do ego.

Duda diz em seu comentário que "a verdade é que as escolhas já foram feitas, não fazemos nada que já não esteja traçado para nós". E isso não é exatamente a verdade. Ou não haveria razão para estarmos aqui. A escolha existe, sim. Nós escolhemos experimentar esta ilusão nalgum momento e o Curso nos ensina que nossa escolha última, a que vai nos trazer ou devolver à consciência a alegria plena, será cumprir a Vontade de Deus para nós. Mas isso só vai acontecer a partir de nossa escolha. Enquanto não escolhermos isso, vamos continuar a viver a ilusão da separação e todos os resultados e consequências que advêm disso.

E, é claro que, como ela diz também "não devemos nos culpar pelas nossas escolhas". Devemos, porém, entender que sempre que escolhemos, e escolhemos o tempo inteiro, tomamos uma decisão pela qual temos inteira responsabilidade. E a decisão que tomamos sempre nos leva a experimentar e estender o Céu ou o inferno. Conforme Duda diz, um pouco adiante, "temos apenas que aprender a ver de modo diferente o que nos acontece". De novo, é o ego nos desviando a atenção, porque nada nos acontece. Isto é, tudo o que pensamos que nos acontece é apenas resultado de nossas escolhas. Talvez se possa dizer melhor, então, que tudo o que se apresenta a nós, se não for aquilo que esperávamos ou não atender a nosso anseio interior, pode, e deve, sim, ser visto de modo diferente. Melhor dizendo ainda, tudo o que se apresenta a nós deve ser entendido como o resultado de uma escolha que fizemos, conscientes dela ou não.

Por fim, uma vez que todos nós temos muito a aprender ainda, incluindo a mim mesmo aqui, voltamos, de certa forma, ao ponto inicial do comentário de Duda "não temos que escolher nem decidir nada, tudo está decidido por Deus". De novo a ideia do ego de nos convidar a fugir às responsabilidades que nossas escolhas certamente trazem. Para usar uma lógica possível ao Curso, as decisões de Deus dependem das nossas, dependem da decisão de cada um de nós. Nossa mestra de anos, Anna Sharp, resumia esta questão com a seguinte frase: "Deus sempre diz sim". E cada um de nós escolhe o que deseja viver. Lembrando-nos sempre de que nossa escolha é sempre entre viver o Céu ou o inferno. Não há outra. Melhor dizendo, todas as aparentes escolhas se resumem a esta.

Duda, querida, obrigado por seus comentários e obrigado por me dar a oportunidade de aprender cada vez mais a prestar atenção. Entendi perfeitamente seu comentário e percebi, e sei, que nem sempre usamos as palavras de acordo com o que se passa em nossa mente, isto é, nem sempre elas dizem exatamente aquilo que pensamos em dizer. Isso é porque as palavras também são instrumentos a serviço do ego a maioria das vezes. E isso também é mais uma lição que Deus quer que aprendamos.

Um comentário:

  1. Moisés e Duda
    Vocês estão DEMAIS para mim hoje!!! Sexta -feira, neurônios cansados, (os dois) rs, rs...
    Obrigada! Vou reler no final de semana.

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