quarta-feira, 11 de março de 2009

De onde virá a salvação?

Se precisamos ser salvos, de onde a salvação pode vir? Quem pode nos salvar?

Para empreendermos a viagem que fazemos por este mundo, é preciso que recebamos mapas que indiquem os caminhos a serem percorridos. Os caminhos, como sabemos, mudam com muita frequência ao longo de nossa jornada. Também é preciso que nos preparemos para ler os mapas que nos vão sendo oferecidos. Porque são eles que vão nos auxiliar a fazer as escolhas que podem tornar a viagem mais rica, mais bela, mais prazerosa e mais alegre.

Um dos grandes problemas que enfrentamos nesta viagem é que os mapas que nos oferecem, desde o início dela, desde nossa infância, estão errados. Os mapas que recebemos não indicam os atalhos, os becos sem saída, os caminhos melhor iluminados, os desvios, os acidentes do percurso e, muito menos, o caminho mais curto. Assim, para a maioria de nós, a jornada se torna pesada, cansativa e muitas vezes as etapas são dolorosas e esgotam as nossas forças, levando-nos ao ponto de querer desistir.

Poucos entre nós percebem de forma clara que o mapa de que necessitamos para o sucesso de nossa viagem, em todos os sentidos, tem de ser desenhado por nós mesmos. E que ele é diferente para cada um de nós. E que ninguém pode decidir o caminho de ninguém. O máximo que podemos fazer pelo outro, ou outros, se é que, de fato, podemos fazer alguma coisa, é dar-lhe a liberdade total e absoluta para que ele mesmo construa seu caminho, seu mapa. Amorosamente. Confiantemente. Certos de que só ele sabe, no fundo, o que é melhor para si. Só ele é capaz de fazer as escolhas e trilhar os caminhos que vão levá-lo na direção das experiências necessarias à descoberta ou à lembrança de si. E, por consequência, à alegria perfeita e à felicidade.

Conforme aprendemos em nossas lições pelo caminho, Jesus disse nalgum momento que ele era "o caminho, a verdade e a vida", mas ele disse também que tudo o que ele fazia nós somos capazes de fazer também, igual ou melhor. Ele também se identificou como "a luz do mundo", mas também disse ser um de nós, um irmão. E viveu sua vida sabendo que sua salvação e a salvação do mundo dependiam apenas dele mesmo. Sabendo também que não podia salvar a ninguém que não quisesse ser salvo. Ninguém! Mas sabendo mais ainda: tendo a certeza de que todos seriam salvos.

A lição 70, deste dia 11 de março, traz a ideia: Minha salvação vem de mim. E para quem acompanha estes exercícios desde o primeiro, não há nada mais verdadeiro, nada mais lógico do que esta ideia, não é mesmo? Pois, se crio o mundo que vejo e ele, por alguma razão, precisa ser salvo, quem senão eu o pode salvar?

Falamos outro dia do "inimigo" e do "veneno" e é interessante pensar que, da mesma forma que a natureza nos oferece inúmeras variedades de venenos e inimigos, ela também nos oferece todas as possibilidades de cura e de paz. Assim, por exemplo, o remédio, a cura, para a picada de uma cobra venenosa está na própria cobra. Uma planta que pode servir para nos envenenar, em determinada dosagem, serve como cura em uma dosagem diferente. Por que seria diferente conosco? Assim como trazemos em nós o potencial para destruir o mundo inteiro, não lhes parece lógico que tenhamos também o poder para salvá-lo?

É sobre isso que os exercícios prescritos para hoje nos convidam a refletir.

4 comentários:

  1. UAU!!!!!!!!!!!SOCORRO!!!!!!Hoje você se superou, hein? Moisés Sales Nascimento, CARAMBA!!! SOCORRO!!!Estive bem fora do meu centro hoje, mas VOLTEI, neste exato momento. OBRIGADUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Oi Moises, passei para te dar um OI e adorei o seu texto de hoje!!MAravilhoso!!Estou sem comentarios ... Bjs

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  3. Oba... eba... viva... Obrigado, Nina. Obrigado, Duda. Ué, isso não é um comentário?
    Obrigado mais uma vez.

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  4. Moises, este texto tem tudo a ver com o dia que vivi hoje. Me perdi pelos caminhos de São Paulo, enquanto estava perdida pensei que não há mapa pronto, e que o caminho se faria... e seria o meu. Nem acredito que encontro isto no teu blog!!!!!!!!!!!!!! Um beijo

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