sábado, 21 de janeiro de 2012

Perdoando-nos para perdoar o mundo

LIÇÃO 21

Estou decidido a ver as coisas de modo diferente.

1. A ideia para hoje é, obviamente, uma continuação e extensão da anterior. Desta vez, porém, são necessários períodos específicos de exame mental, além da aplicação da ideia a situações particulares na medida em que elas possam surgir. Insiste-se em cinco períodos de prática e em que se conceda um minuto completo a cada um.

2. Nos períodos de prática, começa repetindo a ideia para ti mesmo. Em seguida, fecha os olhos e investiga tua mente com cuidado em busca de situações passadas, presentes ou previstas que te despertem raiva. A raiva pode assumir a forma de qualquer reação, desde uma irritação leve até a fúria. O grau da emoção que experimentas não importa. Tu te tornarás cada vez mais consciente de que um leve toque de contrariedade não é nada senão um véu estendido sobre uma fúria violenta.

3. Tenta, portanto, não deixar que os pensamentos "minúsculos" de raiva escapem de ti nos períodos de prática. Lembra-te de que não sabes verdadeiramente o que desperta raiva em ti e de que nada daquilo em que acreditas em relação a isto significa coisa alguma. É provável que fiques tentado a te demorares mais em algumas situações ou pessoas do que em outras, com base na crença equivocada de que elas são mais "óbvias". Isto não é verdade. É apenas um exemplo da crença de que algumas formas de ataque são mais justificadas do que outras.

4. Quando examinares tua mente em busca de todas as formas com que se apresentam os pensamentos de ataque, mantém cada uma em mente enquanto dizes a ti mesmo:

Estou decidido a ver ________ [nome de uma pessoa] de modo diferente.
Estou decidido a ver ________ [especifica a situação] de modo diferente.

5. Tenta ser o mais específico possível. Podes, por exemplo, focalizar tua raiva em uma característica particular de uma determinada pessoa, acreditando que a raiva está limitada a esse aspecto. Se tua percepção sofre desta forma de distorção, dize:

Estou decidido a ver __________ [especifica a característica]
em _________ [nome da pessoa] de modo diferente.

*

COMENTÁRIO:

Cabe aqui neste sábado [desculpem-me o atraso na postagem], dia 29 de janeiro, voltar às práticas que sugeri emuma lição anterior. E que são quase que as mesmas que o Curso sugere que façamos nos cinco períodos que vamos dedicar à ideia de hoje.

Se quisermos, de fato, mudar o mundo, basta que mudemos nosso modo de olhar para ele, perdoando-o e, por consequência, perdoando a nós mesmos pela forma equivocada que pensamos nele, por colocar nele tudo aquilo que gostaríamos de não ver em nós mesmos, dotando-o, assim, de características das quais queremos fugir.

Eu preciso me abrir à consciência, para entender que tudo o que digo de alguém, ou de alguma coisa, fala a respeito de mim mesmo, do que penso de mim. Ou, para utilizar um ditado da sabedoria antiga:
"Quando João fala de Pedro, não fala de Pedro, fala, na verdade, de João".

Percebem?

Lembram-se do ho'oponopono? "Sinto muito. Me perdoa, por favor. Obrigado. Eu te amo". A orientação básica não é que nos utilizemos destas quatro pequenas frases para pedir qualquer coisa. Nem para provocar uma mudança naquilo que nos perturba no momento. Elas servem mesmo é para que nos lembremos do divino em nós mesmos, para mudar nosso próprio modo equivocado de olhar ou pensar a respeito daquilo. Seja o que for.

Às práticas?

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