quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"O coração contente tem um banquete contínuo."


LIÇÃO 12

Estou transtornado porque vejo um mundo sem significado*.

1. A importância desta ideia está no fato de que ela contém uma correção para uma distorção básica de percepção. Tu pensas que aquilo que te transtorna é um mundo assustador, ou um mundo triste, ou um mundo violento, ou um mundo doente. Todas estas características são dadas a ele por ti. O mundo em si mesmo não tem significado.

2. Estes exercícios são feitos com os olhos abertos. Olha ao teu redor, desta vez bem devagar. Tenta regular teu ritmo de forma que a passagem lenta de teu olhar de uma coisa para outra envolva um intervalo de tempo razoavelmente constante. Não permitas que o tempo da passagem se torne marcadamente mais longo ou mais curto, mas tenta, em lugar disso, manter um andamento sereno e uniforme do início ao fim. O que vês não importa. É isso que ensinas a ti mesmo quando dás a qualquer coisa sobre a qual teu olhar pouse atenção e tempo iguais. Este é um passo inicial no aprendizado de dar valor igual a todas elas.

3. Enquanto olhas ao teu redor, dize a ti mesmo:

Penso ver um mundo amedrontador, um mundo
perigoso, um mundo hostil, um mundo triste,
um mundo perverso, um mundo louco,

e assim por diante, usando quaisquer termos descritivos que te ocorrerem. Se te ocorrerem termos que parecem mais positivos do que negativos, inclui-os. Por exemplo, podes pensar em "um mundo bom", ou em "um mundo satisfatório". Se tais termos te ocorrerem usa-os juntamente com os outros. Podes não entender ainda por que estes adjetivos "amáveis" são adequados a estes exercícios, mas lembra-te de que um "mundo bom" pressupõe um "mau" e um "mundo satisfatório" pressupõe um "insatisfatório". Todos os termos que passarem por tua mente são sujeitos adequados para os exercícios de hoje. Sua qualidade aparente não importa.

4. Certifica-te de não alterares os intervalos de tempo entre as aplicações da ideia de hoje àquilo que pensas ser agradável e àquilo que pensas ser desagradável. Para os propósitos destes exercícios, não há nenhuma diferença entre eles. No final do período de prática, acrescenta:

Mas estou transtornado porque vejo um mundo sem significado.

5. Aquilo que não tem significado não é bom nem mau. Por que, então, um mundo sem significado deveria te transtornar? Se pudesses aceitar o mundo como sem significado e permitir que a verdade fosse escrita sobre ele para ti, isso te faria indescritivelmente feliz. Mas, em razão de ele ser sem significado, és impelido a escrever nele aquilo que queres que ele seja. É isto o que vês nele. É isto que não tem significado na verdade. Por baixo de tuas palavras está escrita a Palavra de Deus. A verdade te transtorna agora, mas quando tuas palavras forem apagadas, verás as d'Ele. Este é o propósito fundamental destes exercícios.

6. Três ou quatro vezes são suficientes para a prática da ideia para hoje. Os períodos de prática também não devem exceder um minuto. Podes achar até mesmo isso longo demais. Interrompe os exercícios sempre que experimentares uma sensação de inquietude.

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*NOTA DE TRADUÇÃO: Continua valendo a observação feita ontem a respeito da expressão sem significado como equivalente a sem sentido para traduzir a palavra original: meaningless.

*

COMENTÁRIO:

A ideia que vamos praticar nesta quinta-feira, dia 12 de janeiro, oferece a possibilidade de uma mudança radicar em nosso modo de ver o mundo. E esta possibilidade está aberta a todos, o tempo todo. O que é preciso fazer para transformá-la em realidade? Nada! Absolutamente nada! Basta tomar a decisão de aderir às práticas para aceitar viver a Vontade de Deus de alegria completa e perfeita para todos e cada um de nós. Uma historinha de um livro que leio no momento talvez sirva para ilustrar o que esta decisão pode trazer a nossas vidas.


Estou traduzindo livre e diretamente do original, de Rabbi Zelig Pliskin, a apresentação de um livro que se intitula Happiness [Felicidade]. Se houver algum errinho, peço-lhes desculpas antecipadas. A historinha de que lhes falo começa assim: 


"Fui capturado por um inimigo que tinha um único objetivo: tornar minha vida infeliz. Não sofri torturas físicas, só emocionais. Fui privado de toda a alegria. Recebi alimento suficiente para continuar vivo, mas nada mais. Fui sutilmente advertido acerca do que me aconteceria no futuro, e isso me encheu de preocupação e ansiedade. Fui levado a me sentir culpado, inferior e inútil. Recebi constantes insultos e humilhações. Disseram-me: "Se tiveres quaisquer sentimentos de esperança no futuro, desiste. Tu vais sofrer pelo resto de tua vida".


"Não seria horrível ser vítima de tal inimigo? Infelizmente, muitas pessoas são. E o inimigo que cria tamanha infelicidade são elas mesmas. Elas pensam e agem dentro de padrões que lhes causa intenso sofrimento, ainda que desnecessário. O modo com que falam consigo mesmas e as imagens interiores que visualizam lhes causa muita infelicidade.


"É possível ir de uma vida de tortura a si  mesmo para uma vida de alegria? Minha experiência provou que a resposta é sim. Tu tens a capacidade de cria felicidade para ti mesmo independente de qual tenha sido tua realidade emocional até agora. A maioria das pessoas não sofre tanto quanto está descrito aqui. Mas elas têm vidas emocionais muito limitadas. Não experimentam uma fração da alegria que está disponível para todos os que aprendem a usar sua mente de forma inteligente.


"Tu crias tua realidade emocional em teu cérebro [em tua mente]. Cria uma vida de alegria. Como? [Mudando tua forma de pensar. Invertendo o modo de pensar do mundo. As práticas servem para isso.] Tu foste criado à imagem do Criador e merece uma vida de alegria. Não roubes esta alegria de ti mesmo. Exige teu legítimo direito. 


"O Rei Salomão, em sua sabedoria, nos deu sua fórmula para a felicidade. "o coração contente tem um banquete contínuo" (Provérbios, 15, 15). O "coração contente" é o coração de uma pessoa que aprecia sempre o que tem. Tal pessoa sempre tem uma razão para celebrar. [E] esta pessoa pode ser tu. (...)


A porta para uma vida de felicidade está aberta diante de ti."


Às práticas? 



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