domingo, 29 de janeiro de 2012

Cabe apenas a cada um a decisão de ver Deus


LIÇÃO 29

Deus está em tudo o que vejo.

1. A ideia para hoje explica por que tu podes ver todo o propósito em todas as coisas. Ela explica por que nada está separado, por si mesmo ou em si mesmo. E explica por que nada do que vês significa coisa alguma. De fato, ela explica cada ideia que usamos até agora e também todas as subsequentes. A ideia de hoje é a base total para a visão.

2. É provável que aches esta ideia muito difícil de apreender a esta altura. Podes achá-la tola, irreverente, absurda, engraçada e até mesmo repreensível. Deus certamente não está em uma mesa, por exemplo, da forma como tu a vês. No entanto, enfatizamos ontem que a mesa compartilha o propósito do universo. E aquilo que compartilha o propósito do universo compartilha o propósito de seu Criador.

3. Tenta, então, hoje, começar a aprender como olhar para todas as coisas com amor, gratidão e receptividade. Tu não as vês agora. Queres saber o que há nelas? Nada é como te parece. Seu propósito sagrado está além de teu pequeno alcance. Quando a visão te mostrar a santidade que anima o mundo compreenderás perfeitamente a ideia de hoje. E não compreenderás como pudeste alguma vez achá-la difícil.

4. Nossos seis períodos de prática de dois minutos para hoje devem seguir um padrão agora familiar. Começa com a repetição da ideia para ti mesmo e, em seguida, aplica-a a sujeitos escolhidos aleatoriamente a tua volta, citando cada um de forma específica. Tenta evitar a tendência a uma seleção auto-direcionada, que pode ser particularmente tentadora em relação à ideia de hoje em razão de sua natureza completamente inusitada. Lembra-te de que qualquer ordem que estabeleças é igualmente estranha à realidade.

5. Por isso, tua lista de sujeitos deve ser tão livre de tua seleção pessoal quanto possível. Por exemplo, uma lista adequada poderia inlcuir: 

Deus está neste cabide.
Deus está nesta revista.
Deus está neste dedo.
Deus está nesta lâmpada.
Deus está naquele corpo.
Deus está naquela porta.
Deus está naquele cesto de lixo.

Além dos períodos de prática estabelecidos, repete a ideia para hoje pelo menos uma vez por hora, olhando lentamente a tua volta enquanto, sem pressa, dizes as palavras para ti mesmo. Pelo menos uma ou duas vezes, deves experimentar uma sensação de tranquilidade enquanto fazes isso. 

*

COMENTÁRIO:

A ideia que vamos praticar neste domingo, dia 29 de janeiro, tem de ser obviamente o resultado de nossa decisão de ver, ou de ver de modo diferente, se nos envolvemos com as práticas da forma que o Curso nos pede que façamos. Decidir que o que queremos, "acima de tudo", é ver, e ver de modo diferente, é a única maneira de chegarmos a experimentar na prática o fato de que Deus está em tudo o que vemos, que a ideia de hoje afirma.


Mais uma vez, é importante ressaltar que a decisão de ver Deus cabe apenas a nós, a cada um de nós. Daí as dificuldades que enfrentamos no mundo. Pois ele nos ensina de forma diferente. O mundo do falso eu - aquela imagem de nós mesmo que construímos, quando acreditamos que podemos atacar e ser atacados - nos mostra todas as coisas aparentemente separadas umas das outras. Mostra-nos as coisas como existentes por si mesmas, em si mesmas. E nos oferece a possibilidade de reagirmos as coisas como se elas tivessem vontade e própria e não fossem apenas resultado da projeção de nossos pensamentos e crenças.


Onde fica Deus nesta descrição do mundo? Ou onde Deus pode estar em mundo tão cheio de contradições e problemas? De que modo acreditar em Deus, se não acreditamos em nós mesmos, em nossa invulnerabilidade? Se podemos atacar e ser atacados, conforme ensina a falsa imagem de nós mesmos que construímos?

As práticas com a lições do UCEM nos oferecem uma situação uma diversa, uma visão diferente de nós mesmos, do mundo e de Deus, uma vez que o Curso nos ensina que não existe nenhum mundo externo ou separado de nós, nenhum Deus externo ou separado de nós. Melhor dizendo talvez, se existe um um mundo externo a nós, ele é apenas a projeção do que trazemos internamente. E se podemos ver um Deus naquilo que está aparentemente externo a nós, Ele tem de ser apenas o reflexo daquele Deus que trazemos em nosso interior e que também é o que somos, na verdade. 

Para todos aqueles que se sentirem de alguma forma incomodados com esta ideia - que pode parecer mesmo muito estranha aos que estão apenas iniciando suas práticas -, sugiro que voltem à introdução ao Livro de Exercícios, ao ponto em que uma das orientações iniciais convida a nos atermos à aplicação das ideias da forma que o Curso nos pede, sem julgá-las. Uma instrução que afirma não ser nem mesmo necessário acreditar nas ideias ou acolhê-las bem, uma vez que elas podem, de fato, se revelar absolutamente desafiadoras para os valores e crenças que construímos a partir do sistema de pensamento do ego. Há também um pequeno trecho do livro texto, que já usei antes e que pode nos convencer de que as práticas são eficazes, se insistirmos nelas. Ele diz o seguinte:

Este curso oferece uma situação de aprendizado muito direta e muito simples e provê o Guia [o Espírito Santo] Que te diz o que fazer. Se o fizeres, verás que funciona. Seus resultados são mais convincentes do que suas palavras. Eles te convencerão de que as palavras são verdadeiras.

Enfim, e em razão de tudo isto, basta dizer uma vez mais, como o Curso diz a certa altura, que não é preciso fazer nada. Basta que acreditemos que o Espírito Santo sabe o que é melhor para nós e que entreguemos nossas práticas a Ele. Ou alguém acredita que pode haver um guia melhor?

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