segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Alguns pratos são melhores no dia/ano seguinte


LIÇÃO 16

Eu não tenho nenhum pensamento neutro.

1. A ideia para hoje é um passo inicial para fazer desaparecer a crença de que teus pensamentos não têm nenhum efeito. Tudo o que vês é o resultado de teus pensamentos. Não há nenhuma exceção para este fato. Os pensamentos não são grandes ou pequenos, poderosos ou fracos. Eles simplesmente são verdadeiros ou falsos. Os verdadeiros criam a sua própria semelhança. Os falsos o fazem à deles.

2. Não existe nenhuma noção mais contraditória do que a de "pensamentos vãos". Aquilo que dá origem à percepção de um mundo inteiro dificilmente pode ser chamado de vão. Todo pensamento que tens colabora com a verdade ou com a ilusão; ou ele estende a verdade ou multiplica ilusões. Tu, de fato, podes multiplicar o nada, mas não o estenderás ao fazê-lo.

3. Além do teu reconhecimento de que teus pensamentos nunca são vãos, a salvação pede que reconheças também que todo pensamento que tens ou traz paz ou guerra, ou amor ou medo. Um resultado neutro é impossível porque é impossível um pensamento neutro. Há uma tentação tão grande de rejeitar os pensamentos de medo como sem importância, triviais e como não merecedores de que te incomodes com eles, que é essencial que os reconheças a todos como igualmente destrutivos, mas igualmente irreais. Praticaremos esta ideia de muitas formas antes que verdadeiramente a compreendas.

4. Ao aplicares a ideia para hoje, examina tua mente por cerca de um minuto de olhos fechados e busca efetivamente não deixar passar nenhum pensamento "minúsculo" que possa ser capaz de frustrar o exame. Isto é bastante difícil até te acostumares. Descobrirás que ainda é difícil para ti não fazer distinções irreais. Todo pensamento que te ocorrer, independentemente das qualidades que atribuas a ele, é um sujeito adequado para a aplicação da ideia de hoje.

5. Nos períodos de prática, repete primeiro a ideia para ti mesmo e, depois, à medida que cada um passar por tua mente, mantêm-no na consciência enquanto dizes a ti mesmo:

Este pensamento sobre _________ não é um pensamento neutro.
Aquele pensamento sobre _________ não é um pensamento neutro.

Como de costume, utiliza a ideia de hoje sempre que tomares consciência de um pensamento em particular que desperte inquietação. Para esta finalidade, sugere-se a seguinte forma:

Este pensamento sobre ________ não é um pensamento neutro,
porque eu não tenho nenhum pensamento neutro.

6. Recomenda-se quatro ou cinco períodos de prática, se os achares relativamente fáceis. Se experimentares alguma tensão, três serão suficientes. A duração do período dos exercícios também deve ser reduzida se houver desconforto.

*

COMENTÁRIO:

Uma vez que me parece que várias pessoas resolveram começar suas práticas neste ano, a partir do blogue, vou repetir inteiramente o comentário feito a esta lição no ano passado, que também repetiu a do ano anterior. É claro que algumas pequenas alterações se fizeram necessárias. Mas acho que isso não vai prejudicar em nada a proposta de reflexão a respeito da ideia para as práticas desta segunda-feira, dia 16 de janeiro. E, com algum atraso, dou as boas vindas a alguém que se juntou a nós neste ano, um(a) seguidor(a) de número 112 que não consigo identificar. E a todos os que tomaram a decisão de fazer de 2012 o ano em que vão tentar ver o mundo de modo diferente. Vamos ao comentário, então:


É bastante comum a experiência de que alguns pratos são melhores no dia seguinte. Há inclusive as receitas de pratos que devem ser preparados na véspera, para que no dia em que forem servidos todos os seus ingredientes tenham alcançado o sabor e o efeito que se pretende. Acho que isto também acontece com os exercícios. As lições, ano após ano, adquirem novos significados, principalmente se nos deixamos envolver pelas ideias e as pomos em prática.

Tenho encontrado alguma dificuldade para trabalhar com os comentários. Não no sentido de que não me pareça possível trazer algo para o que chamar a atenção a respeito da ideia que vamos praticar. Mas apenas no sentido de que me parece que o comentário feito anterioremente foi o comentário correto para aquela lição naquele dia. E é claro que sei que cada um dos que leem a lição leem uma nova lição a cada ano. A cada leitura ela revela aspectos de nós mesmos para os quais não tínhamos dado a devida atenção.

É só por isso que vou, mais uma vez, requentar o prato "comentário" que lhes ofereci para esta lição no ano passado. Espero que seu sabor se sobressaia revelando gostos que não se mostraram na primeira vez em que foi servido. Que lhes parece? Estão dispostos a experimentar? Vamos fazê-lo juntos?

Ao contrário do que podemos ter sido levados a acreditar, nada daquilo que pensamos deixa de exercer alguma influência no mundo tal como o percebemos. E isto, eu diria, é mais uma evidência da veracidade da ideia que o Curso nos oferece para as práticas de hoje. E também daquela que praticamos ontem.

É bem fácil comprovar isto. Vou lhes pedir que tentem fazê-lo, mesmo que a título de brincadeira. Um teste. Ou porque, de fato, se decidiram a levar a sério os exercícios, para aprender a olhar o mundo de forma diferente. Tomem, por exemplo, alguém, ou alguma coisa, que os(as) incomode, prestando atenção ao pensamento que está relacionado à lembrança desse alguém ou dessa coisa. Experimentem mudar esse pensamento.

Tentem de verdade se referir a esse alguém, ou a essa coisa, com um pensamento agradável, um pensamento que os(as) remeta à alegria, ao prazer, a qualquer coisa que lhes lembre tranquilidade, paz, serenidade. Façam isto por algum tempo, repetindo várias vezes o novo pensamento sempre que a pessoa ou a coisa lhes vier à cabeça.

O que acontece? Isto muda sua forma de ver ou de pensar a respeito dessa pessoa, ou dessa coisa? Não? Podem ficar certos de que essa mudança, se a decisão de mudar for mantida, vai afetar também, de forma direta, a pessoa ou a coisa a respeito da qual vocês tentaram mudar o modo de pensar.

É por esta razão que somos capazes, conforme diz o Curso, de salvar o mundo. É simples. O que não significa que é fácil. Pois vai depender da tomada de decisão de abandonar as crenças a que nos apegamos. Ou não é verdade que gostamos de ter razão, sem pensar na infelicidade que ter razão traz muitas vezes? Porque reforça a decisão de dar ouvidos ao ego e continuar julgando ao mundo e a nós mesmos.

Gostaria de pedir mais uma vez, a quem quiser e puder fazer o teste, se achar possível e resolver experimentar a mudança sugerida como exemplo, que comentasse aqui no blogue as sensações que teve e os resultados a que chegou. Se lhe parecer, é claro, que isto pode contribuir para seu/nosso aprendizado.

Um comentário:

  1. Moisés
    Comecei a segunda prestando a maior atenção e fazendo este teste sugerido.
    Valeu a dica, pois é sempre bom reforçar que precisamos aplicar na prática os exercícios, mesmo que já os façamos há bastante tempo, me dou conta que sem perceber às vezes os estou fazendo de forma automática. Não sei se acontece com mais alguém.
    Depois conto o resultado.
    Obrigada
    Bjs
    Nina

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