quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Atenção aos pensamentos: eles criam o mundo


LIÇÃO 19

Não estou sozinho ao experimentar os efeitos de meus pensamentos.

1. A ideia para hoje é, obviamente, a razão pela qual tua visão não afeta só a ti. Observarás que às vezes ideias relacionadas ao modo de pensar antecedem aquelas relacionadas à percepção, enquanto que outras vezes a ordem está invertida. A razão é que a ordem não importa. Pensar e seus resultados são, de fato, simultâneos, pois causa e efeito nunca estão separados.

2. Hoje estamos enfatizando mais uma vez o fato de que as mentes são unidas. Raramente esta é uma ideia totalmente bem recebida a princípio, uma vez que ela parece trazer consigo um enorme senso de responsabilidade e pode até ser considerada uma "invasão de privacidade". Porém, é um fato que não existe nenhum pensamento privado. Apesar de tua resistência inicial a esta ideia, tu ainda compreenderás que ela tem de ser verdadeira se a salvação for possível de alguma forma. E a salvação tem de ser possível porque é a Vontade de Deus.

3. O minuto aproximado de exame mental que os exercícios de hoje pedem deve ser empreendido de olhos fechados. Primeiro, a ideia deve ser repetida e, em seguida, a mente deve ser vasculhada cuidadosamente em busca dos pensamentos que contém naquele momento. À medida que refletes a respeito de cada um, cita-o tendo em vista a pessoa ou tema central que ele contém e, mantendo-o em tua mente ao fazê-lo, dize:

Não estou sozinho ao experimentar os efeitos
deste pensamento sobre ___________ .

4. A esta altura, a necessidade da maior casualidade possível na escolha dos sujeitos para os períodos de prática já deve ser bastante familiar para ti e não será mais repetida a cada dia, embora venha a ser incluída como um lembrete ocasionalmente. Não te esqueças, no entanto, de que a seleção aleatória de sujeitos para todos os períodos de prática continua a ser essencial do início ao fim. A ausência de ordem a este respeito tornará, finalmente, significativo para ti o reconhecimento da ausência de ordem nos milagres.

5. Sem considerar as aplicações da ideia de hoje "de acordo com a necessidade", pede-se pelo menos três períodos de prática, diminuindo a duração do tempo envolvido se necessário. Não tentes mais do que quatro.

*

COMENTÁRIO:

Uma das leituras que fizemos nos grupos de estudos do UCEM nesta semana, a semana em retomamos a caminhada junto com os grupos, trata da coerência que há entre os meios que o Curso nos oferece, via Espírito Santo, para chegarmos ao fim, isto é, para atingirmos a meta do autoconhecimento: a proposta do ensinamento. Isto tem muito a ver, pelo menos em meu entendimento, com a ideia que o Curso nos oferece para as práticas nesta quinta-feira, dia 19 de janeiro. 


Como já aprendemos, uns mais outros menos, o mundo que vemos não é nada mais do que projeção daquilo que trazemos interiormente. Por mais difícil de entender que seja esta ideia, é possível, a todo momento, testá-la e comprovar na prática sua veracidade. Para tanto, basta nos dispormos a mudar a forma de pensar a respeito de qualquer coisa, pessoa ou situação em nossa vida para que nossa percepção de qualquer uma delas mude. E, mais, para que a própria coisa, pessoa ou situação se apresente de outro modo a nossos olhos. Por mais que isto muitas vezes nos surpreenda.


É disto que trata a ideia que praticamos hoje, de buscar reconhecer o poder verdadeiro que há em nós, de aceitá-lo e de usá-lo para transformar o mundo que vemos, a partir de mudança que decidimos fazer em nosso modo de olhar para ele. E para tudo o que há nele. Pois quando mudo meus pensamentos eu mesmo experimento a mudança que provoquei. E não apenas eu. Tudo muda, quando eu mudo. 


Aí mora também a relação entre a ideia de hoje e o texto a que me referi acima. Nada muda enquanto eu não me decidir pela mudança. Enquanto eu não tomar a decisão de mudar, tudo permanece igual e o mundo continua a funcionar da forma que penso que funciona. Se a meta a que me propus, ao entrar em contato com o Curso, é o que quero, de fato, tenho de aceitar os meios que o Curso oferece para atingir a meta.


E, para aceitar os meios, é preciso que eu me mantenha atento às práticas, que eu me mantenha atento aos meus pensamentos, pois são eles que criam o mundo que vejo. É preciso reconhecer que, em geral, estou equivocado a maior parte do tempo em relação a tudo, ou quase tudo, e a todos, ou quase todos. Pois tudo e todos não passam de imagens que construí para povoar meu mundo e há muito pouco, quase nada, de realidade nele. Preciso estar atento ao fato de que mesmo aquelas ideias aparentemente mais simples que me vêm à mente só servem para acrescentar ilusões à ilusão maior que permeia minha percepção do mundo: a crença de que estou separado de Deus. 

Pensemos bem a respeito disso. Pois, se meus [nossos] pensamentos exercem efeitos sobre tudo e todos no mundo e no próprio mundo, então não é lógico pensar que sou eu [e cada um de nós, por sua vez e a seu modo particular] que o crio e modifico com meus pensamentos? Do mesmo modo que crio e aumento as ilusões, posso escolher co-criar o real com Deus e estender o amor e a alegria.

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