terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Liberdade é aprender a abrir mão do controle


LIÇÃO 24

Eu não percebo meus maiores interesses.

1. Não percebes claramente que resultado te faria feliz em nenhuma situação que surja. Por isto, tu não tens nenhum guia para a ação apropriada e nenhum modo de julgar o resultado. O que fazes é determinado por tua percepção da situação e essa percepção está errada. É inevitável, então, que não vás atender a teus maiores interesses. No entanto, eles são tua única meta em qualquer situação percebida de modo correto. De outra forma, não reconhecerás quais são eles.

2. Se te desses conta de que não percebes teus maiores interesses, poder-se-ia ensinar-te quais são eles. Mas, diante de tua convicção de que sabes quais são eles, não podes aprender. A ideia para hoje é um passo na direção da abertura de tua mente a fim de que o aprendizado possa começar.

3. Os exercícios para hoje pedem muito mais honestidade do que estás acostumado a usar. Alguns poucos sujeitos, considerados honesta e cuidadosamente em cada um dos cinco períodos de prática que devem ser empreendidos hoje, serão mais úteis do que um exame mais superficial de um número grande deles. Sugere-se dois minutos para cada um dos períodos de exame mental que os exercícios envolvem.

4. Os períodos de prática devem começar com a repetição da ideia de hoje, de olhos fechados, seguida pelo exame mental em busca de situações não resolvidas acerca das quais estejas preocupado atualmente. A ênfase deve estar em descobrir o resultado que queres. Rápido perceberás com clareza que tens em mente várias metas como parte do resultado desejado e também que essas metas estão em níveis diferentes e que, muitas vezes, são antagônicas.

5. Ao aplicares a ideia para hoje, cita cada situação que te ocorrer e depois lista cuidadosamente o maior número possível de metas que gostarias que fossem alcançadas na sua resolução. A forma de cada aplicação deve ser mais ou menos a seguinte:

Na situação que envolve _________, eu gostaria que ________
acontecesse, e que __________ acontecesse,

e assim por diante. Tenta incluir tantos tipos diferentes de resultado quantos realmente possam te ocorrer, mesmo que alguns deles não pareçam estar diretamente relacionados à situação ou que nem mesmo pertençam a ela de forma alguma.

6. Se estes exercícios forem feitos de modo correto, reconhecerás rapidamente que fazes um grande número de exigências da situação, que não têm nada a ver com ela. Também reconhecerás que muitas de tuas metas são contraditórias, que não tens nenhum resultado harmonioso em mente, e que terás de te frustrar em relação a algumas de tuas metas independentemente de como a situação se resolva.

7. Depois de examinares a lista do maior número possível de metas almejadas para cada situação não resolvida que passar por tua mente, dize a ti mesmo:

Eu não percebo meus maiores interesses.

e passa para a seguinte.

*

COMENTÁRIO:

Vezes sem conta já ouvimos dizer que não há meio de acrescentar mais líquido em um copo que já esteja cheio. É disso que trata a ideia para as práticas desta terça-feira, dia 24 de janeiro. Pensamos saber o que queremos, quando, na verdade, não temos a menor ideia do que seria melhor que acontecesse para nós em praticamente nenhuma das situações que se apresentam, ou se apresentaram a nós até agora, como afirma a lição de hoje.

Nem ao menos sabemos - no sentido de que não temos consciência, em geral, porque não queremos nem ouvir falar na possibilidade -, que as situações que se nos apresentam são sempre manifestações, ou materializações de escolhas que fizemos, muitas vezes de modo inconsciente. E na grande maioria das vezes elas não são nem de longe aquilo que esperávamos. Como, então lidar com esta questão?

As práticas que o Curso nos oferece são a melhor maneira  que temos para aprender a reconhecer que não sabemos nada. São a melhor ajuda que podemos encontrar para abrir nossa mente para a mudança. Uma mudança que vai nos ensinar de que modo abrir mão da necessidade de ter razão e de "bater o pé", acreditando que sabemos o que é melhor para nós. São as práticas que vão nos ensinar quão libertador é abrir mão do controle.

Assim como nos ensinam a reconhecer que não sabemos, de fato, como escolher o melhor para nós em quase nenhuma ocasião, as práticas nos ensinam também a aceitar o resultado que vai se mostrar a nós a partir de nossa decisão de deixar a cargo do Espírito Santo a escolha do que vai nos fazer felizes e nos devolver à alegria, que é a Vontade de Deus para nós.

Reconhecer que não sabemos é o primeiro passo para começar a esvaziar o copo, antes de permitir que ele volte a ficar cheio. Na verdade, quanto mais o esvaziarmos de nossa pretensa sabedoria, tanto mais seremos capazes de enchê-lo com o novo, com a sabedoria indizível, que não precisa de palavras para ser vista, percebida e reconhecida.


OBSERVAÇÃO: Este comentário, com pequenas modificações é praticamente o mesmo feito a esta lição no ano passado.



2 comentários:

  1. Sábias palavras, verdades são sempre verdades... não importa se foram usadas em 2011 já... ou melhor, importa sim, pois mais uma vez temos oportunidade de confirmar e testemunhar... Teu comentário traz a lição para mais perto da gente... Exercício fundamental para a minha vida !!
    Sou grata

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    1. É verdade, Lena.

      É exatamente o que o Curso diz, referindo-se a si mesmo como simples, pois tudo o que ele faz, de fato, é afirmar que só a verdade é verdadeira e que o que não é verdade é ilusão.

      Nunca é demais repetir. Pois esquecemos demais. Esquecemo-nos de maneira muito fácil daquilo que somos e do que queremos.

      Obrigado por comentar e se manter presente.

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