segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O mundo só tem o significado que damos a ele


LIÇÃO 2

Eu dou a todas as coisas que vejo neste quarto [nesta rua, desta janela, neste lugar]
todo o significado que têm para mim.

1. As práticas com esta ideia são as mesmas que aquelas com a primeira. Começa com as coisas que estão perto de ti e aplica a ideia a qualquer coisa sobre a qual teu olhar pouse. Depois, amplia o alcance para fora. Vira a cabeça para incluir o que quer que esteja em qualquer um dos lados. Se possível, vira-te e aplica a ideia àquilo que estava atrás de ti. Continua, tanto quanto possível, a não fazer distinção quando escolheres os sujeitos para a aplicação da ideia; não te concentres em nenhuma coisa em particular e não tentes incluir tudo o que vês em uma área determinada, ou introduzirás tensão.

2. Olha simplesmente com naturalidade e com razoável rapidez ao teu redor, tentando evitar a escolha por tamanho, brilho, cor, material ou pela importância relativa para ti. Escolhe os objetos simplesmente quando os vires. Tenta aplicar o exercício com igual facilidade a um corpo ou a um botão, uma mosca ou um piso, um braço ou uma maçã. O único critério para a aplicação da ideia a qualquer coisa é simplesmente que teus olhos a tenham encontrado. Não faças nenhuma tentativa de incluir qualquer coisa em particular, mas certifica-te de que nada seja excluído de forma específica.

*

COMENTÁRIO: 

Para quem aqui chega pela vez primeira - e mesmo para os que estão voltando aqui depois de algumas práticas -, pode parecer difícil entender, compreender , o que a ideia para a lição de hoje, dia 2 de janeiro de 2012, quer dizer. E, na verdade, ela não diz nada mais do que o óbvio, se pensarmos bem. 


O que acontece é que, ao chegarmos aqui, neste mundo, nós já o encontramos "aparentemente" cheio de coisas que, parece-nos, não conhecemos. Nunca ninguém nos ensinou - nossos pais, nossa família, parentes, professores - que o mundo, este mundo - haverá um mundo? -, só pode ter o significado que damos a ele. 


No entanto, sabemos bem que muitas vezes, quando não concordamos com alguma explicação que alguém nos dá a respeito de algo que não compreendemos, nós mesmos tomamos a decisão acerca do significado que queremos dar ao tema em questão. 


Não é assim em relação a tudo desde que nascemos? À medida que vamos crescendo no mundo aprendendo "mais" a respeito dele? Ou será que temos a ilusão de que algo que aprendemos lá na primeira infância vai continuar a ter para nós - e para quem quer que seja - o mesmo significado que tinha então? Ou será que fomos tão iludidos pelo mundo a ponto de acreditar que qualquer coisa nele - uma única coisa - possa ter o mesmo significado que tem para nós mesmos? 


Ora, é fácil responder a isso, não? E a conclusão que se pode tirar daí é que eu, e apenas eu, "dou a todas as coisas que vejo o significados que elas têm para mim". E, consequentemente, cada um faz a mesma coisa em relação a tudo o que vê. Não lhes parece assim?  


Às práticas, então!


OBSERVAÇÃO: Peço-lhes que me desculpem se a postagem nestes primeiros dias do ano não tiver a regularidade costumeira. É que não tenho computador aqui na praia, onde estou, e nem todos os dias posso me aproximar de um.

Um comentário:

  1. Obrigado, Marcia, Nina e Sania, por seus comentários no recomeço desta caminhada.

    Oxalá possamos continuar a caminhar juntos por muitos e muitos anos, enriquecendo-nos uns com a companhia e o compartilhar dos outros, aprendendo cada vez mais a respeito de nós mesmos no contato uns com os outros. Que só para isto viemos.

    Obrigado por continuarem conosco e por se manifestarem.

    Um grande ano a todas.

    Beijos.

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