Se, como disse ontem, estamos sozinhos no mundo, não há ninguém a quem possamos culpar por nossos infortúnios ou pela situação que o mundo vive. Ninguém, a não ser eu mesmo, tem culpa ou responsabilidade por nenhuma sequer das situação com que me deparo em meu dia a dia. E só preciso reconhecer isso para perceber que a culpa é uma fantasia que criei em meu mundo, para afastar de mim mesmo a responsabilidade por minhas criações equivocadas. É preciso que a culpa exista para eu poder atribuí-la a alguém por minha falta de compromisso comigo mesmo e para com o mundo que crio.
Eu preciso da existência da culpa para justificar meu afastamento da santidade. Para poder julgar o mundo e ver nele a expressão concreta de meus próprios medos, a materialização dos pensamentos que acho necessário esconder. Aqueles pensamentos que acredito me fazer ver o mundo como um lugar horrível, cheio de problemas e, possivelmente, sem salvação possível. Uma amostra do inferno, quando não o próprio inferno. O exercício deste dia 8 de fevereiro, a lição de número 39, pergunta: "Se a culpa é o inferno, qual é seu oposto?" E nos convida a pensar se, de fato, acreditamos que a culpa é o inferno. E eu diria que é exatamente esta a questão. Quem de nós acredita verdadeiramente que a culpa é o inferno?
Ou talvez seja melhor reformular a pergunta. O mundo que vemos é possível sem acreditarmos na existência da culpa? A menos que estejamos absolutamente certos de que a culpa não existe e de que é a ideia dela que cria a possibilidade da existência do inferno não vamos conseguir entrar em contato com nossa santidade, para criar apenas experiências que nos levem em direção da alegria perfeita. Não será possível salvar o mundo. Não será possível salvar a nós mesmos.
E é isso que a lição de hoje nos convida a fazer. A pôr em prática a ideia de que: Minha santidade é minha salvação. Porque é acreditando nesta ideia que podemos nos salvar e, por consequência, salvar o mundo inteiro.
O que acham de tentar?
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