terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A decisão de olhar de outro modo permite escolher

A partir da lição de ontem, que nos convidava a olhar para o mundo de outro modo, dá-se início a uma série de escolhas que podemos fazer em relação a tudo o que nos afeta no mundo que vemos. Isto é, se eu acreditar que há outro modo de olhar para o mundo e me decidir a olhá-lo deste outro modo, posso escolher o que quero ver. Ou, ainda, melhor dizendo, posso materializar no mundo apenas aquilo que serve para pavimentar meu caminho com a alegria perfeita. E, mais importante, compartilhar apenas isso.
Aliás, se alguém chegou a ver a lição de ontem, não sei. Ninguém se manifestou. Ou está tudo dito de forma muito clara ou tudo está absolutamente ininteligível. Ou o assunto não interessa a ninguém. Ou, ainda, ninguém quer dividir [o segredo] nada com ninguém. Não importa. Sigamos em frente, portanto.
Isso me lembra uma historinha a respeito de Santo Antônio, não sei qual deles, mas sei que é um dos seguidores de São Francisco. Ela conta que, certa ocasião, quando se pôs a falar na beira de um lago e as pessoas aparentemente não se mostraram muito interessadas no que ele dizia, ele simplesmente se virou de costas para as pessoas e passou a se dirigir aos peixes, que pulavam para fora das águas do lago aos milhares para ouvir suas palavras.
Voltando ao UCEM e às escolhas que ele nos oferece a partir de nossa decisão de olhar para o mundo de outro modo, o exercício de hoje diz o seguinte: Eu poderia ver paz em vez disso. Isto é, em lugar de qualquer outra coisa que vemos no momento, o outro modo de ver permite que nossa escolha recaia sobre a visão da paz. E isso vale para qualquer situação, acontecimento ou pessoa que nos cause inquietação, aborrecimento, raiva, nervosismo, ansiedade ou preocupação. O que equivale a dizer, como o Curso diz, que nossa paz de espírito tem de ser construída dentro de nós e depende de nossa escolha, de nossa decisão. Uma vez feito isso, podemos estendê-la a tudo o que aparentemente acontece do lado de fora.
O livro sugere várias formas de aplicação da ideia de hoje. Tomar a decisão de utilizar a ideia e de compartilhá-la, contudo, é mais importante do que fazer uso de um roteiro conforme a sugestão do livro. Tal decisão vai nos permitir usá-la sempre que necessário durante todo o dia [e ela vai passar a fazer parte de nosso repertórios de solução de problemas], quando qualquer coisa que se apresentar a nós trouxer consigo a impressão de conter a capacidade de levar embora nossa paz. Aí, então, paramos e aplicamos a ideia. Explicitando claramente o que queremos em relação ao que estamos vendo no momento. Lembrando-nos sempre de que nada do que existe fora pode, de verdade, perturbar nossa paz. A não ser que autorizemos. A decisão é sempre nossa, de cada um.
Vamos experimentar? Comentários...

Um comentário:

  1. A decisão de olhar o mundo de outro modo foi -dentre aquelas famosas que se faz todo ano novo e das quais na maioria das vezes desistimos logo nos primeiros meses - a mais importante que tomei neste 2009 que está ainda no começo. Estou fazendo DE VERDADE todas as lições com o maior empenho, o que não impede de escorregar aqui e ali, num segundo de desatenção. Por isso, não é o tempo todo que lembro que "eu poderia ver paz em vez disso" e ao invés de "aceitar a expiação para mim mesma", fico absolutamente p. da vida comigo, então a sensação é (não sempre, claro) de retrocesso. Meu Deus! Como esse ego dá trabalho! Enfim, bola p/frente...

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