sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Entrar em contato com a santidade

Antes de passarmos à revisão das ideias da lição 58, deste dia 27 de fevereiro, gostaria de chamar sua atenção mais uma vez para a última ideia dos exercícios de ontem, que diz: Minha mente é parte da Mente de Deus. Eu sou verdadeiramente santo.



Voltemos à segunda parte da ideia - eu sou verdadeiramente santo - para falar um pouquinho a respeito da santidade, um conceito com o qual o mundo não está muito acostumado a lidar no dia a dia. Ou tem uma série de preconceitos e noções erradas da ideia que está por trás das palavras santo e santidade. Elas até chegam a ser motivo de zombaria em alguns círculos mundanos. Ou envolvem um julgamento pejorativo para definir alguém ["santo", "santinho"] que não quer fazer alguma coisa que lhe pareça ser contrária àquilo em que acredita. É a pressão social [do ego] fazendo força para o indivíduo contrariar a si mesmo. Ou para forçá-lo a fazer coisas das quais ele tem consciência de que os resultados não o levarão para mais perto da alegria.



Para o UCEM, parece-me, a santidade é nosso estado natural. Por isso lhes trago aqui a definição de santidade, dada por Roberto Crema em um livro chamado Normose, para aprendermos, talvez, a apagar a noção errada que temos, julgando-nos incapazes de alcançar um tal estado, ou porque nos subestimamos, ou porque não queremos ser excluídos de nossos círculos de amizade parecendo carolas ou certinhos, além das medidas aceitas para o convívio em grupo. Assim, diz ele, "... a santidade [sinônimo de plenitude] não é um privilégio de poucos; é uma responsabilidade de todos nós. Ser santo é ser inteiro, é ser simples, é ser transparente. É ser tudo aquilo que realmente somos. É uma conquista do processo de individuação*, da travessia das sombras rumo ao ser, processo que jamais termina e que começa com o primeiro passo neste labirinto de nós mesmos".



Dito isto, vamos as ideias para a revisão de hoje, seguindo as mesmas orientações dadas para as lições anteriores. São elas:



(36) Minha santidade envolve tudo o que vejo.

(37) Minha santidade abençoa o mundo.

(38) Não há nada que minha santidade não possa fazer.

(39) Minha santidade é minha salvação.

(40) Eu sou abençoado como um Filho de Deus.



Entendendo, conforme vimos acima, a santidade como o estado natural do Filho de Deus, que somos todos e cada um de nós, podemos perfeitamente praticar as ideias que o livro nos sugere para os exercícios de hoje sem receio algum de ir contra qualquer coisa que o mundo nos apresente. E, melhor ainda, com a certeza de que o mundo não pode, nem vai, nos apresentar nada que não possamos envolver em santidade, uma vez que, ao nos descobrirmos em nosso estado natural, só podemos abençoar o mundo e tudo o que há nele. Ao mesmo tempo, podemos também conservar em mente a certeza de que não há nada que não possamos fazer. A certeza de que qualquer coisa que fizermos pode ser abençoada, pois aponta para a salvação que nossa santidade garante. E é assim que precisamos aprender a viver nossos dias, envoltos na gratidão, sendo gratos por tudo, porque nos sabemos abençoados como um Filho de Deus. Que é o que somos, na verdade.



Ainda no mesmo livro, Crema cita o poeta Juan Ramon Jimenez que diz: "Não corras. Não tenhas pressa. Aonde tens que ir é só a ti".

Vamos começar a jornada?



*Individuação: na psicologia de Jung, a individuação é um processo psíquico de amadurecimento e transformação frequentemente descrito em conjunto com os conceitos de autorealização e totalização da pessoa. Simplificando enormemente o conceito, para trazê-lo aos termos do UCEM, poder-se-ia dizer que a individuação é a viagem que fazemos durante toda nossa vida, partindo do modo de conhecer do ego para chegar ao Ser, para entrar em contato com a santidade, nosso estado natural. Isto é, a jornada de que fala o poeta.

3 comentários:

  1. É muito lindo tudo isso que você escreveu, Moisés! Vamos indo praticando, praticando e praticando as lições e sentindo que a vida vai ficando melhor. Aí o ego de repente assume o comando e vem aquela pisada "nos tomates", mas é mais fácil voltar, já que conhecemos o caminho e como dizia a "Dona Marieta" - "Por aí se vai..." Sabe Deus o que ela queria dizer com isso, mas ficou gravado no meu inconsciente, rs...

    ResponderExcluir
  2. Moises, assim como você explicou a palavra individuação, como você define o amor no ensinamento do UCEM, parece simples dizer que amamos, mas o que é realmente o amor?O que temos que fazer para demonstrar amor?Eu acho que amar é uma das partes mais importante do ensinamento,mas como demonstrar amor?Como amar a todos sem distinção?Ás vezes acho que eu poderia amar mais, demonstrar mais, mas não sei... ah não sei... como você define o amor incondicional? Bjs

    ResponderExcluir
  3. Para o UCEM, o Amor é a única coisa que existe. O resto é ilusão. Não saberia dizer o que é o amor incondicional. O Amor é o Amor. Ou seja o Amor é a única coisa que É. Que é o que nós somos na verdade. Todo o resto é ilusão. O Amor que É não precisa de qualificações. Só o ego.
    Obrigado pelos comentários.

    ResponderExcluir