terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Não há nada a temer.

Qual é seu maior medo? Você tem algum medo? Existe alguma coisa na qual você não pode nem pensar, que sente arrepios? O mundo lhe parece um lugar assustador? Você tem medo de sair de casa? Você tem medo de andar à noite? A ideia de dirigir em São Paulo lhe provoca calafrios? Ir ao denstista? Ir ao médico? Ir a uma reunião? A uma entrevista de emprego? Uma prova? Falar em público?
Não há nada a temer. Isto é o que afirma a ideia central da lição 48, para este dia 17 de fevereiro.
Mas... e a morte? E se não existir nada depois desta vida?
Imaginemos que não exista nada depois deste tempo que é a duração de nossa vida num corpo, neste mundo. O que faria diferença em nosso modo de viver? Se soubéssemos que não existe nada além desta experiência que estamos tendo agora, no presente, neste lugar em que nos encontramos? O que faríamos diferente? Será que adiariamos tanto nossa tomada de decisões? Será que relutaríamos tanto em falar de nosso amor pelas pessoas todas com que convivemos? Será que valorizaríamos tanto nossa própria opinião, querendo ter razão sempre? Será que dedicaríamos tanto do tempo que temos a criar experiências que nos colocam em contato com a dor e com o sofrimento?
Paulinho Moska, cantor brasileiro acho que nem tão conhecido, tem uma música intitulada O Último Dia, em cuja letra pergunta "o que você faria se só te restasse um dia?", algo parecido com o que vivemos dia a dia, se pensarmos bem. Afinal, quem sabe o que lhe reserva o momento seguinte? E este talvez seja um exercício bom de se fazer. Pensar a respeito do que faríamos se soubéssemos exatamente qual é o tempo que nos resta para utilizar o corpo que temos. Na verdade, temos medo de pensar nisso. Ou, pelo menos, a maioria de nós tem.
No entanto, a lição de hoje nos convida a repetir, com a maior frequência possível, a ideia: Não há nada a temer. Porque, de acordo, com o que ensina o Ucem, como já vimos anteriormente, tudo está sempre absolutamente certo exatamente como está. E nenhum um de nós pode estar em nenhum lugar diferente daquele em que está no presente momento. E isso vale para todos e para cada um de nós. E para a experiência que criamos coletivamente também, que não pode ser diferente da que é, para todos e para cada um.
Se há algo de que ainda temos medo, se existe alguma coisa depois desta vida que vivemos agora ou não, se só nos restar este dia ou se ainda teremos muitos e muitos dias pela frente, não tem a menor importância. Basta sabermos que fazemos o melhor que podemos o tempo inteiro e que isso é cumprir a Vontade de Deus para nós, mesmo quando não temos consciência disso. Seja qual for o nome que damos a Ele.
O que acham?

2 comentários:

  1. Olá Moisés, só quero agradecer por tudo. Estivemos juntos agora há pouco no encontro do grupo e fico cada vez mais impressionada na conexão de praticar a lição do dia e o debate parecer ser sempre a continuação dela. Fiquem todos com Deus! Ao grupo,até o dia 03/03. Bom Carnaval! Aos seguidores do blog,até amanhã!

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  2. Obrigado pelo comentário, Nina.
    É verdade o que dizes. Mas, como bem diz o Ucem, isso é apenas uma questão de atenção.
    Em geral vivemos no automático. Quando paramos para prestar atenção, de fato, ao que "rola" em nossa experiência comum do dia a dia, percebemos claramente o quanto tudo tem a ver com tudo e quanta alegria deixamos de viver para olhar para o lado "negro" das coisas. Isto é, escolhemos dar às coisas um lado que elas, por serem neutras, não têm originalmente.

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