sábado, 7 de fevereiro de 2009

O que significa ser santo?

Alguém já se deu conta de que estamos sozinhos no mundo? Isto é, a partir da ideia de que cada um de nós cria o mundo que vê, posso pensar que não há ninguém no mundo além de mim. Até porque não há nenhum mundo além do meu.
Que lhes parece tais pensamentos?
Posso pensar ainda, de acordo com outra ideia do Curso, que nada do que faço para o outro ou outros tem qualquer efeito, a não ser em mim mesmo. Isto é, usando a própria ideia do UCEM, tudo o que faço é a mim mesmo que faço.
Como é, então, que crio as mais variadas formas de experimentar sensações que aparentemente me tornam infeliz, me afastam da alegria perfeita e me levam a viver um pesadelo e a transformar minha vida num inferno na terra?
Ou sou só eu?
Já falamos em outras ocasiões que tudo o que vivemos, cada um de nós, é apenas o fruto ou frutos de nossas escolhas. Somos nós mesmos os semeadores. Lembram-se de uma das parábolas de Jesus? A questão com que temos de lidar, parece-me, é exatamente a mesma de que falava a parábola, além das sementes que queremos plantar, a qualidade da terra onde deitamos as sementes de nossos pensamentos. E, aparentemente, nossa cabeça é um solo fértil para as sementes de ervas daninhas, as ideias que resultam em plantas com frutos amargos e impossíveis de comer e digerir.
A lição de hoje, a de número 38, porém, oferece uma boa semente para a fertilidade do solo de que somos proprietários ao afirmar que: Não há nada que minha santidade não possa fazer.
Mas é preciso que eu acredite em minha santidade. É preciso que eu acredite que minha santidade pode me mostrar o mundo de modo diferente. Pode salvar o mundo. Transformá-lo no mundo da alegria perfeita. O que não significa que vou deixar de ver problemas ou deixar de ver coisas que não são exatamente aquilo que eu gostaria de ver. Significa apenas que não vou lutar contra nada do que vejo, que não vou fazer nenhum esforço que me afaste de minha santidade. Significa apenas que vou buscar pôr minha atenção em cada escolha que eu fizer e mudá-la sempre que o resultado dela não me puser em contato com a alegria perfeita, que é o que quero viver. Viver minha santidade significa aceitar com gratidão tudo aquilo que o mundo aparentemente me oferece. Significa reconhecer que o mundo é apenas um efeito de meus próprios pensamentos, uma imagem externa daquilo que se passa em meu interior.
Minha santidade é o meio que me permite entender a finalidade do mundo, minha função nele e a finalidade de todas as coisas que vejo. Tudo no mundo - o próprio mundo, inclusive -, como já o disse alguém antes de mim, é um através, que me permite ver a mim mesmo. Ver todos os aspectos diferentes de mim mesmo, que não são visíveis sem os relacionamentos que crio com todas as pessoas, sem as relações que estabeleço com todas as coisas do mundo. Quanto mais eu exercito minha capacidade de olhar para tudo pelos olhos de minha santidade, tanto mais santo se torna o mundo, tanto mais me aproximo da alegria perfeita, porque a compreensão de minha santidade me permite compreender quem sou na verdade.
Vamos refletir a respeito disso. Pôr em prática? Exercitar a santidade?

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