LIÇÃO 322
Só posso desistir do que nunca foi real.
1. Eu sacrifico ilusões, nada mais. E, quando as ilusões se vão, encontro as dádivas que elas tentavam esconder esperando por mim em acolhida luminosa e prontas para dar as mensagens milenares de Deus para mim. A lembrança de Deus habita em cada dádiva que recebo d'Ele. E cada sonho serve apenas para esconder o Ser que é o único Filho de Deus, à semelhança d'Ele, o Santo Que ainda habita n'Ele para sempre do mesmo modo que Ele ainda habita em mim.
2. Pai, todo sacrifício continua a ser eternamente inconcebível para Ti. E, por isso, eu não posso sacrificar nada a não ser em sonhos. Do modo que Tu me criaste, não posso desistir de nada do que Tu me deste. Aquilo que Tu não deste não é real. Que perda posso prever exceto a perda do medo e a volta do amor a minha mente?
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COMENTÁRIO:
No décimo-quinto capítulo do livro-texto, O INSTANTE SANTO, sob o subtítulo O tempo do renascimento, o Curso diz:
"Não é necessário seguir o medo por todas as rotas tortuosas pelas quais ele se enterra sob o solo e se esconde na escuridão para emergir em formas bastante diferentes do que é. No entanto, é necessário examinar cada uma delas enquanto quiseres manter o princípio que governa todas elas. Quando estiveres disposto a considerá-las não separadamente, mas como manifestações diferentes da mesma ideia, e de uma ideia que não queres, elas desaparecerão juntas. A ideia é simplesmente esta: acreditas que é possível ser anfitrião do ego ou refém de Deus. É esta escolha que pensas ter e a decisão que acreditas ter de tomar. Não vês nenhuma outra alternativa, pois não podes aceitar o fato de que o sacrifício não consegue nada. O sacrifício é tão essencial ao teu sistema de pensamento que a salvação, separada do sacrifício, não significa nada para ti. Tua confusão entre sacrifício e amor é tão profunda que não podes imaginar amor sem sacrifício. E é para isto que tens de olhar: sacrifício é ataque não amor. Se aceitasses apenas esta única ideia, teu medo do amor desapareceria. A culpa não pode durar quando se elimina a ideia do sacrifício. Pois, se existir sacrifício, alguém tem de pagar e alguém tem de ganhar. E a única questão que permanece é qual é o preço e para se ganhar o quê."
É para aprender a aceitar o fato de que, ao contrário do que aprendemos, sacrifício não é amor, e sim separação do amor, que se destinam as práticas da ideia que a lição desta quinta-feira, 18 de novembro, nos apresenta.
Vamos nos lembrar de que, entre as inúmeras lições que praticamos na primeira parte, como forma de desaprender o que o mundo ilusório, criado pelo sistema de pensamento do ego, nos ensinou, uma delas em particular justifica acreditarmos na verdade da ideia que praticamos hoje: O mundo que vejo não contém nada que eu queira [Lição 128].
Ao desistirmos do mundo e de tudo o que ele aparentemente nos oferece, abrimos mão de que, então, a não ser de todas as ilusões?
Isto me traz à mente uma postagem de minha amiga Vera Guimarães no facebook em que ela diz que: "Sócrates, filósofo grego, gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores o assediavam, ele respondia: 'Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz'".
Moisés
ResponderExcluirAdorei esta postagem. Até enviei para todo o pessoal.
Muitos beijos
Milagres...milagres...
Thanks
Obrigado, Nina.
ResponderExcluirObrigado.