LIÇÃO 333
O perdão acaba com o sonho de conflito aqui.
1. O conflito tem de ser resolvido. Se se quiser se livrar dele, não se pode evitá-lo, pô-lo de lado, negá-lo, disfarçá-lo, vê-lo em outro lugar, dar-lhe outro nome ou escondê-lo por meio de qualquer tipo de truque. Ele tem de ser visto exatamente como é, onde se pensa que está, na realidade que lhe foi dada e com o propósito que a mente conferiu a ele. Pois só assim suas defesas são suspensas e a verdade pode brilhar sobre ele à medida que ele desaparece.
2. Pai, o perdão é a luz que Tu escolheste para eliminar todo conflito e toda dúvida, e para iluminar o caminho de nossa volta a Ti. Nenhuma luz a não ser essa pode pôr fim a nosso sonho mau. Nenhuma luz a não ser essa pode salvar o mundo. Pois apenas essa não falhará em nada jamais, pois é Tua dádiva para Teu Filho amado.
*
COMENTÁRIO:
Gerald Jampolsky, um dos primeiros estudantes de UCEM e fundador do primeiro Center for Attitudinal Healing [Centro para Cura das Atitudes - CCA], escreveu, a partir de suas interpretações dos ensinamentos do UCEM, entre outros, um livro inteiro a respeito do perdão.
O livro se chama Perdão e vale a pena ser lido, pois traz explicações para as muitas razões pelas quais achamos difícil perdoar e ilustra os motivos por que "apegar-se a sentimentos de revanche e de vingança é uma atitude que só pode causar sofrimento".
É claro que o livro tem tudo a ver com a ideia para as práticas desta segunda-feira, dia 29 de novembro. Pois descreve, de forma clara e simples, "os motivos pelos quais [muitas vezes] nos negamos a perdoar e como a nossa mente trabalha para justificar essa atitude".
Além disso, a fim de ajudar a nos decidirmos pelo perdão, o livro "aponta os efeitos colaterais tóxicos causados [pela] intolerância e os males que isso pode provocar no nosso corpo e na nossa vida em geral. Mas, acima de tudo, revela-nos os incomensuráveis benefícios do perdão".
Entre as várias histórias que Jampolsky conta, "que abrem nossos corações aos milagres que acontecem quando acreditamos verdadeiramente que todas as pessoas merecem o nosso amor", está a seguinte:
"Na tribo Babemba, da África do Sul, quanto uma pessoa age de maneira injusta ou irresponsável, ela é colocada sozinha no centro da aldeia, mas não é de maneira alguma impedida de fugir.
"Todos os habitantes da aldeia param de trabalhar e formam um círculo em volta da pessoa acusada. Em seguida, cada um, independentemente de sua idade, começa a lembrar o acusado de todas as boas ações que ele praticou ao longo da vida.
"Tudo o que é lembrado sobre a pessoa em questão é descrito em pormenores. Todos os atributos positivos do acusado, suas boas ações, seus pontos fortes e generosidades são ressaltados em benefício dela. Cada pessoa do círculo faz isso de forma detalhada.
"Todos os fatos da vida dessa pessoa são expostos com o máximo de sinceridade e amor. Ninguém pode exagerar os acontecimentos e todos sabem que não podem inventar histórias. Ninguém mente nem é irônico ao fazer esse relato.
"Essa cerimônia prossegue até que todos os habitantes da aldeia tenham relembrado os feitos dessa pessoa como membro respeitado de sua comunidade. Esse procedimento pode prolongar-se por vários dias. No final, a tribo desfaz o círculo e começa uma celebração jubilosa em que a pessoa é recebida de volta à tribo.
"Pelos olhos do amor, que essa cerimônia descreve de maneira tão bela, só a reconciliação e o perdão têm lugar. Cada pessoa no círculo, bem como a pessoa colocada em seu centro, é lembrada [de] que o perdão nos dá a oportunidade de abandonar o passado e os medos do futuro. A pessoa que está no centro não é considerada uma pessoa má nem é excluída da comunidade. Em vez disso, ela é lembrada do amor que existe em seu interior e é acolhida por todos à sua volta."
É isto o que fazemos quando alguém à volta de nós age de maneira injusta e irresponsável? E se, mesmo que apenas na imaginação, adotássemos o hábito de criar na mente um círculo de perdão, no qual colocássemos todas as pessoas que ainda nos parece difícil perdoar, por qualquer razão? É possivel! As práticas de hoje se destinam a nos ensinar a encontrar a alegria e a liberdade que só o perdão dá.
Às práticas, pois!
Tão lindo!!!
ResponderExcluirPois é, não, Welwitschia?
ResponderExcluirObrigado por comentar.
E Moisa, o perdao e muito dificil, pois esta enraizado com nosso sistema de crencas... aquela velha frase do "aqui se faz, aqui se paga", ou seja, nao existe o reconhecimento do perdao, mas sim da vinganca, do revanche.
ResponderExcluirAs praticas, pois!
bj a todos e boa semana!
Não é difícil, não, Cristiane...
ResponderExcluirBasta tomar a decisão... Até porque precisamos aprender que só perdoamos a nós mesmos...
E, depois, quando experimentarmos por alguns instantes a paz e a alegria que não se sentir culpado por nada, nem culpar a ninguém por nada, dá... ninguém vai querer outra coisa.
Às práticas, pois!
Obrigado por compartilhar.