LIÇÃO 325
Todas as coisas que penso ver refletem ideias.
1. Este é o princípio fundamental da salvação: o que vejo reflete um processo em minha mente, que começa com minha ideia do que quero. A partir disso, a mente constrói uma imagem da coisa que deseja, julga favorável e, portanto, busca encontrar. Essas imagens são, em seguida, projetadas para fora, examinadas, consideradas reais e preservadas como pessoais. Dos desejos loucos, surge um mundo louco. Do julgamento, surge um mundo condenado. E, de pensamentos de perdão, surge um mundo pacífico, misericordioso para com o Filho de Deus, para lhe oferecer um lar benigno no qual ele possa descansar por um momento antes de seguir adiante, para ajudar seus irmãos a andarem para frente com ele e encontrarem o caminho para o Céu e para Deus.
2. Pai Nosso, Tuas ideias refletem a verdade, e as minhas, separadas das Tuas, apenas inventam sonhos. Deixa-me ver apenas aquilo que reflete Tuas ideias, pois as Tuas, e só as Tuas, estabelecem a verdade.
*
COMENTÁRIO:
A ideia que praticamos neste domingo, 21 de novembro, complementa aquela que praticamos ontem. Estende e amplia o alcance dela para nos ajudar na tomada de decisão pelo Céu. Para nos ajudar a estabelecer a meta, conforme a leitura que fizemos no grupo de estudos na terça passada.
Lembremo-nos da ideia: Meu Pai me dá todo o poder. A ideia que praticamos no início desta semana ao encerrar o período sob a instrução: O que é o Juízo Final? Uma ideia que, às vezes, não nos parece muito clara. Se temos todo o poder, por que pensamos querer alguma coisa, chegamos até a formular o desejo, e... a coisa não acontece? Por quê? Porque ainda não está suficientemente claro para nós, muitas e muitas vezes, que o poder que recebemos está estreita e intimamente vinculado à ligação que temos com Deus, o Pai. Podemos tudo n'Ele, com Ele. Separados d'Ele e de Sua Vontade, como pensamos estar a maior parte do tempo, não podemos nada, na verdade.
É esta falta de clareza que nos leva a imaginar, conforme comentei ontem, a possibilidade de sermos capazes de inventar algo melhor do que o plano de Deus. É isto que, um sem número de vezes, nos leva a não querer aceitar a ideia de ontem: Eu apenas sigo, pois não quero conduzir.
Na vida que levamos, da forma como pensamos ter recebido um mundo pronto, a partir de nossa aparente entrada nele, nós nos consideramos capazes de escolher. Pensamos saber o que queremos, quando geralmente buscamos fazer nossas escolhas a partir do que sabemos não querer. O que, muitas vezes, nos deixa à mercê das situações e dos acontecimentos, como se eles surgissem de algum lugar do qual não tínhamos conhecimento.
O mundo, e todas as ideias nele, ou nos ensina que temos de aprender a liderar, a conduzir, para construir um espaço em que exerceremos o poder que recebemos; ou nos diz que precisamos nos conformar com o que temos, com o que fazemos, e ser agradecidos por isso, e que temos de nos contentar com uma vida medíocre de seguidores - não temos capacidade para decisões diferentes. Ou "lutamos" para dominar ou "lutamos" para aceitar a dominação. Estas são as opções que o mundo, inventado pelo sistema de pensamento do ego, nos oferece.
Este mundo não é de verdade! Ele é apenas um reflexo de nossos pensamentos, conforme nos ensina a ideia para as práticas de hoje. Todas as coisas que pensamos ver refletem ideias. Da mesma forma que recebemos a vida recebemos a capacidade da alegria, a capacidade de amar, a capacidade de Ser, que são o que vão nos levar a partilhar a paz natural do Filho de Deus.
Não há nada de que precisemos no mundo. E, em nossa passagem por ele, tudo o que precisamos aprender a fazer é Ser. Isto é, ser no mundo a manifestação do divino em nós, não nos deixando enganar por quaisquer necessidades de luta por um poder ou por qualquer coisa que não vai durar por toda a eternidade.
OBSERVAÇÃOZINHA (para os participantes do grupo de estudos da terça-feira): Isto não lhes parece uma continuação da conversa que tivemos na terça?
Nenhum comentário:
Postar um comentário