domingo, 14 de novembro de 2010

"Eu sou o início, o fim e o meio." (Raul Seixas)

LIÇÃO 315

O meio e o fim da salvação são um só em mim.

1. Todos os papéis do plano do Céu para salvar o mundo se harmonizam em mim, Filho santo de Deus. O que poderia não combinar, se todos os papéis têm apenas uma finalidade e um único objetivo? Como poderia haver um só papel que fique isolado, ou um de maior ou menor importância do que os restantes? Eu sou o meio pelo qual o Filho de Deus é salvo, porque a finalidade da salvação é encontrar a inocência que Deus pôs em mim. Eu fui criado sendo a coisa que busco. Eu sou a meta pela qual o mundo procura. Eu sou o Filho de Deus, Seu único Amor eterno. Eu sou o meio e também o fim da salvação.

2. Permite, meu Pai, que eu assuma hoje o papel que Tu me ofereces em Tua solicitação de que eu aceite a Expiação para mim mesmo. Pois dessa forma aquilo que se harmoniza em mim por meio dela se torna certamente harmonizado para Ti.

*

COMENTÁRIO:

Somos - cada um de nós é a sua própria maneira - tanto o meio quanto o fim da salvação, de acordo com a ideia que vamos praticar neste domingo, dia 14 de novembro. Lembrando-nos de que esta ideia é mais uma das que se encontram sob a instrução O que é o Juízo Final?, tema que dá unidade a nossas práticas nestes dias.

E o que isto quer dizer? Isto de que somos o meio o fim da salvação. Isto quer dizer apenas o que diz. É uma forma de nos lembrarmos de que, qualquer que seja a maneira que escolhemos para manifestar o divino no mundo, ela é tão eficiente e tão digna de ser abençoada quanto outra qualquer.

Importante é trazermos à consciência a certeza de que ainda somos como Deus nos criou, não importa o que façamos; e que sempre estamos no lugar certo, fazendo o que é preciso fazer, não importa onde estejamos ou o que estejamos fazendo. É portanto uma mentira aquela afirmação a respeito de algo que aconteceu a alguém e que diz que este alguém "estava no lugar errado na hora errado". Isto não existe.

Mais importante ainda do que isto, ou tão importante quanto, talvez, é aceitarmos, em quaisquer circunstâncias, lembrando-nos daquelas quatro leis espirituais ensinadas na Índia, que "a pessoa que vem é a certa". Isto é, em qualquer situação em que nos encontremos, a pessoa que vamos conhecer ou a já conhecida que se apresentará a nós na situação em curso é aquela que pedimos que se apresentasse, como forma de descobrirmos aspectos de nós mesmos dos quais ainda não tínhamos tomado consciência.

Em qualquer situação, o resultado é aquele que se apresenta, e não há como se escapar dele. Isto é, conforme a segunda lei, "aconteceu a única coisa que podia ter acontecido". Resta, então, escolher o que fazer. Aliás, o verdadeiro desafio não é a situação ou o resultado dela, mas o que vamos fazer com ele.

Conforme aprendemos há muito, há um tempo para cada coisa, um tempo para semear, um para regar e cuidar e um para colher. E, uma vez que na vida neste mundo dos sentidos tudo aparentemente tem um começo, há que se reconhecer a veracidade da terceira lei: "toda vez que você iniciar é o momento certo". Há como ser diferente? Não! Considerando-se que o único tempo que existe é o presente, tudo se desenrola a partir de nossa decisão de começar o movimento, a ação, a mudança, ou o que quer que seja. E não há como começá-lo a não ser no momento certo, que é quando o fazemos.

Por fim, para não me estender demais neste comentário, a quarta lei afirma que "quando algo termina, acaba realmente", a despeito de qualquer de nossos desejos de que alguma coisa continue indefinidamente. Isto não pode ser mais verdadeiro do que qualquer uma das outras três leis. Pois, na ilusão de que sabemos das coisas, insistimos muitas vezes em lembrar de experiências passadas, dos bons e velhos tempos em que éramos mais felizes, quanto tínhamos menos preocupações e/ou responsabilidades. Isto não é verdade. O passado passou. E, se ficamos atrelados a ele, deixamos de viver o presente.

Não há a menor necessidade de nos voltarmos para um tempo ou uma experiência anterior ao momento que estamos vivendo, desejando revivê-lo ou revivê-la. Isto nos impede de aproveitar todas as possibilidades que se descortinam a nossa frente. Impede-nos de ver o que há de novo sob o sol, que também se renova a cada dia para os olhos que querem ver as coisas de modo diferente.

Como já dizia Raul Seixas, "eu sou o início, o fim e o meio".

Às práticas, pois.

2 comentários:

  1. Amem Amem Amei!
    Inspiradisdimo!
    Obrigada mesmo!
    Bjo

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  2. Moisa, essa licao me tocou muito, pois sou presa as lembrancas do passado, e qdo estou triste me vejo buscando as emocoes, situacoes que vivi antes. As vezes comento com meu marido, e sua resposta e que mudamos, as condicoes mudam. Outro dia estava falando que sinto saudades de quando eramos so nos dois, nao que eu nao ame minha filha, mas houve uma mudanca no relacionamento, mas ele me fez ver que a mudanca foi para melhor, que o amor e maior, temos nossa familia e ainda temos muitos momentos, e nao tao diferente dos que tivemos. Deus fala conosco atraves de nossos irmaos!!
    Obrigado pelo comentario a esta licao! Tenho que me lembrar mais vezes a viver no presente, qq que seja a situacao, pois se vivo no passado nao deixo o presente SER!
    Grande semana para todos nos! Beijos
    ps - Dani, saudades amiga! Volta logo!

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