terça-feira, 23 de novembro de 2010

Lembrar de Santa Bárbara não só quando troveja

LIÇÃO 327

Só preciso chamar e Tu me responderás.

1. Não se pede de mim que aceite a salvação com base em uma fé insustentável. Pois Deus garante que Ele ouvirá meu chamado e que Ele Mesmo responderá. Deixa apenas que eu aprenda de minha experiência que isso é verdadeiro e a fé n'Ele tem de vir a mim com certeza. Essa é a fé que irá durar e que me levará cada vez mais adiante pela estrada que conduz a Ele. Pois, deste modo, ficarei certo de que Ele não vai me abandonar e de que ainda me ama, e de que espera apenas meu chamado para me dar toda a ajuda de que preciso para chegar até Ele.

2. Pai, eu Te agradeço porque Tuas promessas nunca falharão em minha experiência, se eu apenas testá-las. Permite, portanto, que eu tente testá-las e que não as julgue. Tua Palavra é uma só Contigo. Tu dás o meio a partir do qual a convicção vem, e a certeza da qual se ganha, enfim, Teu Amor duradouro.

*

COMENTÁRIO:

"Só preciso chamar e Tu responderás."

Esta é a ideia que praticamos durante o dia de hoje, terça-feira, 23 de novembro. Uma ideia que nos oferece uma possíbilidade de ajuda em tudo. Uma ajuda da qual nos esquecemos a maior parte do tempo, hipnotizados pela quantidade de coisas de que nos ocupamos em nosso dia a dia. Ou completamente absorvidos por milhares de pensamentos a respeito de deveres e afazeres que não vamos chegar a completar por falta de tempo.

Só quando as coisas apertam de maneira irremediável é que nos voltamos para Deus, nos lembramos d'Ele. Como dizia minha mãe: "Só se lembra de Santa Bárbara, quando troveja!", referindo-se a alguém que só se lembrava de apelar para a oração, ou para Deus, quando não tinha ninguém mais a quem recorrer.

Bem... a lição para hoje pode trazer um grande conforto por assegurar que sempre se pode recorrer a Deus. Em qualquer circunstância. E se vocês estiverem bem lembrados, o Livro de Exercícios, em sua introdução, diz que não é preciso que acreditemos nas ideias que praticamos. Não precisamos "aceitá-las e nem mesmo acolhê-las bem". Diz que podemos até resistir ativamente a algumas delas, mas que "nada disso importará ou diminuirá sua eficácia". A regra básica que ele nos oferece, assim, é apenas uma: a de que não façamos exceções para a aplicação das ideias e de que as apliquemos a tudo e a todos independentemente de quais sejam nossas reações a elas.

Isso significa que não há necessidade que tenhamos uma fé muito forte, nem mesmo que invoquemos qualquer tipo de fé. Basta a disposição verdadeira para assumir o compromisso para com nós mesmos que as práticas requerem. E que estejamos dispostos a cumprir o compromisso assumido, apesar de toda e qualquer dificuldade que se interponha em nosso caminho. Pois, se o mundo que vemos e construímos com nossos pensamentos, palavras e ações não é o que gostaríamos de ver, é preciso que busquemos aprender uma forma de olhar para ele de modo diferente.

E que modo melhor há do que "treinar a mente de forma sistemática para uma percepção diferente de todos e de tudo no mundo"?

Ou como pergunta Riobaldo:

"Quem sabe, tudo o que já está escrito tem constante reforma - mas que a gente não sabe em que rumo está - em bem ou mal, todo-o-tempo reformando?"

A ideia para as práticas de hoje pode ser de grande ajuda para mantermos firme o propósito de descobrir um novo jeito de olhar para o mundo. Pois, conforme nos diz o jagunço mais uma vez:

"... manter firme uma opinião, na vontade do homem, em mundo transviável tão grande, é dificultoso. Vai viagens imensas."

4 comentários:

  1. *
    Olá meus amados ...

    Por falar em Fé ... gostaria de recomendar a todos a leitura de um livro que consegui depois de anos à procura, pois não embrava o título, o qual descobri recentemente, e que tem me acrescentado maravilhosamente, tudo a ver com o UCEM, mas dito de forma simples demais, a partir das experiências do próprio autor em sua busca pessoal, como no caso do Eckart, do O Poder do Agora. Este tem apenas 96 págs, mas seu conteúdo é valiozíssimo, e espero que os auxiliem, como tem me auxiliado ... chama-se ...

    ---- O Livro da Fé Prática -----
    ( Um apredizado da espiritualidade )

    de Patrick Miller - pela Ed. Pandora

    Não tem na maioria das livrarias, apenas na Cultura, por R$ 18,00, ou nos sebos on-line, cujo link vai abaixo, por valores menores ...

    http://br.gojaba.com/search/qau/PATRICK+MILLER

    Espero estar sendo útil com essa recomendação.

    Nina querida, se puder transmitir a mais de nós,
    já que vc é tão boa nisso, ficamos gratos ...

    Milagres e Milagres a todos ....

    Com amor ...

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  2. Obrigado, Carmen, querida.

    Tudo bem com você?

    Perguntando de novo, como está a experiência do novo trabalho? Vamos nos encontrar hoje à noite?

    Obrigado por sua indicação. Vou procurar.

    Obrigado por comentar.

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  3. Moisés
    Sigo praticando com as minhas xerox. Não li o blog no final de semana, nem ontem, mas li todas as postagens hoje. Tenho tentado "lembrar de Santa Bárbara" o tempo todo, mas nem sempre consigo.
    Estou voltando "aos básicos", ou seja, relendo os livros mais simples por isso adorei a recomendação da Carmen. Já entrei neste site e encomendei dois exemplares deste livro. Quer um, Moisés? Ou já encomendou?
    Eu sou fã do Patrick Miller, para quem não lembra, ele escrevou "A História Completa do Curso em Milagres", que é um livro que eu adoro e pretendo reler em breve, pois dá uma clareada na complexidade do UCEM (pelo menos para mim).
    Super obrigada, Carmen pela dica e até mais à noite no encontro do grupo.
    Moisés, vou copiar para os colegas esta postagem e comentários.
    Bjs
    Nina

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  4. Oi, Nina,

    Quero sim, obrigado. Ainda não tinha tido tempo de encomendar.

    Quanto ao que dizes, é exatamente isto. Nosso problema, em geral, está sempre relacionado aos "básicos". Ou melhor, ao esquecimento deles. Pois é só porque esquecemos que somos Filhos de Deus muito amados e que temos todo o poder que Ele nos dá, que passamos pelas situações todas que passamos em que aparentemente nos sentimos impotentes.

    É porque esquecemos que a responsabilidade pelo mundo que vemos é nossa, que criamos, a partir da ideia da separação, o julgamento, uma forma de fugirmos à responsabilidade, culpando outro ou outros pelas coisas que não queremos ver como criações nossas.

    É porque nos esquecemos da ideia básica de que tudo é muito simples e se resume à regra de ouro.

    E uma historinha a respeito dela, tirada do livro O Poder da Cabala:

    "Um aluno vai ao seu venerado mestre e pede a ele que lhe revele todos os segredos sublimes e todos os mistérios magníficos do cosmos no curto espaço de tempo em que se equilibra numa perna só. O eminente mestre é um dos maiores gigantes espirituais que já caminhou por esta terra. Ao escutar o pedido do ávido aluno, considera a questão com muito cuidado. Seus olhos então brilham com infinita sabedoria...

    "Ama teu próximo como a ti mesmo. Todo o resto é apenas comentário. Agora vai e aprende."

    Obrigado por comentar.

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