sábado, 30 de outubro de 2010

Aprender a só "dar a César o que é de César"

LIÇÃO 303

O Cristo santo nasce em mim hoje.

1. Vigiai comigo, anjos, vigiai comigo hoje. Fazei que todos os pensamentos sagrados de Deus me envolvam e se aquietem comigo enquanto nasce o Filho do Céu. Deixai que os sons terrenos silenciem e que as visões a que estou acostumado desapareçam. Deixai o Cristo ser acolhido no lugar em que Ele se sente em casa. E deixai que Ele ouça os sons que Ele entende e veja apenas as cenas que mostram o Amor de Seu Pai. Fazei que Ele não seja mais um estranho aqui, pois hoje Ele nasce novamente em mim.

2. Teu Filho é bem-vindo, Pai. Ele vem para me salvar do ser maligno que criei. Ele é o Ser que Tu me dás. Ele é apenas o que realmente sou na verdade. Ele é o Filho que Tu amas acima de todas as coisas. Ele é meu Ser tal qual Tu me criaste. Não é Cristo que pode ser crucificado. Em segurança nos Teus Braços, permite que eu receba Teu Filho.

*

COMENTÁRIO:

Neste sábado, dia 30 de outubro, às vésperas de uma eleição considerada a maior e mais importante dos últimos anos neste país, o Curso nos oferece para as práticas uma ideia que pode fazer com que olhemos para tudo e para todos de modo diferente. Se permitirmos o nascimento do Cristo em nós mesmo hoje, poderemos nos voltar para o mundo e dizer como Jesus: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Sem medo de escolher o Reino, em lugar do mundo e das coisas do mundo.

Mais do que apenas deixar de dar mais valor às coisas mundanas, que não têm nenhum valor, porque não duram eternamente, a ideia pode transformar nosso modo de ver, ao nos oferecer o olhar crístico, amoroso, que nos permite ver em cada um, e em todos, à volta de nós o Cristo que nasce hoje em nós. Ao nascer, em um só de nós que seja, Ele nasce em todos, pois não estamos separados. Somos todos um só, na unidade, em Deus.

É um equívoco pensar que quaisquer mudanças que possamos fazer nas circunstâncias que nos cercam exerçam qualquer efeito no Ser que verdadeiramente somos. As circunstâncias não são mais do que circunstâncias, se vistas corretamente a partir do olhar amoroso de Cristo.

As paixões que as coisas terrenas despertam dizem respeito apenas às circunstâncias que não vão durar, pois só existem na ilusão de tempo que vivemos. Estas paixões fundam as leis que mantêm o amor no cativeiro. E, de acordo com Carol Gilligan, de quem já falei aqui, salvo engano: "As leis que mantêm o amor em cativeiro mantêm este mundo no lugar".

Deixemos, pois, Cristo nascer em cada um de nós hoje para aprendermos a experimentar o Amor que dura para sempre e que é a única coisa que existe realmente.

2 comentários:

  1. Oi Moisa, long time no comments.. :)
    esta licao me tocou muito hj, especialmente seu complemento a ela, pois passei algumas semanas questionando a minha fe, pensando que eu estava nadando contra a mare... pelo fato do curso mencionar sempre esse Amor, a igualdade entre nossos irmaos, e no nosso "mundo real" as coisas sao diferentes.
    Ate comentei com a Nice que fe eu tenho, talvez falte o resgate desse amor que temos que ter por nos mesmos, pois lendo, praticando e indo a nossas reunioes eu me sinto bem, mas ao meu redor as pessoas estao distantes da mensagem do livro, e isso faz com que eu me sentisse uma "inocente" ... enfim, esses pensamentos que sao dificies de explicar, mas com essa licao ficou claro, se Deus nasce em um de nos que seja, Ele nasce em todos. E isso, eu tenho que deixar ele nascer em mim todos os dias, e que eu passe esse amor ao meu irmao, independente de sua impressao nessa vida terrestre.
    Grande abraco e bom finde a todos

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  2. Cris, querida,

    "Ensina só amor, pois é isso que tu és". Esta fala de Jesus está nos capítulos iniciais do livro, dizendo que está é a mensagem da crucificação.

    Outra lição recente diz: "A percepção é um espelho, não um fato". Quando olhamos para o mundo, a partir do corpo, vendo-o com os olhos do corpo, não levamos em conta nem a primeira afirmação, nem a segunda. Porque estamos a maior parte do tempo identificados com o corpo.

    O corpo, e sua percepção via sentidos, funciona como um filtro - mais um obstáculo, eu diria - que, muitas vezes, nos impede de ver o amor no outro. E isso é muito natural, pois só o poderíamos, se o víssemos primeiro em nós mesmos.

    Daí a necessidade das práticas diárias, daí a necessidade de internalizarmos as ideias que o Curso nos oferece para o aprendizado do que somos, na verdade e para o desaprender daquilo tudo que o mundo da ilusão do ego nos ensinou, ensina e vai continuar a ensinar.

    Precisamos aprender a abandonar o filtro do corpo e de seus sentidos para olhar para tudo de modo diferente. E precisamos mais do que qualquer coisa reconhecer e aceitar que somos só amor. Aí o veremos em tudo.

    Obrigado por sua presença junto de nós e por se manifestar e compartilhar suas dúvidas e certezas.

    Paz e bem!

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