quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Conhecer a parte para conhecer o todo

LIÇÃO 287

Tu és minha meta, meu Pai. Só Tu.

1. Para onde eu iria, a não ser para o Céu? O que poderia ser um substituto para a felicidade? Que dádiva eu poderia preferir à paz de Deus? Que tesouro eu buscaria e acharia e conservaria que se possa comparar a minha Identidade? E prefiro viver com medo a viver com amor?

2. Tu és minha meta, meu Pai. O que, a não ser Tu, eu poderia desejar ter? Por que caminho, senão aquele que conduz a Ti, posso desejar andar? E o que, exceto e a lembrança de Ti, pode significar o fim dos sonhos e dos substitutos inúteis para a verdade? Tu és minha única meta. Teu Filho quer ser tal qual Tu o criaste. De que outra maneira a não ser esta eu poderia esperar reconhecer meu Ser e estar em harmonia com minha Identidade?

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COMENTÁRIO:

Neste dia 14 de outubro, quinta-feira, a ideia que vamos praticar nos lembra da meta do ensinamento que o Curso nos propõe, qual seja: o autoconhecimento. Pois como o próprio texto afirma, a parte não é diferente do todo. Isto é, a parte é apenas uma das infinitas possibilidades de expressão do todo. E para conhecer o todo basta simplesmente que conheçamos por inteiro uma de suas partes. Isto é o mesmo que dizer que, ao nos conhecermos por completo, conheceremos Deus. Teremos, então, alcançado a meta a que nos propusemos, quando aceitamos caminhar na direção que o Curso nos orienta.

Lembrando do comentário que fiz para a reflexão a respeito da ideia para as práticas da lição de ontem, vale perguntar mais uma vez: será que algum de nós acredita que há alguma outra coisa para se conhecer ou desejar depois de conhecermos Deus? Existirá alguma outra meta além d'Ele? Na verdade, é preciso que pensemos muito seriamente a respeito do que queremos. Pois a Vontade de Deus para nós é apenas a alegria e a paz completas, que são nosso estado natural.

Reconhecer que nossa meta é chegar ao Pai, e conhecê-Lo, é reconhecer a busca do autoconhecimento como o modo de conhecer Deus. E reconhecer também que não existem outras metas a que possamos dar valor. É também reconhecer que, uma vez estabelecida e aceita, esta meta nos oferece tudo aquilo de que precisamos. Pois é ela que nos permite compreender e aceitar que ainda somos como Deus nos criou e que estamos no Céu, de onde nunca saímos.

Por fim, é sempre bom nos lembrarmos de que, como já citei antes, de acordo com O Livro de Mirdad:

Deus não vos dotou de nenhuma fração de Si - pois Ele é indivisível; mas de toda a sua divindade, indivisível, impronunciável, Ele vos dotou a vós todos. A que maior herança podeis aspirar? E que ou o que vos impede de vos apossardes dela senão a vossa própria timidez e cegueira?

Isto vale também para refletirmos acerca dos limites que nossas crenças, muitas vezes equivocadas, nos impõem.

2 comentários:

  1. Moisa, temos que nos lembrar que Deus e amor, paz, e todas as coisas boas que desejamos. Realmente as crencas e falta de amor por nos mesmos e nossos irmaos nos afastam do proposito desta caminhada...
    As praticas!
    Abracos amigos dessa caminhada!!

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  2. É isso aí, Cris...

    Mas, mais do que todas as coisas boas, Deus é tudo o que existe. As coisas "boas" continuam sendo apenas boas para cada um de nós de acordo com a percepção. E a percepção ainda é do ego e deste mundo da ilusão.

    É claro que todos já ouvimos dizer que "de boas intenções, o inferno está cheio" e isto é verdadeiro, porque de nada serve nenhuma de nossas boas intenções para o outro ou para o mundo. O mundo tem necessidade de nossa decisão de despertar, para o compreendermos como neutro.

    Entendendo isto vamos, depertos, poder imprimir nele apenas a marca da extensão de nosso amor, do amor que é tudo o que somos em Deus.

    Super obrigado por estar conosco e compartilhar suas impressões e experiências.

    Paz e bem!

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