terça-feira, 12 de outubro de 2010

Redescobrir na santidade o estado natural

LIÇÃO 285

Hoje minha santidade brilha luminosa e pura.

1. Desperto com alegria hoje, esperando que apenas as coisas benditas de Deus venham a mim. Peço que só elas venham, e percebo claramente que meu convite será aceito pelos pensamentos ao quais ele foi enviado por mim. E pedirei somente coisas alegres no momento em que eu aceitar minha santidade. Pois qual seria a utilidade da dor para mim, a que propósito serviria meu sofrimento e de que forma a tristeza e a perda me beneficiariam, se a insanidade se afastar de mim e eu aceitar minha santidade em lugar dela?

2. Pai, minha santidade é Tua. Que eu me alegre nela e seja devolvido à sanidade por seu intermédio. Teu Filho ainda é tal como Tu o criaste. Minha santidade é parte de mim e parte de Ti também. E o que pode mudar a Própria Santidade?

*

COMENTÁRIO:

Mais uma vez vou recorrer ao livro Normose, no qual Roberto Crema nos dá uma definição de santidade, de ser santo, diferente daquela à qual fomos e ainda estamos acostumados a aceitar, e que pensa no santo como um ser divinamente perfeito com auréola e, quem sabe?, asas que lhe permitem até flutuar acima dos "mortais" comuns como nós. E, se não asas, uma capacidade particular para desafiar a lei da gravidade.

Em meu modo de ver, a santidade de que fala o Curso é a mesma da qual Jesus falava ao dizer: "Sede santos, assim como vosso Pai no Céu é santo." A santidade é nosso estado natural em Deus. E é desta mesma santidade que nos fala Crema ao dizer que:

"... a santidade [sinônimo de plenitude] não é um privilégio de poucos; é uma responsabilidade de todos nós. Ser santo é ser inteiro, é ser simples, é ser transparente. É ser tudo aquilo que realmente somos. É uma conquista do processo de individuação, da travessia das sombras rumo ao ser, processo que jamais termina e que começa com o primeiro passo neste labirinto de nós mesmos."

Assim, diferentemente do que costumamos pensar, santidade não tem nada a ver com "carolice" e nem tem de ser motivo de zombaria, como já disse aqui, nem sofre a pressão da sociedade [do ego] que faz força para o indivíduo [dito "santo" ou "santinho" em tom de pouco caso ou ironia] contrariar a si mesmo e àquilo em que acredita, fazendo alguma coisa da qual ele tenha consciência de que os resultados só vão afastá-lo da alegria, tirar-lhe a paz de espírito e separá-lo do amor, mergulhando-o no medo.

Vamos, portanto, nesta terça-feira, dia 12 de outubro, praticar uma ideia que pode nos fazer redescobrir, na santidade, nosso estado natural. E se alguém, por curiosidade, quiser ver os comentários e lições em que me vali do conceito de santidade oferecido por Roberto Crema pode ir às postagens de 27 de fevereiro, 02 de setembro e 27 de setembro do ano passado [2009].

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