quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Quem criou este mundo?

LIÇÃO 14

Deus não criou um mundo sem significado*.

1. A ideia para hoje é, evidentemente, a razão pela qual é impossível um mundo sem significado. Aquilo que Deus não criou não existe. E tudo o que existe existe tal qual Ele o criou. O mundo que vês não tem nada a ver com a realidade. Ele é de tua própria autoria e não existe.

2. Os exercícios para hoje devem ser praticados de olhos fechados do início ao fim. O período de exame mental deve ser curto, um minuto no máximo. Não faças mais do que três períodos de prática com a ideia de hoje, a menos que os aches agradáveis. Se achares, será porque compreendes realmente para que servem.

3. A ideia para hoje é outro passo no aprendizado de abandonar os pensamentos que escreves no mundo e ver a Palavra de Deus em lugar deles. Os passos iniciais nesta troca, que pode verdadeiramente ser chamada de salvação, podem ser bem difíceis e até bem dolorosos. Alguns deles te conduzirão diretamente ao medo. Não serás abandonado aí. Irás muito além disso. Nosso rumo é em direção à segurança e à paz perfeitas.

4. De olhos fechados, pensa em todos os horrores do mundo, que passam por tua mente. Cita cada um à medida que te ocorre e, em seguida, nega sua realidade. Deus não o criou e, portanto, ele não é real. Dize, por exemplo:

Deus não criou aquela guerra e, portanto, ela não é real.
Deus não criou aquele acidente aéreo e, portanto, ele não é real.
Deus não criou aquela calamidade [especifica] e, portanto, ela não é real.

5. Os sujeitos adequados para a aplicação da ideia de hoje também podem incluir qualquer coisa que tenhas medo que te aconteça ou a qualquer pessoa com quem estejas preocupado. Em cada caso, cita a "desventura" de forma bem específica. Não uses termos genéricos. Por exemplo, não digas "Deus não criou a doença", mas "Deus não criou o câncer", ou ataques cardíacos, ou o que quer que desperte medo em ti.

6. Isto para que olhas é teu repertório pessoal de horrores. Estas coisas são parte do mundo que tu vês. Algumas delas são ilusões compartilhadas e outras são partes de teu inferno pessoal. Não importa. Aquilo que Deus não criou só pode estar em tua própria mente separado da d'Ele. Por isso, não tem nenhum significado. Em reconhecimento deste fato, conclui os períodos de prática repetindo a ideia de hoje:

Deus não criou um mundo sem significado.

7. A ideia para hoje pode, obviamente, ser aplicada a qualquer coisa que te perturbe durante o dia, à parte dos períodos de prática. Sê muito específico ao aplicá-la. Dize:

Deus não criou um mundo sem significado. Ele
não criou [especifica a situação que está te
perturbando] e, portanto, isto não é real.

* Continua a valer a observação feita para as lições 11 e 12.

*

COMENTÁRIO:

A lição deste dia 14 traz consigo a oportunidade de comprovarmos por nós mesmos a falta de significado do mundo que pensamos ver e ser real. Um mundo que Deus não criou. Quem o criou, então? Nas práticas da ideia de hoje podemos perceber que aquilo que destacamos como horrores é apenas parte de nossa própria ilusão de mundo. Basta olharmos com um pouco de atenção para perceber claramente que, neste mundo, aquilo que é aparentemente um horror para nós é, muitas vezes, algo muito diferente para outros. As qualidades que damos às coisas todas que povoam nosso mundo não são senão projeções de nossos desejos, de nossos medos, de nossos sonhos. Projeções das coisas que trazemos interiormente às quais classificamos deste ou daquele modo, sem nenhuma base na realidade.

Praticar a ideia de hoje pode nos permitir um pequeno vislumbre desta verdade: a de que estamos todos, ou quase todos, hipnotizados por uma grande ilusão de mundo criada coletivamente no tempo. Uma ilusão que só tem valor enquanto damos valor ao tempo. Uma ilusão que só encontra razão de ser no tempo, que não existe. Pelo menos não da maneira pela qual o concebemos. Não da maneira pela qual o experimentamos na ilusão de passado, presente e futuro como algo linear e concreto. Isto é, um passado que, de fato, existe e no qual nos apoiamos para definir o que somos. Um presente que na maior parte do tempo nos passa despercebido, porque nos ocupamos de construir, a partir do passado que nos trouxe até aqui, um futuro, que, esperamos, seja melhor do que o passado e do que o presente.

2 comentários:

  1. Então e os horrores colectivos? Refiro-me ao Haiti, como devemos pensar nisso? O horror continuará a ser apenas ilusão nossa, ou ou uma necessidade de Deus chamar a atenção, e aquelas pessoas não são verdadeiramente "sacrificadas" mas apenas um maravilhoso "instrumento" divino e esse "sacrificio" é anulado pelo tempo. Ou estarei a fazer uma grande confusão?

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  2. Welwitschia, cara mia,

    É exatamente o que nos diz a lição, alguns horrores fazem parte da ilusão coletiva, compartilhada, outros são apenas nossos, individuais e pessoais.

    Para o dr. Hew Len e o ensinamento do ho'oponopono, tudo o que precisamos fazer é curar-nos individual e pessoalmente de todo e qualquer horror que vejamos. Porque vê-lo significa trazê-lo internamente.

    A prática mais simples e fácil que ele aconselha é utilizar quatro afirmações básicas, que facilitam a limpeza e a purificação de nossos modos de ver equivocados. Diz ele que, para qualquer situação que nos separe do Amor, devemos primeiro assumir 100% da responsabilidade pelo que vemos ou sentimos, mesmo quando não temos muito claro na consciência o que está nos perturbando, e, em seguida, dirigir-nos ao Divino, dizendo:

    1. Sinto muito.
    2. Me perdoa, por favor.
    3. Obrigado
    4. Eu te amo.

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