terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Assumir a responsabilidade por tudo

LIÇÃO 26

Meus pensamentos de ataque ferem minha invulnerabilidade.

1. É certamente óbvio que, se podes ser atacado, não és invulnerável. Tu vês o ataque como uma ameaça real. Isto acontece em razão de acreditares que podes, de fato, atacar. E aquilo que teria efeitos por teu intermédio também tem de ter efeitos sobre ti. É esta lei que, em última instância, te salvará, mas tu a estás utilizando de modo equivocado agora. Por isto, tu tens de aprender de que modo ela pode ser usada em favor de teus maiores interesses mais do que contra eles.

2. Uma vez que teus pensamentos de ataque serão projetados, terás medo do ataque. E, se temes o ataque, tens de acreditar que não és invulnerável. Por esta razão, os pensamentos de ataque te tornam vulnerável em tua própria mente, que é o lugar aonde estão os pensamentos de ataque. Pensamentos de ataque e invulnerabilidade não podem ser aceitos simultaneamente. Eles se contradizem.

3. A ideia para hoje apresenta o pensamento segundo o qual tu sempre atacas a ti mesmo primeiro. Se os pensamentos de ataque impõem a crença de que és vulnerável, seu efeito é o de enfraquecer tua percepção de ti mesmo. Deste modo eles atacam tua percepção de ti mesmo. E, por acreditares neles, não podes mais acreditar em ti mesmo. Uma imagem falsa de ti mesmo vem tomar o lugar daquilo que tu és.

4. A prática com a ideia de hoje te ajudará a compreender que a vulnerabilidade, ou a invulnerabilidade, é o resultado de teus próprios pensamento. Nada exceto teus pensamentos pode te atacar. Nada exceto teus pensamentos pode te fazer pensar que és vulnerável. E nada exceto teus pensamentos pode provar para ti mesmo que isto não é verdade.

5. Pede-se seis períodos de prática para a aplicação da ideia de hoje. Deve-se tentar dois minutos inteiros para cada um deles, embora o tempo possa ser reduzido para um minuto se o desconforto for grande demais. Não o reduzas mais do que isso.

6. Deves começar o período de prática repetindo a ideia para hoje, fechando os olhos, em seguida, e revisando as questões não-resolvidas, cujos resultados estão sendo causa de inquietação para ti. A inquietação pode tomar a forma de depressão, angústia, raiva, uma sensação de incoveniência, medo, pressentimento e fixação. Qualquer problema ainda indefinido que tenda a voltar a teus pensamentos durante o dia é um sujeito adequado. Tu não serás capaz de utilizar um número muito grande em qualquer um dos períodos de prática, porque deve-se dedicar a cada um um tempo maior do que o de costume. A ideia de hoje deve ser aplicada da seguinte forma:

Eu estou preocupado com ____________ .

Em seguida, examina cada resultado possível que ocorra em relação a isso e que te cause preocupação, referindo-te a cada um de modo bem específico, dizendo:

Tenho medo de que ________________ aconteça.

8. Se estiveres fazendo os exercícios de forma adequada, deves encontrar cerca de cinco ou seis possibilidades aflitivas à disposição para cada situação que usares, e é bastante provável achares mais. É muito mais proveitoso examinar por completo algumas poucas situações do que tatear em um número maior. À medida que a lista de resultados previstos para cada situação continuar, é provável que aches alguns deles menos aceitáveis, especialmente aqueles que te ocorrerem perto do final. Na medida do possível para ti, porém, tenta tratar todos do mesmo modo.

9. Depois de citares cada resultado do qual tenhas medo, dize a ti mesmo:

Este pensamento é um ataque contra mim mesmo.

Conclui cada período de prática repetindo a idea de hoje para ti mesmo mais uma vez.

*

COMENTÁRIO:

A ideia da lição deste dia 26 de janeiro me traz de volta à lembrança as perguntas feita pela Ana, a respeito das práticas da lição 21. Creio que a ideia que praticamos hoje também serve de resposta àquelas questões. Pois o ego está sempre disposto a buscar, fora de seu sistema de pensamento, uma explicação para tudo o que acontece. Isto é, para o ego, a "culpa", ou a "responsabilidade" por qualquer coisa ou situação que vemos está na "coisa" ou na situação. Ou ainda em alguém que preparou a "coisa" ou a situação para nos fossem apresentadas.

Não é deste modo que o mundo funciona. Na verdade, o que as práticas da ideia de hoje vão nos ensinar é que são os nossos pensamentos que criam a "realidade" que pensamos ver. Dito de outro modo, as práticas de hoje vão nos ensinar a assumir toda a responsabilidade pelo modo como nos sentimos em relação a tudo o que vemos. E vão ajudar a nos decidirmos a ver de modo diferente.

Uma vez entendida e aceita esta responsabilidade, vamos redescobrir nossa invulnerabilidade, o poder que recebemos de Deus para curar o mundo, trazendo a salvação para nós mesmos e para o mundo inteiro. Perdoando-nos por ter dado ouvidos ao ego por tanto tempo e escolhendo abandonar a crença na separação. Alegres e agradecidos por tudo o que recebemos.

2 comentários:

  1. Olá Moisés e colegas, tudo bem?

    Puxa Moisés, somente agora vi sua referência ao que eu havia perguntado antes, me desculpe.

    A lição 25 responde sim ao questionamento mas em parte deixa um tipo de vazio que muitas vezes pode nos levar a achar que então está mesmo tudo perdido, nada existe e então não se deve ter ideais, compaixão, objetivos, sonhos.

    Eu acho sempre bom lembrar que isso não deve nos gerar passividade e que não devemos nos prostrar perante a vida.

    Porisso preciso dizer que para mim foi fundamental o que você respondeu naquele dia:

    "É claro que em nenhum momento o Curso nos diz que não devemos prestar nossa solidariedade a qualquer ser humano ou grupo de seres humanos que vivam uma crise. O equívoco está em nos identificarmos com a crise. A compaixão nos ergue na defesa de um estado de coisas mais amoroso. A identificação nos põe para baixo, nos leva à ilusão de que "precisamos" sofrer junto com o(s) outro(s)."

    Isso deixa claro que a insignificância do mundo não deve fazer com que a gente largue mão de direcionar o nosso ego para aquilo que desejamos fazer para nossos irmãos se sentirem melhor nesta passagem por aqui.

    Se eu não estiver equivocada isso é o que o livro chama de o sonhofeliz, ou seja, se vivemos o sonho, podemos trocar o sonho de medo pelo sonho que une.

    beijos e até amanhã!
    cristina

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  2. Não o que desculpar, não, Cristina.

    E não há que considerar o vazio que o fato de não sabermos para que serve coisa alguma pode aparentemente deixar como algo desestimulador ou desanimador. É apenas o ego que não quer reconhecer que não sabe nada, que não sabe para que serve coisa alguma.

    Na verdade, de acordo com o Dr. Hew Len, do ho'oponopono, e com Joe Vitale em seu novo livro "Limite Zero", este "limite zero" se refere exatamente ao ponto de vazio que precisamos atingir antes de podermos "agir" no mundo a partir da inspiração que pode nos dar o conhecimento de que não sabemos nada.

    Tudo o que o Curso nos pede, assim como outras tradições de conhecimento do mundo, é que nos esvaziemos mais e mais do que pensamos saber. É só este esvaziar-se que vai nos possibilitar "ver" a luz que há por trás de todas as imagens com que povoamos o mundo.

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