domingo, 3 de janeiro de 2010

Aprendendo a abrir-se para ver

LIÇÃO 3

Eu não entendo nada do que vejo neste quarto
[nesta rua, desta janela, neste lugar].

1. Aplica esta ideia do mesmo modo que as anteriores, sem fazer distinções de qualquer tipo. O que quer que vejas é um sujeito adequado para a aplicação da ideia. Certifica-te de que não questionas a adequação de qualquer coisa para a aplicação da ideia. Estes não são exercícios de julgamento. Qualquer coisa é adequada se tu a vês. Algumas das coisas que vês podem estar carregadas de significado emocional para ti. Tenta deixar de lado tais emoções e usa simplesmente essas coisas da mesma forma que usarias qualquer outra.

2. O objetivo dos exercícios é ajudar a limpar tua mente de todas as associações do passado, para veres as coisas exatamente como elas se apresentam para ti agora, e para compreenderes claramente quão pouco realmente sabes a respeito delas. Por isso, é essencial que mantenhas uma mente perfeitamente aberta, livre do julgamento, ao escolheres as coisas às quais a ideia para o dia deve ser aplicada. Para este propósito uma coisa é igual à outra; igualmente adequada e, portanto, igualmente útil.

*

COMENTÁRIO:

Neste dia 3 de janeiro, continuamos a praticar o desfazer da programação que recebemos do mundo desde que nascemos e que ainda continuamos a receber constantemente em nosso dia a dia. De fato, o que sabemos a respeito de tudo o que vemos, quando dirigimos nosso olhar para qualquer coisa ao alcance de nossos olhos?

O que sabemos - agora, no momento presente - a respeito de algo ou de alguém para o que ou para quem voltamos nossa atenção, mesmo que só em pensamento?

Aquilo que acreditamos saber não está contaminado por uma ou mais memórias do passado?

Assim, de verdade, não vemos. Não sabemos nada a respeito de nada do que vemos. Nem ao menos estamos abertos para ver.

Pratiquemos pois da forma que o Curso nos orienta.

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